Adorei a metalinguagem do tempo do filme com o tempo que passa o filme. Toda o filme mais concreto (perdão pelo trocadilho) e palatável a realidade, como o diretor quis!
Li vários comentários, muitas visões interessantes sobre o filme, porém ninguém citou como eles abordaram a psicopatologia do Frank com tamanha sensibilidade! É incrível o jeito lindo que ele ver o mundo, como se tudo tivesse mais vida, como se todos fossem afáveis sem perdão a noção do que é a vida , pois ele entende muito bem isso. Filme lindo! Encontrou o amor na patologia do outro. "Sorriso envaidecido. Seguido por um sorriso acanhado." Frank" Afinal, ele é autista?
TEM NA NETFLIX , ASSISTAM! Poxa, o ano acabou de começar, mas esse é o melhor filme que vi esse ano! Dois diretores que eu venho observado são John Carney e o jovem Damien Chazelle , o primeiro diretor de Once, Begin Again e o comentado Sing Street e o segundo é do fantástico Whiplash e o vindouro La La Land. Esses caras fazem musicais modernos como ninguém, não são musicais em si, são filmes sobre o amor a música e todo o drama e suas nuances do mundo musical seja ele no viés profissional, amador ou só dá paixão que no caso englobam Musicais. Agora falando do filme, é simplesmente fantástico , se passa em Dublin em 85 , é bem melhor que begin again e é do mesmo nível de Once , só que once é bem mais bucólico , begin again é moderninho e Sing Street é um filme de época bem gostosinho de assisti bem ao estilo Linklater. Fala de toda aquela depressão de Dublin na década de 80 e a busca por oportunidades em Londres, tocam em temas como o que é o fracasso , a pressão social do mercado e dos status quo, preconceito racial e de gênero , amor jovem, machismo de uma forma não pesada, mas também não é leve; muita música boa, diálogos memoráveis, John Carney me surpreendeu mais uma vez, ansioso para o próximo trabalho do mesmo. É por esse tipo de filme que eu amo cinema! P:S : Filmes na Irlanda são vida! 10/10. VEM OSCAR DE MELHOR MÚSICA ORIGINAL (provavelmente via perder pra La La Land, mas vai ser indicado , certeza).
Ahhh, o humor escocês ... a pegada escocesa ... e a fotografia! É incrível como filmes ambientados nesse país são mt característicos. E Filfth não é uma exceção. Que filmão! Humor ácido, fotografia animal , montagem monstra, e uma puta atuação! O personagem é totalmente desconstruído durante todo o filme e aos poucos você vai entendendo o filme e a edição dá a noção de um filme que não para nunca para respirar. Se uma coisa que esse filme me ensinou é : Somos todos frágeis. E quando toca Creep... Para um filme me ganhar basta tocar Radiohead ou Where is my mind?
Filme simples, cativante , singelo e toca no seu particular. É na simplicidade que sua complexidade aflora , nas entrelinhas , nos olhares, na postura do Duncan que muda ao decorrer que ele ganha confiança. Interessante como os "estranhos" são romantizados nos filmes e na vida real quem manda são os normies, até encontra alguém que enxergue o 10 em você. E o Owen fez isso, tirou o 10 daquele falso 3. Todos precisamos de Owen na nossa vida. O Owen é uma entidade , ele transforma Dunca's em Owen's e o papel tem ser levado pra frente pelo novo Owen. Mas cada Owen tem suas particularidades. A trilha sonora é incrível , a edição do filme juntamente com o jeito que as músicas entram nas cenas é animal! Amei esse filme. O final diz muito sem uma palavra. E a catarse emocional que é aquela corrida do carro até o parque é de encher os olhos. Assistam esse filme com pretensão.
Grande atuação desse cara! Adorei a questão de que para consertar as coisas tem de olhar por dentro. Só que ele resolvia isso de uma forma não sútil, afinal o mesmo não é. Ele resolvia quebrando! Puta atuação.
SPOILER: Não vi ninguém falando isso, mas a chegada tbm é uma metáfora com a chegada da filha dela a seu útero que tbm reverbera com o formato da nave.
Assisti "A Chegada" com meu nobre amigo na sexta... e que filme excepcional! O filme é embasado no conceito da linguagem e como ela pode mudar o mundo, como nós não conseguimos estabelecer com nossa própria raça um simples relacionamento amistoso fazendo um paralelo com o desconhecido superior. O título a chegada é muito metafórico (não vou entrar em mais detalhes para não spoilar), com vários pequenos conceitos ali que são geniais. Roteiro fora de série que dita um ritmo perfeito, montagem cabulosa que está em total harmonia, chega a ser até uma metalinguagem, fotografia muito parecida com a particularidade e beleza do Terrence Mallick, tem uma pegada bem Interstellar nos momentos bucólicos , alias a fotografia é bem bucólica , chega até ser uma ironia com o tema ficção cientifica. Trilha sonora absurdamente imersiva, e direção não precisa falar nada... É O Villeneuve, o cara que melhor ambienta filmes e te imerge nele na atualidade. Todo design de produção com a criação de uma nova linguagem e todas as reflexas que o filme passa do medo do desconhecido ordinário. Com ótimas atuações e com destruição da Amy Adams que arrebenta! Com uma personagem extremamente inteligente no ápice da sua carreira, porém humana , muito humana! E isso é passado com perfeição por ela, a única coisa que achei tedenciosa foi os USA ser os bonzinhos e tal, mas isso cabe no contexto do filme. Portanto, é o melhor filme do ano sem dúvidas, com todos os seus conceitos acima da média, Villeneuve faz um blockbuster alternativo, não chama o público de burro (como Interestellar) e tem algo a dizer no meio de todos esses filmes pipocões vazios. A linguagem cria a mais bela das experiências! Filme 10/10.
É um filme ótimo, trata muito bem o assunto de autismo e como ele se relaciona com o emprego do protagonista. Mixa bem ação e comédia, porém se perde um pouco no exagero de plot twists e coincidências muito forçadas. Um leigo de cinema acha foda, mas quem manja viu que o que basicamente aconteceu foi o roteirista ejaculando no papel.
Contém spoiler : Fui ao cinema esperando um filme bonzinho (no máximo nota 7) baseado em livro teen repleto de "peculiaridades" (perdão pelo trocadilho) do Tim Burton e cheio de seus maneirismos, mas fui surpreendido. Ultimamente Tim vem me surpreendendo positivamente, vide o recente e ótimo "Grandes olhos" (filme biográfico estrelado por C.Waltz e Amy Adams). O roteiro desse filme é bom, porém cai na mesmice das explicações que todo filme baseado em livro teen tem, e a forma que isso é feito é o mais clichê possível. O plot twist é surpreendente até. Há alguns furos no roteiro, por exemplo algumas soluções de combate que poderiam ter sido usadas antes como a dos gêmeos que por mero capricho de roteiro não foram usadas. Tem também o papinho do escolhido e tal. Mas no geral todo roteiro tem uma camada de estranheza incomum nesses best-sellers teen de fantasia, esse é o diferencial do filme. Curti bastante.Mas acredito que o filme podia ser melhor, bem melhor. Já que essa temática de guerra e paralelo com judeus abandonados e o peculiar ser o diferente podia ter sido explorada de melhor forma e ter feito algo bem mais profundo. Toda a questão do time travel e das fendas é muito bem explorada e funciona, apesar de certos momentos confuso e o final me lembrou bastante Jumper. Segue todo molde da jornada do herói. E o final dá brecha para uma continuação. A direção é muito boa , tanto para soluções visuais que ficaram espetaculares, quanto para o estilo de filmagem. Muito bom. Tim não se perde em seus maneirismos (apesar de dá uma forçadinha com os esqueletos, mas entra no contexto do filme). Tem muita coisa macabra e nojenta para um filme dessa faixa etária, ele foi bem corajoso, mas poderia ter sido muito mais (e bota muito nisso). E gostei da homenagem que ele fez a ele mesmo com Stop-motion e sua aparição na roda gigante. Ele soube dá o tom para o filme , afinal esse filme é a cara dele. A fotografia é ótima, tanto as viradas de fenda quanto o clima lúdico dos anos 40 que é passado e toda aquela fotografia europeia em Gales. Ficou excelente. Quanto a sobriedade inicial com uma pequena camada de fantasia para mostrar que estamos em transição de tema e que a fantasia nunca está completamente desligada da realidade. A edição e a montagem não comprometeram, o filme não é nenhum pouco cansativo. Mas cai na mesmice de montagem da jornada do herói. Ok. A trilha sonora é boa, passa o clima de estranheza e aventura dos Misfits X-Men. Tem boas atuações, destaque para Asa Butterfield que não compromete em nenhum momento, apesar de fazer o básico, ele faz bem esse básico. Ella Purnell manda mt bem e Finlay MacMillan também. Já Eva Green tá meio apagada no filme, o filme vendeu ela como uma das protagonistas (afinal o nome tem ela no título), apesar de não tá mal, tá apagada. Samuel L.Jackson faz o de sempre, o cara virou uma caricatura dele mesmo(em blockbusters). Mas ainda é muito bom. Judi Dench mal aparece, mas parece uma personagem de HP hehe. Portanto, é um filme muito bom e diferente da maioria dos teen movies baseados em livros. Seja peculiar e vá assistir esse filme no cinema. Obrigado Tim Burton. NOTA 8/10.
Não sei o motivo de ter demorado tanto para ver esse filme, mas de qualquer forma, eu assisti ontem. E é simplesmente bem superior ao primeiro. José Padilha elevou o nível de uma forma inesperada. O cara usou o 1 como ponte, parece que ele tinha pensando em tudo.Pegou o primeiro, desconstruiu todo os estigma da trama e do Capitão durante o 2. Esse filme tem uma pegada totalmente diferente do 1. O primeiro tem mais ação, mais icônico, mais frases marcantes, um verdadeiro blockbuster brasileiro. Já esse é mais cerebral, acredito que sem o histórico do primeiro, não faria sucesso nas bilheteirias. O argumento do filme é escrito com um esmero impar, não chama o telespectador de burro, mas deixa bem claro o que quer mostrar. Tem algumas frases marcantes, mas nada comparado ao primeiro. O primeiro é uma crítica indireta ao direitão que quer resolver tudo na porrada. Já esse é uma crítica direta tanto à esquerda quanto à direita. No sistema tudo vira massa de manobra e pra combatê-lo é duro. Todo aquele papo de milícia e acabar com o tráfico ser paleativo é simplesmente animal! Direção menos intensa que o primeiro, mas quando exigida dá conta. Planos mais pessoas e o clássico plano parado na casa do Cpt sempre é bom essa intimidade. Fotógrafia mais sóbria devido aos bigshoots do filme ; edição e montagem primorosa; excelentes atuações e boa trilha que sintetiza bem a trama do sistema. Portanto, filmaço, bem mais pessoal e menos polarizado. Puta direção do Padilha e grandes atuações de Wagner Moura e Irhandir Santos. Filme 10/10. ESSA PICA AGORA É DO ASPIRA!
Contém Spoiler. Fui assistir Jarhead (filme baseado em fatos reais) , pois tinha Jake Gyllenhaal e direção do Sam Mendes. Estava esperando um filme , me deparei com outro totalmente diferente. Estava esperando um filme de guerra clássico, com uma dinâmica e química de grupo com um objetivo firmado e vários companheiros ir morrendo durante o caminho, mas NÃO! O filme é totalmente fora da curva, com fotografia maravilhosa e uma puta direção inventiva em harmonia com edição. O que eu vi em tela nessa película foi um filme de guerra psicológico , focando em todas as fraquezas psicológicas de um soldado e deixado o lado físico (no qual sempre é mais explorado de lado). O emocional é o grande foco , pensar na namorada e se ela tá com outro ( o famigerado Jody), falta de sexo , saudades da família , entretenimento praticamente zero até sucumbir à loucura. O roteiro é muito bom, tem o ritmo correto, é aquele filme que melhora com o tempo que você reflete nele. Tem diálogos memoráveis, voz em off do Gyllenhaal animal, com temas pertinentes como: validade da guerra, ser peão do Governo , os USA não sendo o herói (mas também não necessariamente o vilão da parada) , o emocional do soldado e como a guerra modifica o mesmo, no pós e durante guerra. A sede de matar , a sede de ser alguém , a sede de ser participativo. E que esmero do roteiro na cena que os soldados dão entrevistas. A direção do filme é animal! Direção inventiva com ângulos abertos no momento certo e ângulos particulares quando necessário. Cortes no momento certo, a edição está em total harmonia com direção. Que direção nas cena inicial! Que direção na cena do "quase tiro" levando a loucura , profissionalismo e sede por objetivo ao máximo. A direção dá alguns tons de "epicidade " quando vão à guerra , toda aquela caminhada no deserto e a comemoração ao fim da guerra é animal! A cena do vômito de areia é bem David Lynch , algo que eu não esperava, me marcou.Cena incrível de motivação de Apocalypse Now e a cena bem inventiva mostrando os traumas dele e motivações para ser um fuzileiro.Acho incrível como o tema dos traumas dele não é focado totalmente, mas implica em praticamente tudo nele. Bem sútil. Fora a gag memorável do Field Fuck. A fotografia desse filme para mim é a melhor coisa. Que fotografia foda! Toda a sobriedade na cena inicial , com aquele tom de branco luz em contraste com o verde forte e luminoso. Mas o destaque da fotografia vai para o sangramento da terra,ou seja , as cenas de noite pelo deserto em soma com o todo aquele fogo e loucura e a trilha , que absurdo de fotografia! Edição muito boa com uma montagem que deixa em certo ponto cansativo , mas sempre engrena. Que elenco! Jake Gyllenhaal, Jamie Foxx, Peter Sarsgaar, Chris Cooper , Lucas Black. Cada soldado é bem singular e marcante. Jake Gyllenhaal tá animal como protagonista, com cenas calmas, cenas de surto , cenas físicas. Que ator! Jamie Foxx comendo a tela como comandante. Mas para mim Peter Sarsgaar é o que rouba cena, o soldado que tem amor pelos fuzileiros, no qual fuzileiros é praticamente uma entidade mística não só para ele, como para muitos. Ele é sóbrio e calmo e sério, mas guarda tudo dentro dele, até o momento de catarse interrompido acarretando em outra que o leva à loucura. Lucas Black o soldado diverto e contestador ; o solado latino ; o estereótipo negro ; Brian Geraghty como o garotão que é forçado a virar homem, que tem ligação forte com a família , o nerdão; Evan Jones como soldado maluco e escroto, que lembrou o Merle do TWD. E Chris Cooper como o fodão motivador. A trilha sonora original é animal e marcante! Já as músicas que tocam são bem escolhidas e irônicas em certos momentos. Gostei bastante. Portanto, é um filme bem diferenciado com excelente trabalho de Sam Mendes. Que trata os fuzileiros como irmãos e praticamente uma entidade mística, os underdogs do exercito. O lado emocional é o diferencial dos outros filmes de guerra. E com vários questionamentos ao Governo Americano e às guerras. Um Jarhead é uma metáfora para uma mente vazia preenchida pelo o patriotismo americano . te tornar um herói, onde claramente você não é nem vilão e nem herói. Recomendo fortemente 8/10. Quote inicial: "A story: A man fires a rifle for many years, and he goes to war. And afterward he turns the rifle in at the armory, and he believes he's finished with the rifle. But no matter what else he might do with his hands, love a woman, build a house, change his son's diaper; his hands remember the rifle." Quote final: "A story. A man fires a rifle for many years. and he goes to war. And afterwards he comes home, and he sees that whatever else he may do with his life - build a house, love a woman, change his son's diaper - he will always remain a jarhead. And all the jarheads killing and dying, they will always be me. We are still in the desert."
O que falar desse filme? Sempre tive vontade de ver , tomei coragem e... é meu novo xodózinho Indie. O filme começou numa pegada mega indie e refletindo bem os problemas de uma adolescente depressivo, no qual todos acham que não são grandes problemas e o modo que ele não consegue expressar eles por não achar que realmente é um Big Deal comparado aos outros é fantástico, depois o filme vai para uma pegada meio indie low budget que eu não curti muito , mas aos poucos você vai se afeiçoando aos personagens, daí para frente só engrena. É incrível como os personagens secundários tem uma alma, uma presença, você realmente se importa com cada um deles. A trilha sonora é incrível e o filme é repleto de referências como Clube dos 5 e inúmeras bandas indies excelentes como Radiohead, vampire weekend, the pixies, T-Rex, Joy Division, alias, mais um filme da minha lista de vistos que toca "Where is my mind?" <3 . Depois que o filme engrena é repleto de reflexões memoráveis como a vida simplesmente mudar da pura inocência para o mundo sujo e cruel de niilismo que vivemos e preocupações "triviais" , o jeito que depressão é tratada e seu diferente grau nesse filme é feito com exatidão; e tem aquele romancezinho indie com aquelas frases que te tocam que é simplesmente incrível (e olha que isso é tipo só 20% do filme). E o que falar da quote final... Atuações marcantes de Keir Gilchrist como o garoto imperfeito e facilmente de se identificar, Emma Roberts a indie girl da bad , mas totalmente amável e o cara sóbrio que já passou por tudo aquilo , que agora tem seus dramas , mas não desvaloriza o passado feito por Zach Galifianaki e Viola Davis sempre bem <3 . É incrível como o mundo particular dos personagens é explorado, ainda mais do protagonista (Craig). Direção tenta passar uma pegada indie quase que realista , mas ainda uma visual teen do mundo. Distorcendo os pais. Achei a montagem e a edição do filme bem inventiva (destaque para a cena do under pressure e a da infância boêmia). E a fotografia esverdeada quase clean combina muito e nos momentos surrealista entra uma fotografia particular para cada caso, adorei a da cena da infância. E o roteiro nem se fala, tudo que já foi citado , consegue passar mt bem a ideia que o diretor queria. Portanto, é um filme excelente , que trabalha com temas importantes e tem suas cargas emocionais. Qualquer teenager devia ver.
Fui assistir esse filme esperando algo totalmente diferente. Esperava um filme focado no futuro distópico e na descoberta de grandes conspirações no mesmo, mas não é um filme de viagem no tempo, focado em investigação e futuro distópico. Excelente por sinal. O filme contém boas atuações de Bruce Willis e Madeleine e uma atuação surtada do Brad Pitt , admito que no começo não curti atuação dele, achei extremamente exagerado, mas depois de entender o personagem , me adaptei aos maneirismos e vi que Brad fez o necessário. Mais uma vez provando que é um puta ator! E o elenco de suporte funciona muito bem. O roteiro do filme não é tão confuso quanto parece, tá tudo ali. Tudo é jogado e bem explicado , porém só faz total sentindo no fim. O roteiro também abre margem para inúmeras interpretações lógicas, e isso é incrível! O roteiro toca em pontos como dualidade entre sanidade e insanidade, loucura ser um conceito relativo, a relativização do que é certo ou errado, ideais anti-capitalistas e uma pegada de leve em alfinetar o sistema e como ele te torna um zumbi e te descarta quando não necessário.
[/spoiler] achei incrível terem usado o 12 Monkeys como Mcguffin e ainda escracharam o Hitchcock, que por coincidência ou não, é o rei do Mcguffin [spoiler
A edição e montagem do filme é excelente, ele te recompensa aos poucos e não é cansativo. Além de fazer uma boa dinâmica entre passado e futuro , o que poderia ser mega confuso se torna algo orgânico e em função da narrativa (aprende B v S). Acho que a trilha sonora pecou um pouco, caiu no pecado dos filmes dos anos 90 que é aquela trilha original sem intensidade (não que seja ruim, só falta intensidade no momento certo), mas a trilha não original teve músicas bem escolhidas. A fotografia do filme bate direto no tom e na direção artística do mesmo (que por sinal tá excelente, focado na distopia industrializada meio steam punk e dirty). A fotografia bright darker combina muito com a desolação da industrialização e até fecha com a estranheza do casal que nunca é piegas e sempre estranho (na melhor forma possível) Terry Gillian mais uma vez nas suas loucuras (uma curiosidade é que ele não viu o curta antes de fazer o filme). Com uma direção perfeita que dá o tom do filme. Portanto, é um filme que te faz pensar e refletir muito sobre o valor da vida e como ela é ordinária e sem cair no piegas. Mostra a glamourificação do presente e do futuro criada pela elite e modo que ela vê os status quo, mas que na verdade é só um monte de merda maquiada com 1 tonelada de produtos jequiti. "'O filme nunca muda, você só percebe coisas diferentes porque você mesmo mudou." Essa frase para é a mais marcante do filme, além de criar paralelos com o enredo do filme é algo a se refletir na nossa vida.
CONTÉM SPOILER TEORIA SOBRE EXPLICAÇÃO DO FILME. Eu tenho "inúmeras" vertentes a ser abordadas, mas vou seguir na que acho mais plausível. O Cole é mandado ao passado com o objetivo de descobrir e entender os 12 monkeys e sua ligação com o Virus e também pegar uma amostra pura dele para mandar para o futuro e descobrir a cura para doença, para dessa maneira repovoar a terra e ter futuras gerações de pessoas. Ok. Depois de todo plot vamos à cena final. Perto do fim descobrimos que os 12 monkeys era um Mcguffin, que teoricamente não tem ligação direta com o Virus (só por meio da teoria do Caos). Que o Cole que deu a ideia de criar os 12 monkeys, mas será que antes dessa viagem do tempo os 12 monkeys numa linha temporal não alterado por Cole não teria sido eles o criador do Virus? Pois , o filme deixa bem claro que só pequenas vertentes da história se alteram, porém chegam no mesmo ponto. Basicamente é uma rua que você quer chegar em vários caminhos. Na timeline alterada por ele, 12 monkeys é só um Mcguffin e o criador do virus é o parceiro do pai de Jeffrey ( o criador do 12 monkeys). Depois de mandar a mensagem por telefone , Jose chega e o entrega a arma. Agora reparem que aparece um guarda do começo do filme observando Jose e é dito que aquilo não é mais sobre a cura e sim cumprir ordens. Ok, ele pega a arma e vai atrás do cara que tá com o virus e acaba morto e o seu Eu criança na linha temporal assiste tudo. Acredito que isso dá a origem ao primeiro Looping. Na minha concepção a morte de Cole foi premeditada pela grande cúpula, pois de acordo com ideias do filme sobre o sistema, acho que a grande cúpula quer criar uma espécie de elite e serem visto como protetor e deuses do novo mundo a ser estabelecido. Como uma verdadeira capital acima de todos. Como Cole sabia demais ele foi eliminado dos planos, além de Jose ser eliminado também, pois o guarda que os estava observando deve o ter matado. Voltando pro Looping acredito que devido aquele primeiro sonho seja mera liberdade artística, tanto que ela fala que ele preenche o rosto das pessoas de acordo com as experiências dele (ela , a psiquiatra), talvez a viagem no tempo tem entrado em colapso com alguma memória e no decorrer ele vai substituindo as pessoas no sonho até dá a origem do primeiro looping. Na vida regular , na timeline original, acredito que o Cole deve ter visto a morte de alguma pessoa qualquer da mesma forma, mas que isso acabou acontecendo nessa timeline. A Jones (a doutora), ela viaja no tempo para pegar a amostra tanto que ela fala que trabalha com seguro, ironizando a condição dela de trazer segurança à raça humana. Em resumo, os loopings vão acontecer infinitamente nessa timeline , porém em outra timeline a cura está sendo desenvolvida. O objetivo de Cole foi cumprido. E como eu disse agora essa nova elite vai comandar a raça humana numa espécia de 1984 proveniente das informações que Cole conseguiu. Como eu disse o fim não altera, mas os meios sim, e esses meios irão trazer a cura na timeline X. A frase "'O filme nunca muda, você só percebe coisas diferentes porque você mesmo mudou." é um paralelo em tá vivendo aquela mesma experiência na sua volta temporal, só que em outro contexto e com novos conhecimentos. Pra mim a mais marcante do filme.
Filme extremamente divertido. Sem medo de contar piada. Muito bem escrita e Seth Rogen tá incrível no filme, com o time certo para piadas; Zac Efron tá excelente no papel (no que é proposto, obviamente), e o irmãozinho do James Franco tá se provando bom sidekick nos filmes. Além de ter uma direção bem heterogênea e que só adiciona ao filme. Rose Byrne tá incrível , o filme poderia cai no clichê da esposa chata não querendo treta, mas ela é chata quando deve ser e divertida quando precisa. Porém, certos momentos os personagens são muito unidimensionais , brigas se resolvem e voltam de 5 em 5 minutos. Tem várias Gags bem trabalhas durante o filme. Boa edição e repleto de referência como : Taxi Driver, Jackei Brown, The Office e Batman. Com várias participações especias legais da turma do Seth e uma trilha sonora bem pop party. É um filme que fala nossa língua(teen language). E a direção/fotografia nas cenas de festas são bem bacanas e imersivas. Recomendo :) .
Power Rangers
3.2 1,1K Assista AgoraGalera, como é a última cena do filme? Eu esqueci kkk (tirando o pós-crédito).
Locke
3.5 444 Assista AgoraAdorei a metalinguagem do tempo do filme com o tempo que passa o filme. Toda o filme mais concreto (perdão pelo trocadilho) e palatável a realidade, como o diretor quis!
Frank
3.7 596 Assista AgoraLi vários comentários, muitas visões interessantes sobre o filme, porém ninguém citou como eles abordaram a psicopatologia do Frank com tamanha sensibilidade! É incrível o jeito lindo que ele ver o mundo, como se tudo tivesse mais vida, como se todos fossem afáveis sem perdão a noção do que é a vida , pois ele entende muito bem isso. Filme lindo! Encontrou o amor na patologia do outro.
"Sorriso envaidecido. Seguido por um sorriso acanhado." Frank"
Afinal, ele é autista?
Sing Street - Música e Sonho
4.1 714 Assista AgoraTEM NA NETFLIX , ASSISTAM!
Poxa, o ano acabou de começar, mas esse é o melhor filme que vi esse ano! Dois diretores que eu venho observado são John Carney e o jovem Damien Chazelle , o primeiro diretor de Once, Begin Again e o comentado Sing Street e o segundo é do fantástico Whiplash e o vindouro La La Land. Esses caras fazem musicais modernos como ninguém, não são musicais em si, são filmes sobre o amor a música e todo o drama e suas nuances do mundo musical seja ele no viés profissional, amador ou só dá paixão que no caso englobam Musicais.
Agora falando do filme, é simplesmente fantástico , se passa em Dublin em 85 , é bem melhor que begin again e é do mesmo nível de Once , só que once é bem mais bucólico , begin again é moderninho e Sing Street é um filme de época bem gostosinho de assisti bem ao estilo Linklater. Fala de toda aquela depressão de Dublin na década de 80 e a busca por oportunidades em Londres, tocam em temas como o que é o fracasso , a pressão social do mercado e dos status quo, preconceito racial e de gênero , amor jovem, machismo de uma forma não pesada, mas também não é leve; muita música boa, diálogos memoráveis,
John Carney me surpreendeu mais uma vez, ansioso para o próximo trabalho do mesmo. É por esse tipo de filme que eu amo cinema!
P:S : Filmes na Irlanda são vida!
10/10. VEM OSCAR DE MELHOR MÚSICA ORIGINAL (provavelmente via perder pra La La Land, mas vai ser indicado , certeza).
Filth: O Nome da Ambição
3.7 487 Assista AgoraAhhh, o humor escocês ... a pegada escocesa ... e a fotografia! É incrível como filmes ambientados nesse país são mt característicos. E Filfth não é uma exceção. Que filmão! Humor ácido, fotografia animal , montagem monstra, e uma puta atuação! O personagem é totalmente desconstruído durante todo o filme e aos poucos você vai entendendo o filme e a edição dá a noção de um filme que não para nunca para respirar. Se uma coisa que esse filme me ensinou é : Somos todos frágeis.
E quando toca Creep... Para um filme me ganhar basta tocar Radiohead ou Where is my mind?
Filth: O Nome da Ambição
3.7 487 Assista Agorao que ele quer dizer com "Same rules apply" ?
Zootopia: Essa Cidade é o Bicho
4.2 1,5K Assista AgoraFilme sensacional, que toca em temas como diferenças fazendo inúmeras alegorias entre os bichos. Divertido e com bom ritmo. Recomendo.
O Verão da Minha Vida
3.7 591 Assista AgoraFilme simples, cativante , singelo e toca no seu particular. É na simplicidade que sua complexidade aflora , nas entrelinhas , nos olhares, na postura do Duncan que muda ao decorrer que ele ganha confiança. Interessante como os "estranhos" são romantizados nos filmes e na vida real quem manda são os normies, até encontra alguém que enxergue o 10 em você. E o Owen fez isso, tirou o 10 daquele falso 3. Todos precisamos de Owen na nossa vida. O Owen é uma entidade , ele transforma Dunca's em Owen's e o papel tem ser levado pra frente pelo novo Owen. Mas cada Owen tem suas particularidades. A trilha sonora é incrível , a edição do filme juntamente com o jeito que as músicas entram nas cenas é animal! Amei esse filme. O final diz muito sem uma palavra. E a catarse emocional que é aquela corrida do carro até o parque é de encher os olhos. Assistam esse filme com pretensão.
Demolição
3.8 446 Assista AgoraGrande atuação desse cara! Adorei a questão de que para consertar as coisas tem de olhar por dentro. Só que ele resolvia isso de uma forma não sútil, afinal o mesmo não é. Ele resolvia quebrando! Puta atuação.
Piadas Secretas
3.4 27É bom pakas kkkkk
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraSPOILER:
Não vi ninguém falando isso, mas a chegada tbm é uma metáfora com a chegada da filha dela a seu útero que tbm reverbera com o formato da nave.
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraAssisti "A Chegada" com meu nobre amigo na sexta... e que filme excepcional!
O filme é embasado no conceito da linguagem e como ela pode mudar o mundo, como nós não conseguimos estabelecer com nossa própria raça um simples relacionamento amistoso fazendo um paralelo com o desconhecido superior. O título a chegada é muito metafórico (não vou entrar em mais detalhes para não spoilar), com vários pequenos conceitos ali que são geniais.
Roteiro fora de série que dita um ritmo perfeito, montagem cabulosa que está em total harmonia, chega a ser até uma metalinguagem, fotografia muito parecida com a particularidade e beleza do Terrence Mallick, tem uma pegada bem Interstellar nos momentos bucólicos , alias a fotografia é bem bucólica , chega até ser uma ironia com o tema ficção cientifica. Trilha sonora absurdamente imersiva, e direção não precisa falar nada... É O Villeneuve, o cara que melhor ambienta filmes e te imerge nele na atualidade. Todo design de produção com a criação de uma nova linguagem e todas as reflexas que o filme passa do medo do desconhecido ordinário.
Com ótimas atuações e com destruição da Amy Adams que arrebenta! Com uma personagem extremamente inteligente no ápice da sua carreira, porém humana , muito humana! E isso é passado com perfeição por ela, a única coisa que achei tedenciosa foi os USA ser os bonzinhos e tal, mas isso cabe no contexto do filme.
Portanto, é o melhor filme do ano sem dúvidas, com todos os seus conceitos acima da média, Villeneuve faz um blockbuster alternativo, não chama o público de burro (como Interestellar) e tem algo a dizer no meio de todos esses filmes pipocões vazios. A linguagem cria a mais bela das experiências! Filme 10/10.
O Contador
3.7 647 Assista AgoraFilme do batman, sem o batman.
O Contador
3.7 647 Assista AgoraÉ um filme ótimo, trata muito bem o assunto de autismo e como ele se relaciona com o emprego do protagonista. Mixa bem ação e comédia, porém se perde um pouco no exagero de plot twists e coincidências muito forçadas. Um leigo de cinema acha foda, mas quem manja viu que o que basicamente aconteceu foi o roteirista ejaculando no papel.
A Arte da Conquista
3.4 901Muito bom, me identifiquei pakas com o personagem. É um filme simples e sem pretensão , para ajudar almas perdidas nesse mundo fictício.
O Lar das Crianças Peculiares
3.3 1,5K Assista AgoraContém spoiler : Fui ao cinema esperando um filme bonzinho (no máximo nota 7) baseado em livro teen repleto de "peculiaridades" (perdão pelo trocadilho) do Tim Burton e cheio de seus maneirismos, mas fui surpreendido. Ultimamente Tim vem me surpreendendo positivamente, vide o recente e ótimo "Grandes olhos" (filme biográfico estrelado por C.Waltz e Amy Adams).
O roteiro desse filme é bom, porém cai na mesmice das explicações que todo filme baseado em livro teen tem, e a forma que isso é feito é o mais clichê possível. O plot twist é surpreendente até. Há alguns furos no roteiro, por exemplo algumas soluções de combate que poderiam ter sido usadas antes como a dos gêmeos que por mero capricho de roteiro não foram usadas. Tem também o papinho do escolhido e tal. Mas no geral todo roteiro tem uma camada de estranheza incomum nesses best-sellers teen de fantasia, esse é o diferencial do filme. Curti bastante.Mas acredito que o filme podia ser melhor, bem melhor. Já que essa temática de guerra e paralelo com judeus abandonados e o peculiar ser o diferente podia ter sido explorada de melhor forma e ter feito algo bem mais profundo. Toda a questão do time travel e das fendas é muito bem explorada e funciona, apesar de certos momentos confuso e o final me lembrou bastante Jumper. Segue todo molde da jornada do herói. E o final dá brecha para uma continuação.
A direção é muito boa , tanto para soluções visuais que ficaram espetaculares, quanto para o estilo de filmagem. Muito bom. Tim não se perde em seus maneirismos (apesar de dá uma forçadinha com os esqueletos, mas entra no contexto do filme). Tem muita coisa macabra e nojenta para um filme dessa faixa etária, ele foi bem corajoso, mas poderia ter sido muito mais (e bota muito nisso). E gostei da homenagem que ele fez a ele mesmo com Stop-motion e sua aparição na roda gigante. Ele soube dá o tom para o filme , afinal esse filme é a cara dele.
A fotografia é ótima, tanto as viradas de fenda quanto o clima lúdico dos anos 40 que é passado e toda aquela fotografia europeia em Gales. Ficou excelente. Quanto a sobriedade inicial com uma pequena camada de fantasia para mostrar que estamos em transição de tema e que a fantasia nunca está completamente desligada da realidade.
A edição e a montagem não comprometeram, o filme não é nenhum pouco cansativo. Mas cai na mesmice de montagem da jornada do herói. Ok. A trilha sonora é boa, passa o clima de estranheza e aventura dos Misfits X-Men.
Tem boas atuações, destaque para Asa Butterfield que não compromete em nenhum momento, apesar de fazer o básico, ele faz bem esse básico. Ella Purnell manda mt bem e Finlay MacMillan também. Já Eva Green tá meio apagada no filme, o filme vendeu ela como uma das protagonistas (afinal o nome tem ela no título), apesar de não tá mal, tá apagada. Samuel L.Jackson faz o de sempre, o cara virou uma caricatura dele mesmo(em blockbusters). Mas ainda é muito bom. Judi Dench mal aparece, mas parece uma personagem de HP hehe.
Portanto, é um filme muito bom e diferente da maioria dos teen movies baseados em livros. Seja peculiar e vá assistir esse filme no cinema. Obrigado Tim Burton. NOTA 8/10.
Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro
4.1 3,5K Assista AgoraNão sei o motivo de ter demorado tanto para ver esse filme, mas de qualquer forma, eu assisti ontem. E é simplesmente bem superior ao primeiro.
José Padilha elevou o nível de uma forma inesperada. O cara usou o 1 como ponte, parece que ele tinha pensando em tudo.Pegou o primeiro, desconstruiu todo os estigma da trama e do Capitão durante o 2.
Esse filme tem uma pegada totalmente diferente do 1. O primeiro tem mais ação, mais icônico, mais frases marcantes, um verdadeiro blockbuster brasileiro. Já esse é mais cerebral, acredito que sem o histórico do primeiro, não faria sucesso nas bilheteirias.
O argumento do filme é escrito com um esmero impar, não chama o telespectador de burro, mas deixa bem claro o que quer mostrar. Tem algumas frases marcantes, mas nada comparado ao primeiro. O primeiro é uma crítica indireta ao direitão que quer resolver tudo na porrada. Já esse é uma crítica direta tanto à esquerda quanto à direita. No sistema tudo vira massa de manobra e pra combatê-lo é duro. Todo aquele papo de milícia e acabar com o tráfico ser paleativo é simplesmente animal!
Direção menos intensa que o primeiro, mas quando exigida dá conta. Planos mais pessoas e o clássico plano parado na casa do Cpt sempre é bom essa intimidade. Fotógrafia mais sóbria devido aos bigshoots do filme ; edição e montagem primorosa; excelentes atuações e boa trilha que sintetiza bem a trama do sistema.
Portanto, filmaço, bem mais pessoal e menos polarizado. Puta direção do Padilha e grandes atuações de Wagner Moura e Irhandir Santos. Filme 10/10.
ESSA PICA AGORA É DO ASPIRA!
Soldado Anônimo
3.6 262 Assista AgoraContém Spoiler.
Fui assistir Jarhead (filme baseado em fatos reais) , pois tinha Jake Gyllenhaal e direção do Sam Mendes. Estava esperando um filme , me deparei com outro totalmente diferente.
Estava esperando um filme de guerra clássico, com uma dinâmica e química de grupo com um objetivo firmado e vários companheiros ir morrendo durante o caminho, mas NÃO! O filme é totalmente fora da curva, com fotografia maravilhosa e uma puta direção inventiva em harmonia com edição.
O que eu vi em tela nessa película foi um filme de guerra psicológico , focando em todas as fraquezas psicológicas de um soldado e deixado o lado físico (no qual sempre é mais explorado de lado). O emocional é o grande foco , pensar na namorada e se ela tá com outro ( o famigerado Jody), falta de sexo , saudades da família , entretenimento praticamente zero até sucumbir à loucura.
O roteiro é muito bom, tem o ritmo correto, é aquele filme que melhora com o tempo que você reflete nele. Tem diálogos memoráveis, voz em off do Gyllenhaal animal, com temas pertinentes como: validade da guerra, ser peão do Governo , os USA não sendo o herói (mas também não necessariamente o vilão da parada) , o emocional do soldado e como a guerra modifica o mesmo, no pós e durante guerra. A sede de matar , a sede de ser alguém , a sede de ser participativo. E que esmero do roteiro na cena que os soldados dão entrevistas.
A direção do filme é animal! Direção inventiva com ângulos abertos no momento certo e ângulos particulares quando necessário. Cortes no momento certo, a edição está em total harmonia com direção. Que direção nas cena inicial! Que direção na cena do "quase tiro" levando a loucura , profissionalismo e sede por objetivo ao máximo. A direção dá alguns tons de "epicidade " quando vão à guerra , toda aquela caminhada no deserto e a comemoração ao fim da guerra é animal! A cena do vômito de areia é bem David Lynch , algo que eu não esperava, me marcou.Cena incrível de motivação de Apocalypse Now e a cena bem inventiva mostrando os traumas dele e motivações para ser um fuzileiro.Acho incrível como o tema dos traumas dele não é focado totalmente, mas implica em praticamente tudo nele. Bem sútil. Fora a gag memorável do Field Fuck.
A fotografia desse filme para mim é a melhor coisa. Que fotografia foda! Toda a sobriedade na cena inicial , com aquele tom de branco luz em contraste com o verde forte e luminoso. Mas o destaque da fotografia vai para o sangramento da terra,ou seja , as cenas de noite pelo deserto em soma com o todo aquele fogo e loucura e a trilha , que absurdo de fotografia!
Edição muito boa com uma montagem que deixa em certo ponto cansativo , mas sempre engrena.
Que elenco! Jake Gyllenhaal, Jamie Foxx, Peter Sarsgaar, Chris Cooper , Lucas Black. Cada soldado é bem singular e marcante.
Jake Gyllenhaal tá animal como protagonista, com cenas calmas, cenas de surto , cenas físicas. Que ator! Jamie Foxx comendo a tela como comandante. Mas para mim Peter Sarsgaar é o que rouba cena, o soldado que tem amor pelos fuzileiros, no qual fuzileiros é praticamente uma entidade mística não só para ele, como para muitos. Ele é sóbrio e calmo e sério, mas guarda tudo dentro dele, até o momento de catarse interrompido acarretando em outra que o leva à loucura. Lucas Black o soldado diverto e contestador ; o solado latino ; o estereótipo negro ; Brian Geraghty como o garotão que é forçado a virar homem, que tem ligação forte com a família , o nerdão; Evan Jones como soldado maluco e escroto, que lembrou o Merle do TWD. E Chris Cooper como o fodão motivador.
A trilha sonora original é animal e marcante! Já as músicas que tocam são bem escolhidas e irônicas em certos momentos. Gostei bastante.
Portanto, é um filme bem diferenciado com excelente trabalho de Sam Mendes. Que trata os fuzileiros como irmãos e praticamente uma entidade mística, os underdogs do exercito. O lado emocional é o diferencial dos outros filmes de guerra. E com vários questionamentos ao Governo Americano e às guerras. Um Jarhead é uma metáfora para uma mente vazia preenchida pelo o patriotismo americano . te tornar um herói, onde claramente você não é nem vilão e nem herói. Recomendo fortemente 8/10.
Quote inicial: "A story: A man fires a rifle for many years, and he goes to war. And afterward he turns the rifle in at the armory, and he believes he's finished with the rifle. But no matter what else he might do with his hands, love a woman, build a house, change his son's diaper; his hands remember the rifle."
Quote final: "A story. A man fires a rifle for many years. and he goes to war. And afterwards he comes home, and he sees that whatever else he may do with his life - build a house, love a woman, change his son's diaper - he will always remain a jarhead. And all the jarheads killing and dying, they will always be me. We are still in the desert."
Se Enlouquecer, Não se Apaixone
3.8 1,7K Assista AgoraO que falar desse filme? Sempre tive vontade de ver , tomei coragem e... é meu novo xodózinho Indie. O filme começou numa pegada mega indie e refletindo bem os problemas de uma adolescente depressivo, no qual todos acham que não são grandes problemas e o modo que ele não consegue expressar eles por não achar que realmente é um Big Deal comparado aos outros é fantástico, depois o filme vai para uma pegada meio indie low budget que eu não curti muito , mas aos poucos você vai se afeiçoando aos personagens, daí para frente só engrena. É incrível como os personagens secundários tem uma alma, uma presença, você realmente se importa com cada um deles.
A trilha sonora é incrível e o filme é repleto de referências como Clube dos 5 e inúmeras bandas indies excelentes como Radiohead, vampire weekend, the pixies, T-Rex, Joy Division, alias, mais um filme da minha lista de vistos que toca "Where is my mind?" <3 .
Depois que o filme engrena é repleto de reflexões memoráveis como a vida simplesmente mudar da pura inocência para o mundo sujo e cruel de niilismo que vivemos e preocupações "triviais" , o jeito que depressão é tratada e seu diferente grau nesse filme é feito com exatidão; e tem aquele romancezinho indie com aquelas frases que te tocam que é simplesmente incrível (e olha que isso é tipo só 20% do filme). E o que falar da quote final...
Atuações marcantes de Keir Gilchrist como o garoto imperfeito e facilmente de se identificar, Emma Roberts a indie girl da bad , mas totalmente amável e o cara sóbrio que já passou por tudo aquilo , que agora tem seus dramas , mas não desvaloriza o passado feito por Zach Galifianaki e Viola Davis sempre bem <3 . É incrível como o mundo particular dos personagens é explorado, ainda mais do protagonista (Craig).
Direção tenta passar uma pegada indie quase que realista , mas ainda uma visual teen do mundo. Distorcendo os pais. Achei a montagem e a edição do filme bem inventiva (destaque para a cena do under pressure e a da infância boêmia). E a fotografia esverdeada quase clean combina muito e nos momentos surrealista entra uma fotografia particular para cada caso, adorei a da cena da infância. E o roteiro nem se fala, tudo que já foi citado , consegue passar mt bem a ideia que o diretor queria.
Portanto, é um filme excelente , que trabalha com temas importantes e tem suas cargas emocionais. Qualquer teenager devia ver.
Os 12 Macacos
3.9 1,1K Assista AgoraFui assistir esse filme esperando algo totalmente diferente. Esperava um filme focado no futuro distópico e na descoberta de grandes conspirações no mesmo, mas não é um filme de viagem no tempo, focado em investigação e futuro distópico. Excelente por sinal. O filme contém boas atuações de Bruce Willis e Madeleine e uma atuação surtada do Brad Pitt , admito que no começo não curti atuação dele, achei extremamente exagerado, mas depois de entender o personagem , me adaptei aos maneirismos e vi que Brad fez o necessário. Mais uma vez provando que é um puta ator! E o elenco de suporte funciona muito bem.
O roteiro do filme não é tão confuso quanto parece, tá tudo ali. Tudo é jogado e bem explicado , porém só faz total sentindo no fim. O roteiro também abre margem para inúmeras interpretações lógicas, e isso é incrível! O roteiro toca em pontos como dualidade entre sanidade e insanidade, loucura ser um conceito relativo, a relativização do que é certo ou errado, ideais anti-capitalistas e uma pegada de leve em alfinetar o sistema e como ele te torna um zumbi e te descarta quando não necessário.
[/spoiler] achei incrível terem usado o 12 Monkeys como Mcguffin e ainda escracharam o Hitchcock, que por coincidência ou não, é o rei do Mcguffin [spoiler
A edição e montagem do filme é excelente, ele te recompensa aos poucos e não é cansativo. Além de fazer uma boa dinâmica entre passado e futuro , o que poderia ser mega confuso se torna algo orgânico e em função da narrativa (aprende B v S).
Acho que a trilha sonora pecou um pouco, caiu no pecado dos filmes dos anos 90 que é aquela trilha original sem intensidade (não que seja ruim, só falta intensidade no momento certo), mas a trilha não original teve músicas bem escolhidas.
A fotografia do filme bate direto no tom e na direção artística do mesmo (que por sinal tá excelente, focado na distopia industrializada meio steam punk e dirty). A fotografia bright darker combina muito com a desolação da industrialização e até fecha com a estranheza do casal que nunca é piegas e sempre estranho (na melhor forma possível)
Terry Gillian mais uma vez nas suas loucuras (uma curiosidade é que ele não viu o curta antes de fazer o filme). Com uma direção perfeita que dá o tom do filme.
Portanto, é um filme que te faz pensar e refletir muito sobre o valor da vida e como ela é ordinária e sem cair no piegas. Mostra a glamourificação do presente e do futuro criada pela elite e modo que ela vê os status quo, mas que na verdade é só um monte de merda maquiada com 1 tonelada de produtos jequiti.
"'O filme nunca muda, você só percebe coisas diferentes porque você mesmo mudou." Essa frase para é a mais marcante do filme, além de criar paralelos com o enredo do filme é algo a se refletir na nossa vida.
Os 12 Macacos
3.9 1,1K Assista AgoraCONTÉM SPOILER TEORIA SOBRE EXPLICAÇÃO DO FILME.
Eu tenho "inúmeras" vertentes a ser abordadas, mas vou seguir na que acho mais plausível. O Cole é mandado ao passado com o objetivo de descobrir e entender os 12 monkeys e sua ligação com o Virus e também pegar uma amostra pura dele para mandar para o futuro e descobrir a cura para doença, para dessa maneira repovoar a terra e ter futuras gerações de pessoas. Ok. Depois de todo plot vamos à cena final. Perto do fim descobrimos que os 12 monkeys era um Mcguffin, que teoricamente não tem ligação direta com o Virus (só por meio da teoria do Caos). Que o Cole que deu a ideia de criar os 12 monkeys, mas será que antes dessa viagem do tempo os 12 monkeys numa linha temporal não alterado por Cole não teria sido eles o criador do Virus? Pois , o filme deixa bem claro que só pequenas vertentes da história se alteram, porém chegam no mesmo ponto. Basicamente é uma rua que você quer chegar em vários caminhos. Na timeline alterada por ele, 12 monkeys é só um Mcguffin e o criador do virus é o parceiro do pai de Jeffrey ( o criador do 12 monkeys). Depois de mandar a mensagem por telefone , Jose chega e o entrega a arma. Agora reparem que aparece um guarda do começo do filme observando Jose e é dito que aquilo não é mais sobre a cura e sim cumprir ordens. Ok, ele pega a arma e vai atrás do cara que tá com o virus e acaba morto e o seu Eu criança na linha temporal assiste tudo. Acredito que isso dá a origem ao primeiro Looping. Na minha concepção a morte de Cole foi premeditada pela grande cúpula, pois de acordo com ideias do filme sobre o sistema, acho que a grande cúpula quer criar uma espécie de elite e serem visto como protetor e deuses do novo mundo a ser estabelecido. Como uma verdadeira capital acima de todos. Como Cole sabia demais ele foi eliminado dos planos, além de Jose ser eliminado também, pois o guarda que os estava observando deve o ter matado. Voltando pro Looping acredito que devido aquele primeiro sonho seja mera liberdade artística, tanto que ela fala que ele preenche o rosto das pessoas de acordo com as experiências dele (ela , a psiquiatra), talvez a viagem no tempo tem entrado em colapso com alguma memória e no decorrer ele vai substituindo as pessoas no sonho até dá a origem do primeiro looping. Na vida regular , na timeline original, acredito que o Cole deve ter visto a morte de alguma pessoa qualquer da mesma forma, mas que isso acabou acontecendo nessa timeline. A Jones (a doutora), ela viaja no tempo para pegar a amostra tanto que ela fala que trabalha com seguro, ironizando a condição dela de trazer segurança à raça humana. Em resumo, os loopings vão acontecer infinitamente nessa timeline , porém em outra timeline a cura está sendo desenvolvida. O objetivo de Cole foi cumprido. E como eu disse agora essa nova elite vai comandar a raça humana numa espécia de 1984 proveniente das informações que Cole conseguiu. Como eu disse o fim não altera, mas os meios sim, e esses meios irão trazer a cura na timeline X.
A frase "'O filme nunca muda, você só percebe coisas diferentes porque você mesmo mudou." é um paralelo em tá vivendo aquela mesma experiência na sua volta temporal, só que em outro contexto e com novos conhecimentos. Pra mim a mais marcante do filme.
Vizinhos
3.1 886 Assista AgoraFilme extremamente divertido. Sem medo de contar piada. Muito bem escrita e Seth Rogen tá incrível no filme, com o time certo para piadas; Zac Efron tá excelente no papel (no que é proposto, obviamente), e o irmãozinho do James Franco tá se provando bom sidekick nos filmes. Além de ter uma direção bem heterogênea e que só adiciona ao filme. Rose Byrne tá incrível , o filme poderia cai no clichê da esposa chata não querendo treta, mas ela é chata quando deve ser e divertida quando precisa. Porém, certos momentos os personagens são muito unidimensionais , brigas se resolvem e voltam de 5 em 5 minutos. Tem várias Gags bem trabalhas durante o filme. Boa edição e repleto de referência como : Taxi Driver, Jackei Brown, The Office e Batman. Com várias participações especias legais da turma do Seth e uma trilha sonora bem pop party. É um filme que fala nossa língua(teen language). E a direção/fotografia nas cenas de festas são bem bacanas e imersivas. Recomendo :) .
Café Society
3.3 530 Assista AgoraÓtima atuação do Jesse como Woody Allen ahusuahs
Café Society
3.3 530 Assista AgoraQue fotografia!