Quase sempre tudo tão intenso e cansativo que me dá vontade de parar de ver o episódio. Talvez essa tenha sido a intenção; fazer o telespectador cair de cabeça naquela bagunça. Caí tanto que quase me deu enxaqueca.
Parece que todo personagem sofre de algum transtorno mental, deviam dosar um pouco nisso. A maioria não consegue concluir uma frase sem tropeças nas palavras ou gaguejar, chega ser irritante.
Adam estava convicto de algo, mas estava errado. Enquanto Claudia passou esse tempo todo enganando todos para que o curso seguisse do jeito que deveria ser (com mistério, muito drama, personagens suspeitos, idas e volta no tempo), pra no final, o loop ser quebrado com a intervenção da morte da família do Tannhaus?
Pra mim, esse final não foi à altura de Dark. Achei clichê. Nem parecia a mesma série. Quando surgiu essa ideia de outro mundo, lá na segunda temporada, já fiquei com a pulga atrás da orelha, imaginando o rumo disso, mas confiei. Só que acabei quebrando a cara. A temporada inteira fiquei cada vez mais intrigado com a trama e aí, *puft*, tudo é solucionado num passe de mágica.
É claro que Dark continua sendo Dark. É uma das produções mais incríveis que já vi. Mas...
como o mistério na usina foi descartado para o ponto crucial de toda a trama ter a ver com o Tannhaus?! O "homem do tempo"?!
Tipo, sério mesmo?! Se a série não fosse tão complexa a ponto de eu desacreditar de um roteiro preguiçoso, eu já teria previsto esse final desde a primeira temporada. Fora que já estava claro, desde a segunda temporada, que Jonas e Martha tinha um "dedo podre" em tudo isso.
Ao mesmo tempo que a série trouxe tanta complexidade, trouxe junto um final que não condiz com seu histórico, nas temporadas anteriores. Muita coisa se tornou descartável, como se não fosse nada além de "encheção de linguiça".
Enfim. Acredito que, mesmo se quisessem, não teria como prolongar Dark. A 3ª temporada já estava ficando repetitiva e cansativa.
A primeira temporada foi legal, eu achei intrigante ver como um psicopata se comporta em meio às redes sociais. Chegava ser assustador e alarmante. Aí veio o tal plot twist completamente desnecessário, mas que me deixou curioso. E ok, lá vou eu ver o que acontece, e nada mais é do que uma mesmice misturada com ''encheção de linguiça''. Joe perdeu seu ''brilho'', ao invés disso trouxeram personagens insuportáveis e sem a mínima graça, junto com um roteiro preguiçoso.
Ainda sim, deu pra acompanhar, mesmo eu ficando indignado com coisas absurdas que vão acontecendo. O ponto alto foi o final, quando vemos uma ''versão feminina'' do até então ofuscado Goldberg. Mas nada de surpreendente, não há nada de muito interessante. Sabe-se lá o que vem depois, mas pra mim a série acabou de perder sua credibilidade nessa abordagem psicológica.
O maior problema dessa série tá em sua narrativa, sua linha do tempo que nos faz ''engolir'' situações e personagens que eu e a maioria, antes não conhecia. Tudo soa apressado e sem muito sentido. Como, por exemplo, os anos que se passam entre os acontecimentos/episódios e parecem que foram só de um dia para o outro. Isso é pouco explicado, o que causa uma mega estranheza pra quem não conhece os livros e jogos e tão pouco tá acostumado com ''hard magic''. Logo, com base nessas mancadas, 90% do que tem na série se torna raso e um tanto irrelevante pra mim. Eu não me senti conectado com um personagem sequer e isso chega ser frustrante. O CGI até que é bom, assim como a trilha sonora, toda sua ambientação, figurino, os atores parecem cumprir o que lhes é proposto. Mas no geral, vejo como uma produção fan service, coisa que até então não faço parte, então... é isto.
Depois de The Handmaid's Tale, nenhuma outra produção me fez ter tanto "sangue no olho" como essa minissérie. Uma vontade de gritar e chorar ao longo da trama. De estar apoiando os envolvidos, enquanto sou preenchido por uma tremenda frustração. Um desconforto que parece que nunca vai acabar, até que o episódio termina. E no final de tudo, saber que não só é baseada em fatos reais, como também em algo específico que aconteceu... Tive que me render!
When They See Us é visceral, impactante, competente naquilo que propõe, em todos os sentidos!
Que final foi esse?! A impressão que tive foi que a Daenerys nunca existiu, como se ela não tivesse tido um arco tão maravilhoso durante todo esse tempo. Trataram a personagem não só como louca, mas como insignificante. Simplesmente foi jogada no lixo, sem respeito algum. Acho que foi a maior mancada em GoT. Imperdoável!
Isso que acabei de assistir foi humor negro? Como conseguiram abordar assuntos tão delicados de uma forma tão leve e descontraída?! Não é como certas comédias por aí que apelam ao ponto de gerar um desconforto, pelo contrário. Paralisia cerebral, por exemplo, que é ainda mais difícil de abordar e acho que fizeram isso muito bem. Talvez pelo fato do próprio Ryan O’Connell ter escrito. E que continue. Quero mais!
Eu realmente não entendo como tem gente que trata uma produção como essa como ''lacração'', querendo tornar tal abordagem pejorativa, sem a menor importância. Na real, parece que esses comentários surgem de pessoas que nunca sentiram na pele coisas como a que Tereza, Helô, Adélia e Lígia sentiram. Ora! Independente disso, acima de tudo, devíamos agir com empatia. Afinal, como não se incomodar com aquele local de trabalho, cheio de ''homens'', carregados de insultos e desprezos, no qual Tereza e Helô se esforçam para ganhar espaço? Ou o racismo que a Adélia sofre, seja de forma sutil ou desenfreada? Vamos simplesmente fingir que tudo isso nunca existiu e existe até hoje?! Lacração?! Ah, por favor!
É evidente que a série não traz nenhum roteiro inovador e talvez sua maravilhosa fotografia seja a cereja do bolo, mas tá aí uma produção brasileira que achei uma delícia de assistir. Leve, mas ousada. Dramática, mas nem tanto. Que traz uma veracidade do ontem e do hoje. Um belo elenco que, por sinal, cumpre muito bem seu papel. Por último, mas não menos importante; sua trilha sonora que resgata gêneros que parecem ter sido esquecidos ao longo dos anos.
Eu gostaria de fazer uma observação sobre o episódio 08, onde mostra claramente uma relação cheia de falhas, que tem tudo para dar errado, mas que mesmo assim, Beck e Joe insistem em manter. Isso acontece tanto fora da ficção que me fez refletir pela 173762615 vez. Ainda não terminei a série e não vou dizer nada aqui a respeito do que a trama aborda, num geral. Então...
Joe diz o tempo inteiro sobre os problemas de Beck, o que ele passou ao tentar ficar do lado dela. Tentou ignorar o tesão, mas logo foi pego com desculpas para justificar aquilo que estava sentindo de novo. E Beck - ou poderia apelidar quele ''serumaninho'' de furacão, cheia de problemas internos que ao invés de tentar resolvê-los antes, ficou com ciúmes do Joe e usou uma manipulação emocional para fisgar o cara, desta vez dando valor depois que perdeu.
Ou seja... Por um lado; um cara feliz, aparentemente realizado com outra pessoa, mas que não conseguia se contentar com isso, usando a falta de algo (no pior sentido) para justificar seu término. Do outro, uma mulher dependente de outra pessoa, que simplesmente não consegue se manter estável (não que o Joe consiga) e precisa de um apoio. Em ambos os lados, se trata de usar um ao outro. Não é gostar, tão pouco amor. Além de doença, é também uma ilusão.
O ser humano tem essa mania de buscar pelo que é difícil; o tal instinto de caça, sobrevivência. Ou busca pelo que serve de apoio; como aquela pequena pilha de livros usada para substituir a perna de uma cama quebrada. É insano perceber que 90% dos relacionamentos se trata disso. As pessoas vivem buscando algo umas nas outras, sendo que deveriam buscar e encontrar em si mesmas. Está ali, tão perto, o tempo todo consigo, e cometem burrada atrás de burrada para no final lamentarem dizendo que o amor não existe. É loucura! A frustração começa quando você busca em outra pessoa o que já deveria estar em você.
Vamos valorizar mais o que realmente é bom, meu povo. O que nos faz bem. E se sentirem vontade de correr atrás de um Joe ou Beck da vida, passem num psicólogo antes!
Em apenas 10 episódios temos aqui uma grande produção dentro desse gênero que anda tão escasso! Uma obra de bons sustos, uma pitada de complexidade e mistérios que se misturam com personagens bem trabalhados e uma fotografia que merece tamanho respeito!
The Haunting of Hill House é a prova de que esse gênero tem salvação, de que nem toda trama de terror precisa se prender a 'jumpscare' para segurar o público, ou tão pouco se prender só ao horror. Dá para apostar em história também! Em um roteiro escrito de uma forma sensível e muito bem pensada; nas pessoas que iria atingir. E me atingiu em cheio.
Falar nisso, Carla Gugino tá maravilhosa! Babei muito sim.
Tá aí um bom exemplo do porque prefiro animações com dublagem br. Além de valorizar o trabalho dos nossos dubladores, de quebra temos referências da nossa cultura. E em (Des)Encanto são muitas. Chega passar do limite, mas é muito maneiro ver tantos memes em uma série só. Não é tão boa quanto Rick and Morty (se é que dá pra ficar comparando), mas diverte, traz personagens bem desenvolvidos e uma história com boas críticas.
A série melhorou muito, isso é um fato. Eu critiquei bastante a primeira temporada (e tive meus motivos), mas acabei me deparando com uma ótima produção nesse ''segundo ato''.
Apesar do roteiro se prender em um único objetivo - que é acabar com o Processo, a trama acerta em tudo o que pretende entregar; suspense, romance, efeitos especiais, seu toque de ação e uma fotografia que merece destaque. As cores são muito bem usadas, assim como as atuações, algumas delas merecem respeito. De quebra ainda tem a história por trás do Processo que também é algo interessante, ainda mais porque envolve questões que não foram respondidas antes.
Essa segunda temporada de 3% é a prova de que o Brasil tem potencial para produzir uma série tão boa quanto as estrangeiras. Agora sim, boto fé!
Bill Tench; o de maior experiência no FBI, durão, que serve de apoio a Holden Ford; o de aparência sensível, sentimental, mas que tem a ousadia e coragem para tentar entender o que se passa na mente de um serial killer, além de burlar o sistema burocrático que tanto envolve a trama. E Wendy Carr; o toque feminino que esbanja sensualidade e um conhecimento mais coerente sobre as motivações dos assassinos. É um belo trio!
Mesmo nas tramas paralelas, a abordagem foco continua presente; seja na relação entre Holden e Debbie, na família de Bill ou no romance de Wendy. Sempre há uma ponta que liga ao trabalho dos agentes e isso é bem interessante, o roteiro não se perde.
Um dos pontos fortes dessa série é sua fotografia; o tom esverdeado que transmite a constância da vontades, a cautela, persistência, liderança, autoestima. E seu cenário extremamente caprichoso que nos faz viver (ou voltar) na década de 70.
Mindhunter fascina ao tentar lidar com as mentes perturbadas e pela forma como explora isso mesmo com a ausência de violência. Em diálogos pesados, a trama consegue seu toque sutil de humor que exala entre os assassinos caricatos e instigantes. A cada episódio, um deleite; um motivo para entrar cada vez mais nesse mundo dos ''caçadores de mentes''.
Uma das coisas mais atraentes dessa série é a forma como ela usa e abusa da cultura negra/americana. O problema, para nós brasileiros, é que fala de uma cultura diferente da nossa. Conversas sobre músicas, esporte, referências, etc. Tudo um tanto distinto, exceto a crítica social (destaque para a abordagem política e racial) que são bastante objetivas.
Porém, ao mesmo tempo que ela carrega um conteúdo cultural (parte dele que não condiz com o nosso), a trama se torna muito arrastada. Tudo fica ainda menos empolgante quando nos damos conta que ela mostra um herói à prova de balas que parece invencível. Não é a mesma sensação ao vermos Daredevil ou Jessica Jones, já que em situações de risco, nós ficamos apreensivos por eles. É uma das coisas que nos prende ao personagem. Mas Luke Cage tem seu potencial; ele consegue nos atrair graças ao seu jeito desajeitado e ao carisma do Mike Colter.
Falando das atuações, elas são boas. Alguns personagens carregam seu charme (tais como Cottonmouth, Shades, Mariah Dillard, Claire Temple e até a Misty Knight) que contribuem para um bom apreço pela trama, assim como um peso de cenas de ação nos episódios finais que servem para dar um gás. O problema, é que daí, a série passa a se tornar algo extremamente clichê, o que não é novidade entre os filmes de super-heróis. Mas é um ponto que deixamos facilmente passar.
Por fim, Luke Cage acerta ao ter algo diferente entre esse universo da Marvel. Mas infelizmente, para mim e muitas pessoas, seu diferencial não foi o bastante para fazer dessa série o que chamamos de ''badass''. Não é tão gloriosa como muitos críticos expressaram, mas é boa o bastante para ser apreciada.
Sangrenta, visceral, divertida, cheia de mistérios e uma narrativa bem peculiar. American Gods não é para qualquer pessoa; é preciso aceitar a crítica, a diversidade, entender ao menos um pouco da mitologia grega e respeitar tamanha ousadia que se converte em uma bela adaptação. Sem falar na abertura que é f*da!
Fotografia, roteiro, narrativa, trilha sonora, tudo é simplesmente muito bem construído. Trama que nos faz ter revolta, desconforto, aflição e até uma quantidade de ódio que acaba entrando em nossas veias, mas que é desfeito só por pequenos detalhes positivos em meio à tamanha ignorância humana.
The Handmaid's Tale não é só crítica, mas também uma arma mental contra o opressor.
Por que eu vejo tanta gente falando sobre 13 Reasons Why fazer apologia ao suicídio?! De forma alguma vi isso. Eu vi uma trama mostrando a vida de uma garota, semanas antes de ela tirar sua própria vida. Ou seja... a série traz muitos alertas sobre esse assunto. Traz mais pontos positivos do que negativos. Afinal, nós entramos no mundo de Hannah Baker e começamos olhar em nossa volta, começamos notar as pessoas. Pelo menos é desse jeito que deveria ser, certo?! E é engraçado como algumas pessoas vivem dizendo que alguns personagens enfatizam pensamentos e atitudes erradas, mas vamos acordar! A série está mostrando algo que acontece fora da ficção. Sendo errado ou não, precisa ser mostrado!
(marcado como spoiler falo o que achei sobre como abordaram o tema).
Vemos o comportamento dos pais que, mesmo amando tanto ela, não conseguem enxergar que sua filha está passando por problemas. Alô?! Um alerta aos pais!
Vemos o Clay que, mesmo sendo mocinho, é aquele tipo de pessoa que vê e não faz nada. Talvez, ele seja um dos piores. Não vejo que ele teria obrigação de estar do lado de Hannah, mas a série retrata como a compaixão e pequenas atitudes do próximo podem fazer diferença. Pouca ou muita, mas faz.
Vemos todos aqueles adolescentes babacas tomando atitudes babacas. Se eu, você, ou qualquer outra pessoa ver isso, talvez olhe para si e veja o quão podre é. É possível que cause um choque de realidade nessas pessoas e que, de alguma forma, elas aprendam algo.
Vemos aquele Conselheiro que não cumpre seu trabalho, então eis um tapa em todos os profissionais que carregam o dever de fazer a coisa certa e só cruzam os braços. Ou simplesmente não enxergam o que deveriam.
E quando dizem que o suicídio da Hannah pareceu uma vingança, eu digo que deveriam olhar as coisas por um outro ângulo. Até porque, de que forma os personagens saberiam o que aconteceu com uma garota morta? Cada detalhe, cada sentimento... O propósito é esse, fazer com que os ''13 porquês'' se sentissem culpados e causar toda aquela intriguinha entre adolescentes do ensino médio. Sim, daí vem um dos motivos pelo qual a série é fraquinha, porque... Olá?! São problemas baseados em fatos reais, problemas entre ''crianças'', que para muitos podem ser problemas pequenos, dores pequenas, mas para elas, é um ''hannah baker world''.
E para uma pessoa depressiva? Bom... A série mostra uma luz no fim do túnel, de várias formas. Até onde vi por aí, muitas e muitas pessoas começaram a procurar ajuda. Uma grande porcentagem! Infelizmente, uma pessoa que sofre depressão tem muitas chances de cometer suicídio, ela pode acabar fazendo isso vendo ou não a série. Logo...
Quanto as partes técnicas... A fotografia é um dos pontos fortes. Os tons quentes e frios para distinguirmos o passado e o presente podem nos fazer sentir a ausência da Hannah, o machucado na testa do Clay que simboliza sua dor, a trilha sonora que se mistura perfeitamente com as cenas e todas as críticas sociais que foram essenciais na abordagem desse assunto. E o mais interessante nisso, é que o peso dessas críticas saem da boca dos próprios alunos (como Clay e Alex), algo que acaba tendo mais credibilidade.
Confesso que a trama poderia ter acrescentado mais coisas. Poderia até ser mais pesada, porque não vi nada de tão tenso como me falaram (tirando a cena do suicídio que é bem pesada). Só que, na verdade, a única pessoa que poderia julgar o que é pesado ou não, seria a própria Hannah. As várias Hannah's por aí que não são entendidas, são excluídas e até pouco tempo atrás, eram IGNORADAS.
Então, parabéns à Netflix por trazer isso para a nossa realidade. Pois debatemos, e muito. E quanto aos defeitos... toda trama tem, mas o assunto abordado é tão importante, que só o fato de ele estar ali, sendo discutido, já é um um grande passo.
Bom, isso se trata de um ESPECIAL e acho que eles capricharam nesse presente. Já que todo o roteiro vem com a próxima temporada, imagino que a obrigação da direção está justamente na próxima fase. Sendo assim, nada como um bônus para nos trazer aquela fotografia MARAVILHOSA, junto à sua trilha sonora que sempre nos causa aquele arrepio que nos faz se sentir tão mais envolvido na trama.
Eu esperava que essas 2hrs fosse só um especial básico, repleto de cenas bonitinhas (e suruba, claro). Mas trouxe alguns momentos significativos que continuarão na próxima temporada. E como sempre, Sense8 não deixou de trazer belas mensagens para todos os tipos de pessoas. Coisa linda de se ver.
E nem preciso citar a breve participação da Lana Wachowski, não é?! Achou que escaparia, mas qualquer um a reconheceria com aquela cabelo rosa. Hahaha.
Não é porque a série é brasileira que devemos ficar criticando, claro. Mas também não é porque a série é brasileira que devemos ficar batendo no peito o quanto é boa para tentar nos trazer um orgulho nesse universo cinematográfico e televisivo.
Gosto é gosto, cada um tem sua opinião e devemos respeitar, mas... Acho que ficou bastante óbvio os erros dessa série. A premissa é ótima, mas uma mistura do que já vimos antes com um desenvolvimento fraco e cheio de furos. Eu até vi personagem que tinha sido eliminado, mas no episódio seguinte estava lá de novo.
E aliás, como um local tão evoluído permite que falsos participantes entrem de um jeito tão fácil?! A série sequer explica isso. Assim como deixa de explicar várias coisas (não como se fosse ser explicado depois). E você nota um furo grotesco quando aquele dispositivo que serve como identidade não muda o nome, mas muda a foto. Como foi o caso daqueles dois personagens. É como se o processo facilitasse a entrada deles. Se há um propósito nisso? Vai saber. Fica aí mais uma coisa que não é explicada.
Como a Aline não conseguiu detectar o resto do Ezequiel?? Por que só existe câmeras no local quando os convém? Inclusive, existia uma focada na mesa do Ezequiel, o que facilitaria ver que foi a Michele quem colocou o veneno na bebida. Mas ok, vamos ''supor'' que o Ezequiel viu e fez todo aquele jogo para chegar nela. Mas e as outras pessoas envolvidas e com mais poder que ele? Uma pessoa de dentro morreu, era de se esperar que todos o conselho tentasse descobrir. Mas não.
Aquele teste entre ficar x ir com a grana foi foi totalmente sem sentido com Joana. Se ela estava sendo supostamente ameaçada por alguém que queria pegar parte do dinheiro dela, alguém do ''lado de cá'' que teria grandes chances de acabar com a raça dela, por que ela escolheria ir ao invés de ficar? Ao invés de ir para o ''maralto'', onde poderia se livrar de todos os problemas?
Enfim. É nesse tipo de coisa que notamos a preguiça de desenvolver algo realmente bom. Quer ver um outro exemplo?
Naquela prova dos bonecos, havia uma mulher que eles descobriram ser cega. Mas gente?! Ela não é surda. Em uma situação como aquela, era de se esperar que a outra mulher que estava se engasgando fizesse algum barulho suspeito. Inclusive, o marido dela. Essa é uma situação normal que ao meu ver, aconteceria. Não a mulher ficar lá parada com um sorriso quase que cínico. Mas aparentemente isso serviu para que a suposição do Fernando fizesse um pouco mais de sentido. Se é que teve algum sentido naquilo.
Existem várias outras coisas que eu poderia citar aqui como um furo, mas ficaria longo demais.
As provas? Nada complexas, algumas apenas vagas demais para nos deixar confusos e tornar aquele personagem mega inteligente ao dar uma resposta que não esperávamos. A impressão que tive foi que o conselho era burro e os participantes superiores.
Algumas atuações são bem amadoras, poucas ali salvam e as melhores delas precisam melhorar um pouco mais para que eu tenha orgulho do elenco. A trilha sonora, por mais que trouxe uma cultura do nosso país e quis misturar os dois lados da ficção, não achei que ficou legal numa série futurística. Na verdade, achei algo totalmente fora do padrão. Inclusive, essa trilha sonora estragou o clímax do desfecho. Foi bem estranho, hahaha.
Enfim. A série traz muita coisa meia boca e por mais que seja a primeira brasileira, a Netflix tinha culhões suficiente para nos trazer algo melhor. Uma pena que não foi o caso! Mas não é tão ruim, dá para apreciar algumas coisas, como a fotografia e a evolução de alguns personagens.
Agora é torcer para que a 2ª temporada me faça esquecer dos tantos erros da 1ª.
É tanto tapa na cara da sociedade, tanta crítica envolvida – sem aquele moralismo chato, que nos faz parar para refletir ao final de cada episódio!
Ao meu ver, Black Mirror segue com seu potencial, tendo seu tom diferenciado, misturado em climas pesados, leves, cômicos e aterrorizantes (principalmente psicologicamente falando).
Essa terceira temporada foi ainda mais diversificada. Já começa com aquela belezura de primeiro episódio que tem como base a atual situação da internet. Um DOS problemas do mundo virtual causado pelos navegantes e que provavelmente irá piorar ainda mais com o passar dos anos.
O legal de Black Mirror é isso: nos trazer uma base praticamente certa do que podemos esperar do futuro. OU, do que se passa atualmente, com as consequências da tecnologia.
Primeira temporada: é mais trabalhada no roteiro, porém um pouco lenta. Segunda temporada: um pouco mais agitada e tem um roteiro inferior.
Porém, nada que tenha me desanimado. Achei muito bacana como conseguiram manter um equilíbrio entre os três. Não foi cansativo, não foi exagerado em momento algum (e vamos lembrar que se trata de uma série sobre heróis). Em DD, nem o romance é estragado. Eu estava torcendo pra que Matthew e Elektra não se tornassem o típico casal clichê, cheio de drama e momentos desnecessários. E por falar nisso, a tensão sexual é muito boa.
Todos os personagens são muito bem trabalhados e cada um tem seu espaço. Até o jornalista que tenta ''ajudar'' a Karen tem uma pitada de personalidade. Conseguimos captar a visão de cada personagem ali, e caramba, isso é muito raro. Não estamos falando de filme. Estamos falando de uma série! No meio de tantas por aí, com roteiros saturados, mal aproveitados e cheios de censura, DD é um prato cheio.
E nem preciso falar do Punisher e da Elektra, certo?! Deram um show. A escolha dos atores para os personagens foi perfeita, deu certinho.
Acredito que o fato do Glenn não ter morrido foi para nos dar uma certa ''anestesia'', para confortar o telespectador, ficar confiante de que certos personagens não vão morrer. Até que acontecer o contrário e gerar um impacto maior. Talvez, o que prove isso, são aquelas mortes inesperadas. O que para mim foi chocante.
Aquela cena da família morrendo foi meio que surreal. Parecia que todos os personagens ali estavam tendo um pesadelo. E o Rick usando o machado contra o braço da Jessie?! Nossa.
Tudo bem que eles estão deixando um pouco do roteiro de lado, mas isso vimos nas primeiras temporadas. Tô adorando toda essa tensão da 6ª!
É fácil entender que os produtores precisam disso. Assim como a emissora. Tem que ter ibope, tem que superar expectativas. Porque é assim que uma série vai pra frente.
Então, é bom esquecer um pouco dos furos e aproveitar todo o gás.
O Urso (2ª Temporada)
4.5 234Eu curti a série, mas...
Quase sempre tudo tão intenso e cansativo que me dá vontade de parar de ver o episódio. Talvez essa tenha sido a intenção; fazer o telespectador cair de cabeça naquela bagunça. Caí tanto que quase me deu enxaqueca.
Parece que todo personagem sofre de algum transtorno mental, deviam dosar um pouco nisso. A maioria não consegue concluir uma frase sem tropeças nas palavras ou gaguejar, chega ser irritante.
Tudo é tão m e l o d r a m á t i c o.
Com Amor, Victor (3ª Temporada)
3.3 80 Assista AgoraSimon e Benji é insuportável!
Dark (3ª Temporada)
4.3 1,3KEu amo essa série, mas quer dizer então que...
Adam estava convicto de algo, mas estava errado. Enquanto Claudia passou esse tempo todo enganando todos para que o curso seguisse do jeito que deveria ser (com mistério, muito drama, personagens suspeitos, idas e volta no tempo), pra no final, o loop ser quebrado com a intervenção da morte da família do Tannhaus?
Pra mim, esse final não foi à altura de Dark. Achei clichê. Nem parecia a mesma série. Quando surgiu essa ideia de outro mundo, lá na segunda temporada, já fiquei com a pulga atrás da orelha, imaginando o rumo disso, mas confiei. Só que acabei quebrando a cara. A temporada inteira fiquei cada vez mais intrigado com a trama e aí, *puft*, tudo é solucionado num passe de mágica.
É claro que Dark continua sendo Dark. É uma das produções mais incríveis que já vi. Mas...
como o mistério na usina foi descartado para o ponto crucial de toda a trama ter a ver com o Tannhaus?! O "homem do tempo"?!
Tipo, sério mesmo?! Se a série não fosse tão complexa a ponto de eu desacreditar de um roteiro preguiçoso, eu já teria previsto esse final desde a primeira temporada. Fora que já estava claro, desde a segunda temporada, que Jonas e Martha tinha um "dedo podre" em tudo isso.
Ao mesmo tempo que a série trouxe tanta complexidade, trouxe junto um final que não condiz com seu histórico, nas temporadas anteriores. Muita coisa se tornou descartável, como se não fosse nada além de "encheção de linguiça".
Enfim. Acredito que, mesmo se quisessem, não teria como prolongar Dark. A 3ª temporada já estava ficando repetitiva e cansativa.
Você (2ª Temporada)
3.5 611 Assista AgoraA primeira temporada foi legal, eu achei intrigante ver como um psicopata se comporta em meio às redes sociais. Chegava ser assustador e alarmante. Aí veio o tal plot twist completamente desnecessário, mas que me deixou curioso. E ok, lá vou eu ver o que acontece, e nada mais é do que uma mesmice misturada com ''encheção de linguiça''. Joe perdeu seu ''brilho'', ao invés disso trouxeram personagens insuportáveis e sem a mínima graça, junto com um roteiro preguiçoso.
Ainda sim, deu pra acompanhar, mesmo eu ficando indignado com coisas absurdas que vão acontecendo. O ponto alto foi o final, quando vemos uma ''versão feminina'' do até então ofuscado Goldberg. Mas nada de surpreendente, não há nada de muito interessante. Sabe-se lá o que vem depois, mas pra mim a série acabou de perder sua credibilidade nessa abordagem psicológica.
The Witcher (1ª Temporada)
3.9 925 Assista AgoraO maior problema dessa série tá em sua narrativa, sua linha do tempo que nos faz ''engolir'' situações e personagens que eu e a maioria, antes não conhecia. Tudo soa apressado e sem muito sentido. Como, por exemplo, os anos que se passam entre os acontecimentos/episódios e parecem que foram só de um dia para o outro. Isso é pouco explicado, o que causa uma mega estranheza pra quem não conhece os livros e jogos e tão pouco tá acostumado com ''hard magic''. Logo, com base nessas mancadas, 90% do que tem na série se torna raso e um tanto irrelevante pra mim. Eu não me senti conectado com um personagem sequer e isso chega ser frustrante. O CGI até que é bom, assim como a trilha sonora, toda sua ambientação, figurino, os atores parecem cumprir o que lhes é proposto. Mas no geral, vejo como uma produção fan service, coisa que até então não faço parte, então... é isto.
The End of the F***ing World (2ª Temporada)
3.9 315''WHÓ?!''
''WHÓ?!''
''WHÓ?!''
''WHÓ?!''
Nada da Alyssa supera esse ''what''. Me dá gastura.
Olhos que Condenam
4.7 680 Assista AgoraDepois de The Handmaid's Tale, nenhuma outra produção me fez ter tanto "sangue no olho" como essa minissérie. Uma vontade de gritar e chorar ao longo da trama. De estar apoiando os envolvidos, enquanto sou preenchido por uma tremenda frustração. Um desconforto que parece que nunca vai acabar, até que o episódio termina. E no final de tudo, saber que não só é baseada em fatos reais, como também em algo específico que aconteceu... Tive que me render!
When They See Us é visceral, impactante, competente naquilo que propõe, em todos os sentidos!
Game of Thrones (8ª Temporada)
3.0 2,2K Assista AgoraQue final foi esse?! A impressão que tive foi que a Daenerys nunca existiu, como se ela não tivesse tido um arco tão maravilhoso durante todo esse tempo. Trataram a personagem não só como louca, mas como insignificante. Simplesmente foi jogada no lixo, sem respeito algum. Acho que foi a maior mancada em GoT. Imperdoável!
Special (1ª Temporada)
4.1 207Isso que acabei de assistir foi humor negro? Como conseguiram abordar assuntos tão delicados de uma forma tão leve e descontraída?! Não é como certas comédias por aí que apelam ao ponto de gerar um desconforto, pelo contrário. Paralisia cerebral, por exemplo, que é ainda mais difícil de abordar e acho que fizeram isso muito bem. Talvez pelo fato do próprio Ryan O’Connell ter escrito. E que continue. Quero mais!
Coisa Mais Linda (1ª Temporada)
4.2 401 Assista AgoraEu realmente não entendo como tem gente que trata uma produção como essa como ''lacração'', querendo tornar tal abordagem pejorativa, sem a menor importância. Na real, parece que esses comentários surgem de pessoas que nunca sentiram na pele coisas como a que Tereza, Helô, Adélia e Lígia sentiram. Ora! Independente disso, acima de tudo, devíamos agir com empatia. Afinal, como não se incomodar com aquele local de trabalho, cheio de ''homens'', carregados de insultos e desprezos, no qual Tereza e Helô se esforçam para ganhar espaço? Ou o racismo que a Adélia sofre, seja de forma sutil ou desenfreada? Vamos simplesmente fingir que tudo isso nunca existiu e existe até hoje?! Lacração?! Ah, por favor!
É evidente que a série não traz nenhum roteiro inovador e talvez sua maravilhosa fotografia seja a cereja do bolo, mas tá aí uma produção brasileira que achei uma delícia de assistir. Leve, mas ousada. Dramática, mas nem tanto. Que traz uma veracidade do ontem e do hoje. Um belo elenco que, por sinal, cumpre muito bem seu papel. Por último, mas não menos importante; sua trilha sonora que resgata gêneros que parecem ter sido esquecidos ao longo dos anos.
Se não é a Coisa Mais Linda, chegou bem perto!
Você (1ª Temporada)
3.7 916 Assista AgoraEu gostaria de fazer uma observação sobre o episódio 08, onde mostra claramente uma relação cheia de falhas, que tem tudo para dar errado, mas que mesmo assim, Beck e Joe insistem em manter. Isso acontece tanto fora da ficção que me fez refletir pela 173762615 vez. Ainda não terminei a série e não vou dizer nada aqui a respeito do que a trama aborda, num geral. Então...
Joe diz o tempo inteiro sobre os problemas de Beck, o que ele passou ao tentar ficar do lado dela. Tentou ignorar o tesão, mas logo foi pego com desculpas para justificar aquilo que estava sentindo de novo. E Beck - ou poderia apelidar quele ''serumaninho'' de furacão, cheia de problemas internos que ao invés de tentar resolvê-los antes, ficou com ciúmes do Joe e usou uma manipulação emocional para fisgar o cara, desta vez dando valor depois que perdeu.
Ou seja... Por um lado; um cara feliz, aparentemente realizado com outra pessoa, mas que não conseguia se contentar com isso, usando a falta de algo (no pior sentido) para justificar seu término. Do outro, uma mulher dependente de outra pessoa, que simplesmente não consegue se manter estável (não que o Joe consiga) e precisa de um apoio. Em ambos os lados, se trata de usar um ao outro. Não é gostar, tão pouco amor. Além de doença, é também uma ilusão.
O ser humano tem essa mania de buscar pelo que é difícil; o tal instinto de caça, sobrevivência. Ou busca pelo que serve de apoio; como aquela pequena pilha de livros usada para substituir a perna de uma cama quebrada. É insano perceber que 90% dos relacionamentos se trata disso. As pessoas vivem buscando algo umas nas outras, sendo que deveriam buscar e encontrar em si mesmas. Está ali, tão perto, o tempo todo consigo, e cometem burrada atrás de burrada para no final lamentarem dizendo que o amor não existe. É loucura! A frustração começa quando você busca em outra pessoa o que já deveria estar em você.
Vamos valorizar mais o que realmente é bom, meu povo. O que nos faz bem. E se sentirem vontade de correr atrás de um Joe ou Beck da vida, passem num psicólogo antes!
A Maldição da Residência Hill
4.4 1,4K Assista AgoraEm apenas 10 episódios temos aqui uma grande produção dentro desse gênero que anda tão escasso! Uma obra de bons sustos, uma pitada de complexidade e mistérios que se misturam com personagens bem trabalhados e uma fotografia que merece tamanho respeito!
The Haunting of Hill House é a prova de que esse gênero tem salvação, de que nem toda trama de terror precisa se prender a 'jumpscare' para segurar o público, ou tão pouco se prender só ao horror. Dá para apostar em história também! Em um roteiro escrito de uma forma sensível e muito bem pensada; nas pessoas que iria atingir. E me atingiu em cheio.
Falar nisso, Carla Gugino tá maravilhosa! Babei muito sim.
(Des)Encanto (1ª Temporada)
3.9 256 Assista AgoraTá aí um bom exemplo do porque prefiro animações com dublagem br. Além de valorizar o trabalho dos nossos dubladores, de quebra temos referências da nossa cultura. E em (Des)Encanto são muitas. Chega passar do limite, mas é muito maneiro ver tantos memes em uma série só. Não é tão boa quanto Rick and Morty (se é que dá pra ficar comparando), mas diverte, traz personagens bem desenvolvidos e uma história com boas críticas.
3% (2ª Temporada)
3.8 273 Assista AgoraA série melhorou muito, isso é um fato. Eu critiquei bastante a primeira temporada (e tive meus motivos), mas acabei me deparando com uma ótima produção nesse ''segundo ato''.
Apesar do roteiro se prender em um único objetivo - que é acabar com o Processo, a trama acerta em tudo o que pretende entregar; suspense, romance, efeitos especiais, seu toque de ação e uma fotografia que merece destaque. As cores são muito bem usadas, assim como as atuações, algumas delas merecem respeito. De quebra ainda tem a história por trás do Processo que também é algo interessante, ainda mais porque envolve questões que não foram respondidas antes.
Essa segunda temporada de 3% é a prova de que o Brasil tem potencial para produzir uma série tão boa quanto as estrangeiras. Agora sim, boto fé!
Mindhunter (1ª Temporada)
4.4 803 Assista AgoraBill Tench; o de maior experiência no FBI, durão, que serve de apoio a Holden Ford; o de aparência sensível, sentimental, mas que tem a ousadia e coragem para tentar entender o que se passa na mente de um serial killer, além de burlar o sistema burocrático que tanto envolve a trama. E Wendy Carr; o toque feminino que esbanja sensualidade e um conhecimento mais coerente sobre as motivações dos assassinos. É um belo trio!
Mesmo nas tramas paralelas, a abordagem foco continua presente; seja na relação entre Holden e Debbie, na família de Bill ou no romance de Wendy. Sempre há uma ponta que liga ao trabalho dos agentes e isso é bem interessante, o roteiro não se perde.
Um dos pontos fortes dessa série é sua fotografia; o tom esverdeado que transmite a constância da vontades, a cautela, persistência, liderança, autoestima. E seu cenário extremamente caprichoso que nos faz viver (ou voltar) na década de 70.
Mindhunter fascina ao tentar lidar com as mentes perturbadas e pela forma como explora isso mesmo com a ausência de violência. Em diálogos pesados, a trama consegue seu toque sutil de humor que exala entre os assassinos caricatos e instigantes. A cada episódio, um deleite; um motivo para entrar cada vez mais nesse mundo dos ''caçadores de mentes''.
Luke Cage (1ª Temporada)
3.7 502Uma das coisas mais atraentes dessa série é a forma como ela usa e abusa da cultura negra/americana. O problema, para nós brasileiros, é que fala de uma cultura diferente da nossa. Conversas sobre músicas, esporte, referências, etc. Tudo um tanto distinto, exceto a crítica social (destaque para a abordagem política e racial) que são bastante objetivas.
Porém, ao mesmo tempo que ela carrega um conteúdo cultural (parte dele que não condiz com o nosso), a trama se torna muito arrastada. Tudo fica ainda menos empolgante quando nos damos conta que ela mostra um herói à prova de balas que parece invencível. Não é a mesma sensação ao vermos Daredevil ou Jessica Jones, já que em situações de risco, nós ficamos apreensivos por eles. É uma das coisas que nos prende ao personagem. Mas Luke Cage tem seu potencial; ele consegue nos atrair graças ao seu jeito desajeitado e ao carisma do Mike Colter.
Falando das atuações, elas são boas. Alguns personagens carregam seu charme (tais como Cottonmouth, Shades, Mariah Dillard, Claire Temple e até a Misty Knight) que contribuem para um bom apreço pela trama, assim como um peso de cenas de ação nos episódios finais que servem para dar um gás. O problema, é que daí, a série passa a se tornar algo extremamente clichê, o que não é novidade entre os filmes de super-heróis. Mas é um ponto que deixamos facilmente passar.
Por fim, Luke Cage acerta ao ter algo diferente entre esse universo da Marvel. Mas infelizmente, para mim e muitas pessoas, seu diferencial não foi o bastante para fazer dessa série o que chamamos de ''badass''. Não é tão gloriosa como muitos críticos expressaram, mas é boa o bastante para ser apreciada.
Deuses Americanos (1ª Temporada)
4.1 515 Assista AgoraSangrenta, visceral, divertida, cheia de mistérios e uma narrativa bem peculiar. American Gods não é para qualquer pessoa; é preciso aceitar a crítica, a diversidade, entender ao menos um pouco da mitologia grega e respeitar tamanha ousadia que se converte em uma bela adaptação. Sem falar na abertura que é f*da!
O Conto da Aia (1ª Temporada)
4.7 1,5K Assista AgoraFotografia, roteiro, narrativa, trilha sonora, tudo é simplesmente muito bem construído. Trama que nos faz ter revolta, desconforto, aflição e até uma quantidade de ódio que acaba entrando em nossas veias, mas que é desfeito só por pequenos detalhes positivos em meio à tamanha ignorância humana.
The Handmaid's Tale não é só crítica, mas também uma arma mental contra o opressor.
13 Reasons Why (1ª Temporada)
3.8 1,5K Assista AgoraPor que eu vejo tanta gente falando sobre 13 Reasons Why fazer apologia ao suicídio?! De forma alguma vi isso. Eu vi uma trama mostrando a vida de uma garota, semanas antes de ela tirar sua própria vida. Ou seja... a série traz muitos alertas sobre esse assunto. Traz mais pontos positivos do que negativos. Afinal, nós entramos no mundo de Hannah Baker e começamos olhar em nossa volta, começamos notar as pessoas. Pelo menos é desse jeito que deveria ser, certo?! E é engraçado como algumas pessoas vivem dizendo que alguns personagens enfatizam pensamentos e atitudes erradas, mas vamos acordar! A série está mostrando algo que acontece fora da ficção. Sendo errado ou não, precisa ser mostrado!
(marcado como spoiler falo o que achei sobre como abordaram o tema).
Vemos o comportamento dos pais que, mesmo amando tanto ela, não conseguem enxergar que sua filha está passando por problemas. Alô?! Um alerta aos pais!
Vemos o Clay que, mesmo sendo mocinho, é aquele tipo de pessoa que vê e não faz nada. Talvez, ele seja um dos piores. Não vejo que ele teria obrigação de estar do lado de Hannah, mas a série retrata como a compaixão e pequenas atitudes do próximo podem fazer diferença. Pouca ou muita, mas faz.
Vemos todos aqueles adolescentes babacas tomando atitudes babacas. Se eu, você, ou qualquer outra pessoa ver isso, talvez olhe para si e veja o quão podre é. É possível que cause um choque de realidade nessas pessoas e que, de alguma forma, elas aprendam algo.
Vemos aquele Conselheiro que não cumpre seu trabalho, então eis um tapa em todos os profissionais que carregam o dever de fazer a coisa certa e só cruzam os braços. Ou simplesmente não enxergam o que deveriam.
E quando dizem que o suicídio da Hannah pareceu uma vingança, eu digo que deveriam olhar as coisas por um outro ângulo. Até porque, de que forma os personagens saberiam o que aconteceu com uma garota morta? Cada detalhe, cada sentimento... O propósito é esse, fazer com que os ''13 porquês'' se sentissem culpados e causar toda aquela intriguinha entre adolescentes do ensino médio. Sim, daí vem um dos motivos pelo qual a série é fraquinha, porque... Olá?! São problemas baseados em fatos reais, problemas entre ''crianças'', que para muitos podem ser problemas pequenos, dores pequenas, mas para elas, é um ''hannah baker world''.
E para uma pessoa depressiva? Bom... A série mostra uma luz no fim do túnel, de várias formas. Até onde vi por aí, muitas e muitas pessoas começaram a procurar ajuda. Uma grande porcentagem! Infelizmente, uma pessoa que sofre depressão tem muitas chances de cometer suicídio, ela pode acabar fazendo isso vendo ou não a série. Logo...
Quanto as partes técnicas... A fotografia é um dos pontos fortes. Os tons quentes e frios para distinguirmos o passado e o presente podem nos fazer sentir a ausência da Hannah, o machucado na testa do Clay que simboliza sua dor, a trilha sonora que se mistura perfeitamente com as cenas e todas as críticas sociais que foram essenciais na abordagem desse assunto. E o mais interessante nisso, é que o peso dessas críticas saem da boca dos próprios alunos (como Clay e Alex), algo que acaba tendo mais credibilidade.
Confesso que a trama poderia ter acrescentado mais coisas. Poderia até ser mais pesada, porque não vi nada de tão tenso como me falaram (tirando a cena do suicídio que é bem pesada). Só que, na verdade, a única pessoa que poderia julgar o que é pesado ou não, seria a própria Hannah. As várias Hannah's por aí que não são entendidas, são excluídas e até pouco tempo atrás, eram IGNORADAS.
Então, parabéns à Netflix por trazer isso para a nossa realidade. Pois debatemos, e muito. E quanto aos defeitos... toda trama tem, mas o assunto abordado é tão importante, que só o fato de ele estar ali, sendo discutido, já é um um grande passo.
Sense8 (2ª Temporada)
4.3 891 Assista AgoraBom, isso se trata de um ESPECIAL e acho que eles capricharam nesse presente. Já que todo o roteiro vem com a próxima temporada, imagino que a obrigação da direção está justamente na próxima fase. Sendo assim, nada como um bônus para nos trazer aquela fotografia MARAVILHOSA, junto à sua trilha sonora que sempre nos causa aquele arrepio que nos faz se sentir tão mais envolvido na trama.
Eu esperava que essas 2hrs fosse só um especial básico, repleto de cenas bonitinhas (e suruba, claro). Mas trouxe alguns momentos significativos que continuarão na próxima temporada. E como sempre, Sense8 não deixou de trazer belas mensagens para todos os tipos de pessoas. Coisa linda de se ver.
E nem preciso citar a breve participação da Lana Wachowski, não é?! Achou que escaparia, mas qualquer um a reconheceria com aquela cabelo rosa. Hahaha.
3% (1ª Temporada)
3.6 772 Assista AgoraNão é porque a série é brasileira que devemos ficar criticando, claro. Mas também não é porque a série é brasileira que devemos ficar batendo no peito o quanto é boa para tentar nos trazer um orgulho nesse universo cinematográfico e televisivo.
Gosto é gosto, cada um tem sua opinião e devemos respeitar, mas... Acho que ficou bastante óbvio os erros dessa série. A premissa é ótima, mas uma mistura do que já vimos antes com um desenvolvimento fraco e cheio de furos. Eu até vi personagem que tinha sido eliminado, mas no episódio seguinte estava lá de novo.
E aliás, como um local tão evoluído permite que falsos participantes entrem de um jeito tão fácil?! A série sequer explica isso. Assim como deixa de explicar várias coisas (não como se fosse ser explicado depois). E você nota um furo grotesco quando aquele dispositivo que serve como identidade não muda o nome, mas muda a foto. Como foi o caso daqueles dois personagens. É como se o processo facilitasse a entrada deles. Se há um propósito nisso? Vai saber. Fica aí mais uma coisa que não é explicada.
Como a Aline não conseguiu detectar o resto do Ezequiel?? Por que só existe câmeras no local quando os convém? Inclusive, existia uma focada na mesa do Ezequiel, o que facilitaria ver que foi a Michele quem colocou o veneno na bebida. Mas ok, vamos ''supor'' que o Ezequiel viu e fez todo aquele jogo para chegar nela. Mas e as outras pessoas envolvidas e com mais poder que ele? Uma pessoa de dentro morreu, era de se esperar que todos o conselho tentasse descobrir. Mas não.
Aquele teste entre ficar x ir com a grana foi foi totalmente sem sentido com Joana. Se ela estava sendo supostamente ameaçada por alguém que queria pegar parte do dinheiro dela, alguém do ''lado de cá'' que teria grandes chances de acabar com a raça dela, por que ela escolheria ir ao invés de ficar? Ao invés de ir para o ''maralto'', onde poderia se livrar de todos os problemas?
Enfim. É nesse tipo de coisa que notamos a preguiça de desenvolver algo realmente bom. Quer ver um outro exemplo?
Naquela prova dos bonecos, havia uma mulher que eles descobriram ser cega. Mas gente?! Ela não é surda. Em uma situação como aquela, era de se esperar que a outra mulher que estava se engasgando fizesse algum barulho suspeito. Inclusive, o marido dela. Essa é uma situação normal que ao meu ver, aconteceria. Não a mulher ficar lá parada com um sorriso quase que cínico. Mas aparentemente isso serviu para que a suposição do Fernando fizesse um pouco mais de sentido. Se é que teve algum sentido naquilo.
Existem várias outras coisas que eu poderia citar aqui como um furo, mas ficaria longo demais.
As provas? Nada complexas, algumas apenas vagas demais para nos deixar confusos e tornar aquele personagem mega inteligente ao dar uma resposta que não esperávamos. A impressão que tive foi que o conselho era burro e os participantes superiores.
Algumas atuações são bem amadoras, poucas ali salvam e as melhores delas precisam melhorar um pouco mais para que eu tenha orgulho do elenco. A trilha sonora, por mais que trouxe uma cultura do nosso país e quis misturar os dois lados da ficção, não achei que ficou legal numa série futurística. Na verdade, achei algo totalmente fora do padrão. Inclusive, essa trilha sonora estragou o clímax do desfecho. Foi bem estranho, hahaha.
Enfim. A série traz muita coisa meia boca e por mais que seja a primeira brasileira, a Netflix tinha culhões suficiente para nos trazer algo melhor. Uma pena que não foi o caso! Mas não é tão ruim, dá para apreciar algumas coisas, como a fotografia e a evolução de alguns personagens.
Agora é torcer para que a 2ª temporada me faça esquecer dos tantos erros da 1ª.
Black Mirror (3ª Temporada)
4.5 1,3K Assista AgoraÉ tanto tapa na cara da sociedade, tanta crítica envolvida – sem aquele moralismo chato, que nos faz parar para refletir ao final de cada episódio!
Ao meu ver, Black Mirror segue com seu potencial, tendo seu tom diferenciado, misturado em climas pesados, leves, cômicos e aterrorizantes (principalmente psicologicamente falando).
Essa terceira temporada foi ainda mais diversificada. Já começa com aquela belezura de primeiro episódio que tem como base a atual situação da internet. Um DOS problemas do mundo virtual causado pelos navegantes e que provavelmente irá piorar ainda mais com o passar dos anos.
O legal de Black Mirror é isso: nos trazer uma base praticamente certa do que podemos esperar do futuro. OU, do que se passa atualmente, com as consequências da tecnologia.
Demolidor (2ª Temporada)
4.3 967 Assista AgoraPrimeira temporada: é mais trabalhada no roteiro, porém um pouco lenta.
Segunda temporada: um pouco mais agitada e tem um roteiro inferior.
Porém, nada que tenha me desanimado. Achei muito bacana como conseguiram manter um equilíbrio entre os três. Não foi cansativo, não foi exagerado em momento algum (e vamos lembrar que se trata de uma série sobre heróis). Em DD, nem o romance é estragado. Eu estava torcendo pra que Matthew e Elektra não se tornassem o típico casal clichê, cheio de drama e momentos desnecessários. E por falar nisso, a tensão sexual é muito boa.
Todos os personagens são muito bem trabalhados e cada um tem seu espaço. Até o jornalista que tenta ''ajudar'' a Karen tem uma pitada de personalidade. Conseguimos captar a visão de cada personagem ali, e caramba, isso é muito raro. Não estamos falando de filme. Estamos falando de uma série! No meio de tantas por aí, com roteiros saturados, mal aproveitados e cheios de censura, DD é um prato cheio.
E nem preciso falar do Punisher e da Elektra, certo?! Deram um show. A escolha dos atores para os personagens foi perfeita, deu certinho.
The Walking Dead (6ª Temporada)
4.1 1,3K Assista AgoraFiquem atentos!
Acredito que o fato do Glenn não ter morrido foi para nos dar uma certa ''anestesia'', para confortar o telespectador, ficar confiante de que certos personagens não vão morrer. Até que acontecer o contrário e gerar um impacto maior. Talvez, o que prove isso, são aquelas mortes inesperadas. O que para mim foi chocante.
Aquela cena da família morrendo foi meio que surreal. Parecia que todos os personagens ali estavam tendo um pesadelo. E o Rick usando o machado contra o braço da Jessie?! Nossa.
Tudo bem que eles estão deixando um pouco do roteiro de lado, mas isso vimos nas primeiras temporadas. Tô adorando toda essa tensão da 6ª!
É fácil entender que os produtores precisam disso. Assim como a emissora. Tem que ter ibope, tem que superar expectativas. Porque é assim que uma série vai pra frente.
Então, é bom esquecer um pouco dos furos e aproveitar todo o gás.