Fiquei triste assistindo porque me apeguei muito a Cassandra. Ainda bem que ela conseguiu se livrar daquela vida que não estava mais fazendo bem. Foi de cortar o coração vê-la se despedindo da mãe.
O filme é incrível porque as cenas e enquadramentos falam por si só sem precisar de diálogo ou explicação. Pura arte, apesar de às vezes ser sonolento.
Como eu li em um comentário por aqui, este é um filme sobre o encontro de duas solidões. Terminei de assistir com meu coração carregado e com os olhos prontos pra chorar, uma sensação de que Jane e Sadie, na verdade, eram minhas amigas, pessoas por quem nutri um carinho muito especial. Talvez a "culpa" seja da forma primorosa em que o filme é construído; por vezes a gente sente que é um documentário de tão real, as personagens são tão palpáveis, sensíveis, cheias de camadas e ao mesmo tempo é tudo muito cinematográfico: a fotografia, a trilha sonora, o vento batendo no cabelo de Jane, as atuações REAIS... Sem palavras. Nutri afeto por Sadie e Jane, da mesma forma que nutri pelos protagonistas de "Ensina-me a viver": pessoas tão diferentes, mas cada uma fazendo na vida da outra o preenchimento de solidão. Sadie já idosa sentia uma enorme falta do amor de sua vida e ocupava seus dias em afazeres tão banais, mas que guardavam um grande significado, já que eram os pontos em que se segurava existindo e Jane veio para colorir sua vida, encher de alegria, de vontade de viver, veio com o amarelo de seus cabelos (que combina perfeitamente com o tom ensolarado do filme) como um sol, da mesma forma que falou para Sadie ao fim do filme quando percebeu que a companhia de seguros cortara a árvore da amiga: "ficou bom. Dá pra ver o sol entrando", uma metáfora do que o relacionamento das duas tinha se tornado, já que para Jane, Sadie também veio como sol. Uma garota que, na falta da mãe, não encontra amparo emocional em ninguém além de seu cachorro, Starlet e enxerga em Sadie, apesar de toda a culpa pelo que fizera, uma maneira de se descobrir amada e valorizada pelo que é e não apenas pelo que oferece. No fim, mesmo sabendo de tudo o que Jane fizera, Sadie se dispõe a viajar com a nova amiga para o lugar que mais ama no mundo: Paris porque entende que ela não é uma aproveitadora, mas tornara-se, talvez, o que sua filha teria sido para ela e da mesma forma, Jane percebe que a motivação agora não era apenas pela sensação de culpa, já que seguira à risca o conselho da colega de quarto: "você tem que gastar esse dinheiro com alguém que você ama. Com um verdadeiro amigo", ela também não questiona o porquê de Sadie não ter contado sobre ter tido filhos. O silêncio das duas foi uma forma de dizer que o que elas criaram é maior do que as mentiras contadas. Não era mais sobre dinheiro, não era mais sobre mentiras , era algo muito mais profundo e bonito que elas entenderam ser só explicado em silêncio e contemplação. Entrou pra lista dos mais bonitos filmes da minha vida (apesar da fortíssima cena de sexo explícito que acabei pulando, não vou mentir hahaha).
Uma incrível jornada em que se discute o que há de pior na natureza humana e onde a ganância desenfreada acaba levando. Daniel repudiava Eli porque no fundo compartilhada de sua sede doentia por poder.
´Pela incontável vez, estou assistindo este filme e sempre choro
[spoiler][/spoiler] com a parte que Ray vai embora e Jason fica desolado. QUE ATUAÇÃO INCRÍVEL DA DREW, DO STEVE E DO MENININHO. De cortar o coração. E pensar que tudo poderia ser diferente...
Lindo, triste e cru. Talvez essas palavras expressem o que senti. Nada de idealismos, aqui está a realidade projetada artisticamente de maneira que vemos a tristeza de maneira bela. Um belo convite para eu assistir a trilogia completa <3
Estou aqui sem saber por onde começar. Foram tantas mensagens, tantos símbolos que ainda não sei assimilar esse turbilhão. Acho que começaria falando sobre acidez, sobre uma profunda crítica contra os enlatados da Arte, as indústrias de filmes, músicas que perpetuam a ignorância. Depois falaria sobre a futilidade humana diante da implacável verdade de que seremos esquecidos, de que toda a tentativa de sermos lembrados, reconhecidos, na verdade, não passa de uma imagem construída para aliviarmos a consciência. Essas seriam uma das coisas que falaria, se soubesse explicar,(e se é que conseguir assimilar) mas fico aqui aplaudindo e dizendo que isso é Arte.
(Não gostei até o meio do filme, não consigo ser tão inteligente para ler signos, mas, depois foi me conquistando. Destaque para o roteiro... Que texto genial! E destaque, claro, para o elenco. APLAUDO DE PÉ.)
Não sei se é porque estava com grandes expectativas quanto a esse longa, mas me frustrei. Esperava mais. O filme é muito parado e apenas os minutos finais fazem a gente despertar. Mas enfim... Ao menos saí reflexiva quanto aos desastres da segunda guerra e a imbecilidade do antissemitismo.
É impossível não sentir uma pontada de nostalgia assistindo a esse filme; e nostalgia é um tipo de saudade de momentos e épocas que não vão mais voltar. Mais do que um filme sobre a amizade, entendi Conta Comigo como um filme sobre inocência, sobre a infância em nossos desajeitados pés tropeçando e seus amigos rindo de você, mas te levantando. O que mais entristece e dá a esse filme o tom nostálgico é a saudade dessa época em que todos eram puros e realmente se importavam com o que o outro era; época em que a sinceridade não era testada, mas comprovada em conversas sobre desenhos e super-heróis favoritos. Sim, acho que nunca vamos ter amigos como os que tivemos aos 12 anos, e isso se comprova no fato de que a gente se corrompe com o tempo, esquece do que nos faz essenciais e se perde. Um filme doce e verdadeiro.
P.s.: Estou realmente triste depois de ter assistido porque antes de ver o filme, agora à tarde, vi um documentário sobre o River Phoenix (Fantástico!) que morreu de overdose :(
Adorei! Não tirei os olhos da tela. Claro que na tentativa de problematizar, complicaram muito sem necessidade, mas a trama em si, as atuações e a TRILHA SONORA MARAVILHOSA, além da fuga do óbvio me deixaram encantada.
Esse é daqueles filmes que a gente assiste várias vezes ao longo da vida e em todas ainda sorri com a terna ingenuidade do Forrest. Trilha sonora perfeita, áurea nostálgica dos anos 70 e o grande ensinamento de amar as pessoas, sermos bons e olharmos as coisas com pureza. Um dos meus filmes preferidos ♥
Eu sou acostumada a sempre, antes de assistir os filmes, dar uma olhada nas críticas. Fiz diferente dessa vez. Não quis que nenhum fator externo influenciasse o que eu iria sentir. Mesmo assim, confesso que o Oscar de melhor filme estrangeiro e a áurea de genialidade, adjetivo que já vi expresso na fala de muitas pessoas ao comentarem sobre, me seduziram a procurar por essa película em uma noite de sexta sem aula na faculdade para passar o tempo. Fiquei estupefata. À começar pela fotografia, com tons escuros de marrom e laranja, uma sensação de estarmos nos anos 70. A trilha sonora que contribui para boa parte do mistério da história. Mas acho que o ponto principal está nos personagens, na complexidade de cada um deles, nas suas decisões mal tomadas, nas coisas que poderiam ser e não foram, nas coisas que foram e que não podem mais voltar... O desfecho é impressionante, mostra o quanto somos escravos de questões mal resolvidas, e do quanto, como disse Benjamim, estamos dispostos a ruminar o nada numa vida vazia.
Desde o momento em que vi uma notícia sobre um novo projeto do Richard Linklater em filmar por 12 anos um garoto, em um site de cinema, eu já senti em mim algo diferente, uma ansiedade que se intensificou com o trailer. Assim quando tive a oportunidade de assistir, a primeira cena me presenteia com "Yellow" de Coldplay, eram os primeiros anos de Mason, um garoto de olhos azuis contemplando o céu, nos iniciando em sua vida. O tempo foi passando, fomos conhecendo sua mãe, incrivelmente pulsante e impulsiva, que sempre toma as piores decisões, mas também sempre carrega a ingenuidade de uma criança em amar seus filhos. Vemos o pai, um adolescente fora de faixa, com seu carro legal, com suas gírias, com seu violão e músicas country, mas com aquele cuidado em dogmatizar os filhos, como se, de alguma forma, quisesse ser o tio legal em todo o tempo. Eu simplesmente amo o Ethan Hawke, principalmente por ter feito a melhor trilogia do mundo (before the sunrise), e é tão natural a forma como ele interpreta que acreditamos em suas palavras. A irmã de Mason, meu Deus! Atores incríveis são os que conseguem passar a ideia de que tudo é real, que as câmeras estão escondidas. Acho que é isso que dá o toque de genialidade no filme;a naturalidade com que as coisas vão acontecendo. Não precisa de muitos diálogos, de muitas reviravoltas, Boyhood, como disse o Pablo Villaça do Cinema Em cena, é um roadmovie onde a estrada é o tempo. E o tempo é uma coisa bela que nos dá a sensação de melancolia, a vida é esse absurdo do ordinário. O ordinário é a vida! Todo o filme pode ser resumido na fala da mãe de Mason: "eu pensei que haveria mais". Não é essa a sensação que sempre carregaremos? A de que nossas ações e escolhas não foram suficientes? De que tudo o que foi feito por nós, todos os momentos que passamos não dão conta do vulcão que habita em nós que nos chama para viver? Mas aí, vem Mason com sua sabedoria de olhos azuis e sorriso tímido, em uma conversa, já adulto: "Sempre disseram para aproveitar o momento, mas acho que é o momento que nos aproveita." "é constante. Sempre estamos vivendo o momento."
E com lágrimas nos olhos, não daquelas grossas e cheias que nos causam filmes como Titanic, mas daquelas tímidas e sinceras que são derramadas dentro de nós, a gente percebe que a vida é extraordinária nessa caixinha simples chamada cotidiano.
A primeira coisa que pensei logo após terminar o filme foi: "nossa, tão doce que estou me sentindo açúcar". É o poder anfíbio da arte! Esse poder que acontece na poesia, que não só nos faz transformar uma matéria-prima, brusca, e imóvel em algo completo, dinâmico e belo, como torna a nós, também, poesia. A forma como as cores e os traços falam por si são arrebatadoras. O filme deixa claro as bandeiras que levanta; em um mundo carregado de guerras produzidas por nossa incapacidade de amar e cuidar uns dos outros, uma ratinha e um urso esfomeado mostram que a necessidade nos une, que enfim, somos iguais, que o amor é importante. É incrível a referência que o filme dá às artes, colocando-as como representantes de um espírito autônomo diante de um mundo em que há uma grande robotização de pensamentos e ações. Um filme que todos deveriam ver.
Acabei de assistir pela segunda vez esse filme e só agora tive coragem para escrever. A primeira coisa que me encanta é a trilha sonora, que me fez descobrir o Cat Stevens, (e nesse momento estou ouvindo Trouble <3 ). É incrível porque ela funciona como um personagem; cada música dialoga com Harold e Maude, atendendo aos momentos, complementando as deixas... A segunda coisa que me fez dar essa nota são os diálogos, principalmente os orquestrados por Maude. Claro que em alguns momentos parece-me que a aparência de "velhinha subversiva" fica um pouco forçada, mas a beleza das palavras e da baita interpretação da Ruth Gordon amenizam. A terceira coisa que percebo como incrível são os símbolos que condizem com as personalidades dos personagens. Eu particularmente gosto quando as imagens falam por si só, por isso, acho gracioso o fato do guarda-chuva de Maude em um funeral ser amarelo.
[/spoiler] Também gosto do fato da última cena ser o carro de funeral do Harold sendo "suicidado" de um penhasco, representando a morte de todo o desejo de morte do rapaz.
Claro que tem coisas que me deixaram com uma pulga atrás da orelha, certas cenas que não foram tão explicadas, como:
[spoiler] a parte em que a pretendente de Harold, que é atriz, acreditando na encenação do rapaz, acaba se suicidando de verdade. Não fica claro se ocorreu o suicídio ou não; além de que "morte" e "suicídio" são tratados de forma incoerente, num contexto de comédia. Algo como uma tentativa de humor negro fracassada, porque causa, de certa forma, confusão e constrangimento.
Mas enfim, se você não terminar esse filme elogiando-o tecnicamente, com certeza sairá com aquele gostinho a mais por viver (além de uma louca vontade de cantar "if you want to sing out, sing out")
Columbus
3.8 129Fiquei triste assistindo porque me apeguei muito a Cassandra. Ainda bem que ela conseguiu se livrar daquela vida que não estava mais fazendo bem. Foi de cortar o coração vê-la se despedindo da mãe.
O filme é incrível porque as cenas e enquadramentos falam por si só sem precisar de diálogo ou explicação. Pura arte, apesar de às vezes ser sonolento.
Uma Estranha Amizade
3.7 88Como eu li em um comentário por aqui, este é um filme sobre o encontro de duas solidões. Terminei de assistir com meu coração carregado e com os olhos prontos pra chorar, uma sensação de que Jane e Sadie, na verdade, eram minhas amigas, pessoas por quem nutri um carinho muito especial. Talvez a "culpa" seja da forma primorosa em que o filme é construído; por vezes a gente sente que é um documentário de tão real, as personagens são tão palpáveis, sensíveis, cheias de camadas e ao mesmo tempo é tudo muito cinematográfico: a fotografia, a trilha sonora, o vento batendo no cabelo de Jane, as atuações REAIS... Sem palavras. Nutri afeto por Sadie e Jane, da mesma forma que nutri pelos protagonistas de "Ensina-me a viver": pessoas tão diferentes, mas cada uma fazendo na vida da outra o preenchimento de solidão. Sadie já idosa sentia uma enorme falta do amor de sua vida e ocupava seus dias em afazeres tão banais, mas que guardavam um grande significado, já que eram os pontos em que se segurava existindo e Jane veio para colorir sua vida, encher de alegria, de vontade de viver, veio com o amarelo de seus cabelos (que combina perfeitamente com o tom ensolarado do filme) como um sol, da mesma forma que falou para Sadie ao fim do filme quando percebeu que a companhia de seguros cortara a árvore da amiga: "ficou bom. Dá pra ver o sol entrando", uma metáfora do que o relacionamento das duas tinha se tornado, já que para Jane, Sadie também veio como sol. Uma garota que, na falta da mãe, não encontra amparo emocional em ninguém além de seu cachorro, Starlet e enxerga em Sadie, apesar de toda a culpa pelo que fizera, uma maneira de se descobrir amada e valorizada pelo que é e não apenas pelo que oferece. No fim, mesmo sabendo de tudo o que Jane fizera, Sadie se dispõe a viajar com a nova amiga para o lugar que mais ama no mundo: Paris porque entende que ela não é uma aproveitadora, mas tornara-se, talvez, o que sua filha teria sido para ela e da mesma forma, Jane percebe que a motivação agora não era apenas pela sensação de culpa, já que seguira à risca o conselho da colega de quarto: "você tem que gastar esse dinheiro com alguém que você ama. Com um verdadeiro amigo", ela também não questiona o porquê de Sadie não ter contado sobre ter tido filhos. O silêncio das duas foi uma forma de dizer que o que elas criaram é maior do que as mentiras contadas. Não era mais sobre dinheiro, não era mais sobre mentiras , era algo muito mais profundo e bonito que elas entenderam ser só explicado em silêncio e contemplação. Entrou pra lista dos mais bonitos filmes da minha vida (apesar da fortíssima cena de sexo explícito que acabei pulando, não vou mentir hahaha).
Lady Bird: A Hora de Voar
3.8 2,1K Assista AgoraDoce, leve e emocionante.
Sangue Negro
4.3 1,2K Assista AgoraUma incrível jornada em que se discute o que há de pior na natureza humana e onde a ganância desenfreada acaba levando.
Daniel repudiava Eli porque no fundo compartilhada de sua sede doentia por poder.
Genial!
[/spoiler]
[spoiler]
Capitão Fantástico
4.4 2,7K Assista AgoraUm filme LINDO! Desde a fotografia, trilha sonora (com Sigur Ros) até a história, atuações... Lindo!
Um Limite Entre Nós
3.8 1,1K Assista AgoraÉ um bom drama, as atuações são um prato cheio, mas a duração do filme juntamente com a verborragia acabaram por deixá-lo cansativo
Os Garotos da Minha Vida
3.8 408 Assista Agora´Pela incontável vez, estou assistindo este filme e sempre choro
[spoiler][/spoiler] com a parte que Ray vai embora e Jason fica desolado. QUE ATUAÇÃO INCRÍVEL DA DREW, DO STEVE E DO MENININHO. De cortar o coração. E pensar que tudo poderia ser diferente...
Dois Lados do Amor
3.4 244 Assista AgoraLindo, triste e cru. Talvez essas palavras expressem o que senti. Nada de idealismos, aqui está a realidade projetada artisticamente de maneira que vemos a tristeza de maneira bela. Um belo convite para eu assistir a trilogia completa <3
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraAcredito em um filme bom quando as construções de metáforas com o fim de crítica te batem na cara e te incomodam. Salve Casé e Márdila!
Edifício Master
4.3 372 Assista Agora"Cada Zé é um Ulisses e cada vida, uma odisséia" - Eliane Brum.
Não tem frase que resuma tão bem. :')
Selma: Uma Luta Pela Igualdade
4.2 794Arrepiada, apenas isso.
Ilha do Medo
4.2 4,0K Assista AgoraSobre esse filme: não sei o que dizer, só sentir.
Medianeras: Buenos Aires na Era do Amor Virtual
4.3 2,3K Assista AgoraPerfeito.
Nunca me senti tão constrangida vendo um filme.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraEstou aqui sem saber por onde começar. Foram tantas mensagens, tantos símbolos que ainda não sei assimilar esse turbilhão.
Acho que começaria falando sobre acidez, sobre uma profunda crítica contra os enlatados da Arte, as indústrias de filmes, músicas que perpetuam a ignorância. Depois falaria sobre a futilidade humana diante da implacável verdade de que seremos esquecidos, de que toda a tentativa de sermos lembrados, reconhecidos, na verdade, não passa de uma imagem construída para aliviarmos a consciência.
Essas seriam uma das coisas que falaria, se soubesse explicar,(e se é que conseguir assimilar) mas fico aqui aplaudindo e dizendo que isso é Arte.
(Não gostei até o meio do filme, não consigo ser tão inteligente para ler signos, mas, depois foi me conquistando. Destaque para o roteiro... Que texto genial! E destaque, claro, para o elenco. APLAUDO DE PÉ.)
Adeus, Meninos
4.2 257 Assista AgoraNão sei se é porque estava com grandes expectativas quanto a esse longa, mas me frustrei. Esperava mais. O filme é muito parado e apenas os minutos finais fazem a gente despertar. Mas enfim... Ao menos saí reflexiva quanto aos desastres da segunda guerra e a imbecilidade do antissemitismo.
Conta Comigo
4.3 1,9K Assista AgoraÉ impossível não sentir uma pontada de nostalgia assistindo a esse filme; e nostalgia é um tipo de saudade de momentos e épocas que não vão mais voltar. Mais do que um filme sobre a amizade, entendi Conta Comigo como um filme sobre inocência, sobre a infância em nossos desajeitados pés tropeçando e seus amigos rindo de você, mas te levantando.
O que mais entristece e dá a esse filme o tom nostálgico é a saudade dessa época em que todos eram puros e realmente se importavam com o que o outro era; época em que a sinceridade não era testada, mas comprovada em conversas sobre desenhos e super-heróis favoritos.
Sim, acho que nunca vamos ter amigos como os que tivemos aos 12 anos, e isso se comprova no fato de que a gente se corrompe com o tempo, esquece do que nos faz essenciais e se perde.
Um filme doce e verdadeiro.
P.s.: Estou realmente triste depois de ter assistido porque antes de ver o filme, agora à tarde, vi um documentário sobre o River Phoenix (Fantástico!) que morreu de overdose :(
Philomena
4.0 925 Assista AgoraUma maravilha nesse filme chamada: Judi Dench.
Terminei o filme querendo ser neta dela ♡
Vanilla Sky
3.8 2,0K Assista AgoraAdorei! Não tirei os olhos da tela. Claro que na tentativa de problematizar, complicaram muito sem necessidade, mas a trama em si, as atuações e a TRILHA SONORA MARAVILHOSA, além da fuga do óbvio me deixaram encantada.
Entre Nós
3.6 619 Assista AgoraNão assisti todo, mas fui capturada por esse filme. Baita fotografia! Diálogos incríveis! Senti muita ternura na amizade dos personagens
Forrest Gump: O Contador de Histórias
4.5 3,8K Assista AgoraEsse é daqueles filmes que a gente assiste várias vezes ao longo da vida e em todas ainda sorri com a terna ingenuidade do Forrest. Trilha sonora perfeita, áurea nostálgica dos anos 70 e o grande ensinamento de amar as pessoas, sermos bons e olharmos as coisas com pureza.
Um dos meus filmes preferidos ♥
O Segredo dos Seus Olhos
4.3 2,1K Assista AgoraEu sou acostumada a sempre, antes de assistir os filmes, dar uma olhada nas críticas. Fiz diferente dessa vez. Não quis que nenhum fator externo influenciasse o que eu iria sentir.
Mesmo assim, confesso que o Oscar de melhor filme estrangeiro e a áurea de genialidade, adjetivo que já vi expresso na fala de muitas pessoas ao comentarem sobre, me seduziram a procurar por essa película em uma noite de sexta sem aula na faculdade para passar o tempo. Fiquei estupefata.
À começar pela fotografia, com tons escuros de marrom e laranja, uma sensação de estarmos nos anos 70. A trilha sonora que contribui para boa parte do mistério da história. Mas acho que o ponto principal está nos personagens, na complexidade de cada um deles, nas suas decisões mal tomadas, nas coisas que poderiam ser e não foram, nas coisas que foram e que não podem mais voltar...
O desfecho é impressionante, mostra o quanto somos escravos de questões mal resolvidas, e do quanto, como disse Benjamim, estamos dispostos a ruminar o nada numa vida vazia.
Apesar de tudo e do esforço do filme em deixar tudo subentendido, fiquei com uma dúvida: foi Gómez que matou a mulher mesmo ou foi o marido?
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraDesde o momento em que vi uma notícia sobre um novo projeto do Richard Linklater em filmar por 12 anos um garoto, em um site de cinema, eu já senti em mim algo diferente, uma ansiedade que se intensificou com o trailer.
Assim quando tive a oportunidade de assistir, a primeira cena me presenteia com "Yellow" de Coldplay, eram os primeiros anos de Mason, um garoto de olhos azuis contemplando o céu, nos iniciando em sua vida.
O tempo foi passando, fomos conhecendo sua mãe, incrivelmente pulsante e impulsiva, que sempre toma as piores decisões, mas também sempre carrega a ingenuidade de uma criança em amar seus filhos. Vemos o pai, um adolescente fora de faixa, com seu carro legal, com suas gírias, com seu violão e músicas country, mas com aquele cuidado em dogmatizar os filhos, como se, de alguma forma, quisesse ser o tio legal em todo o tempo. Eu simplesmente amo o Ethan Hawke, principalmente por ter feito a melhor trilogia do mundo (before the sunrise), e é tão natural a forma como ele interpreta que acreditamos em suas palavras. A irmã de Mason, meu Deus! Atores incríveis são os que conseguem passar a ideia de que tudo é real, que as câmeras estão escondidas. Acho que é isso que dá o toque de genialidade no filme;a naturalidade com que as coisas vão acontecendo. Não precisa de muitos diálogos, de muitas reviravoltas, Boyhood, como disse o Pablo Villaça do Cinema Em cena, é um roadmovie onde a estrada é o tempo. E o tempo é uma coisa bela que nos dá a sensação de melancolia, a vida é esse absurdo do ordinário. O ordinário é a vida!
Todo o filme pode ser resumido na fala da mãe de Mason: "eu pensei que haveria mais". Não é essa a sensação que sempre carregaremos? A de que nossas ações e escolhas não foram suficientes? De que tudo o que foi feito por nós, todos os momentos que passamos não dão conta do vulcão que habita em nós que nos chama para viver?
Mas aí, vem Mason com sua sabedoria de olhos azuis e sorriso tímido, em uma conversa, já adulto: "Sempre disseram para aproveitar o momento, mas acho que é o momento que nos aproveita." "é constante. Sempre estamos vivendo o momento."
E com lágrimas nos olhos, não daquelas grossas e cheias que nos causam filmes como Titanic, mas daquelas tímidas e sinceras que são derramadas dentro de nós, a gente percebe que a vida é extraordinária nessa caixinha simples chamada cotidiano.
Ernest e Célestine
4.4 319A primeira coisa que pensei logo após terminar o filme foi: "nossa, tão doce que estou me sentindo açúcar". É o poder anfíbio da arte! Esse poder que acontece na poesia, que não só nos faz transformar uma matéria-prima, brusca, e imóvel em algo completo, dinâmico e belo, como torna a nós, também, poesia.
A forma como as cores e os traços falam por si são arrebatadoras. O filme deixa claro as bandeiras que levanta; em um mundo carregado de guerras produzidas por nossa incapacidade de amar e cuidar uns dos outros, uma ratinha e um urso esfomeado mostram que a necessidade nos une, que enfim, somos iguais, que o amor é importante.
É incrível a referência que o filme dá às artes, colocando-as como representantes de um espírito autônomo diante de um mundo em que há uma grande robotização de pensamentos e ações.
Um filme que todos deveriam ver.
Enfim, acho que virei açúcar.
Ensina-me a Viver
4.3 873 Assista AgoraAcabei de assistir pela segunda vez esse filme e só agora tive coragem para escrever.
A primeira coisa que me encanta é a trilha sonora, que me fez descobrir o Cat Stevens, (e nesse momento estou ouvindo Trouble <3 ). É incrível porque ela funciona como um personagem; cada música dialoga com Harold e Maude, atendendo aos momentos, complementando as deixas...
A segunda coisa que me fez dar essa nota são os diálogos, principalmente os orquestrados por Maude. Claro que em alguns momentos parece-me que a aparência de "velhinha subversiva" fica um pouco forçada, mas a beleza das palavras e da baita interpretação da Ruth Gordon amenizam.
A terceira coisa que percebo como incrível são os símbolos que condizem com as personalidades dos personagens. Eu particularmente gosto quando as imagens falam por si só, por isso, acho gracioso o fato do guarda-chuva de Maude em um funeral ser amarelo.
[/spoiler] Também gosto do fato da última cena ser o carro de funeral do Harold sendo "suicidado" de um penhasco, representando a morte de todo o desejo de morte do rapaz.
Claro que tem coisas que me deixaram com uma pulga atrás da orelha, certas cenas que não foram tão explicadas, como:
[spoiler] a parte em que a pretendente de Harold, que é atriz, acreditando na encenação do rapaz, acaba se suicidando de verdade. Não fica claro se ocorreu o suicídio ou não; além de que "morte" e "suicídio" são tratados de forma incoerente, num contexto de comédia. Algo como uma tentativa de humor negro fracassada, porque causa, de certa forma, confusão e constrangimento.
Mas enfim, se você não terminar esse filme elogiando-o tecnicamente, com certeza sairá com aquele gostinho a mais por viver (além de uma louca vontade de cantar "if you want to sing out, sing out")