"Astrologia, signos. Tudo o que a gente vive, está escrito em algum lugar? Eu não sei. A única certeza que sempre tive era que os astros tinham um problema pessoal comigo".
Poderia ser melhor? Poderia! Mas que bobeira deliciosa.
Cada um consegue dar o elogio que cabe à sua referência. E eu não consegui ver o personagem de Christopher Walken e não ver o nosso eterno vilão moral Coringa.
Essas produções mais singelas, do ponto de vista do cidadão comum, precisa ter uma aproximação com o cotidiano. Precisa respeitar os cinco estágios da fase do fim do mundo, precisa ser paranóico, desconexo, caótico, senso urgente de sobrevivência e terminar sem um fim.
Me parece que a lógica foi pegar um pouco de cada referência passada, desde cenário misterioso sombrio beirando a atmosfera do sobrenatural à essencia humana mais básica e mais primitiva, para criar um novo tom. Só que quase nada do passado, pelo menos recente, deu certo.
Foi criado um quadro em que as cores não se misturam, não combinam. Foi criada uma nota em que cada elemento dança em ritmo diferente.
Os dois primeiros, versões, hipóteses e imaginação que poderia ou não atingir a nossa espectativa de cenário dessa caminhada. O terceiro são fatos, imagens e informações que entraram em nossas casas e desenharam o destino.
Esse final com gênero menos dramático e mais policial, com histórico do cinema brasileiro, tinha tudo pra dar errado. Mas conseguiram compor em direção, roteiro e atuações o quebra cabeça que o investigador que há em mim tentou montar.
Para um gênero que, já há tempo demais, aposta no susto pelo aumento sonoro violênto, estranhamente é um dos melhores.
Não tem pretensão nenhuma em florear demais em cima de um lenda urbana. É simples, conciso, previsível e ainda assim deixa uma tensão no ar.
Guardada as devidas proporções de outras produções que tentaram reproduzir os pesadelos de Stephen King, é isso que imagino e sinto de suas obras: a tensão nos detalhes.
O que era para ser mais estranho, ver um rosto conhecido em um filme de grande produção, acabou se tornando um refúgio em meio essa sopa picante de sátira latina.
Se existe um ponto positivo é que todo esse exagero realçou a atuação serena de Bruna Marquezine.
Ver o fim é quase sempre uma confirmação do declínio ao invés da épica surpresa nostálgica. Quase sempre! Essa foi a exceção.
Acertaram do contexto ao detalhe! Do ritmo minucioso e silencioso do letal, do cenário que nina mais o drama do que a cólera, do conforto do idioma nativo até Dakota Fanning.
Foi o melhor fim de sequência. Uma honrosa aposentadoria de um rélis mortal.
Há duas maneiras de ser tocado pela arte: ou o corte é profundo para chegar onde se quer imaginávamos ser e sentir; ou estratégicamente superficial, com força suficiente para rasgar a nossa espessa casca e deixar nossa cruel, mas realista, imaginação chegar em nossas entranhas e completar as lacunas. Das duas maneiras, a arte tem que ser impecável, precisa! E, quase sempre, por limitações, a arte se omite e não imita a vida.
Eu não sei se foi uma gigantesca falha de uma produção alemã com atores alemães contando histórias de judeus no Holocausto de uma forma burlesca ou se existia ainda, na época e contexto, adolescentes absortos que pudessem fazer desse "baseado em fatos reais" algo que fugisse do drama.
Para deixar leve um tema que é drama e eles insistem em chamar de comédia, é necessário criar uma sociedade utópica com seres humanos mais evoluídos e, nesse caso, o risco de uma crise diplomática.
Não sei até quando dá para avaliar em escala de bom ou ruim um gênero que o Brasil não cansa de reproduzir. É necessário, é também a responsabilidade da arte imitar a vida, indignar, chocar... Mas também é o dever da arte oxigenar o ar impuro. Talvez, a arte precise inspirar heróis nos pulmões do Brasil para que tenhamos representatividade e oportunidade de expirar um país melhor.
"... O povo tem a força, precisa descobrir Se eles lá não fazem nada, faremos tudo daqui..."
De um país de glórias utópicas e realidades distópicas: No dia da independência, um salve ao nossos passos de escravidão nesse terreno íngrime, instável e ardiloso, e que só cabe à nós torná-lo fértil, chamado democracia.
Eu esperava uma produção com o sabor característico de independente. E foi o tempero. É ruim, poderia ser péssimo. Mas quando está esperando o pior, qualquer picância agridoce é surpresa.
Depois que uma produção é realizada sem que o diretor leia o livro, tudo é possivel de ser feito. É um enredo que cabe varias interpretações, portanto, vários cenários. A insanidade humana é o limite. A esperança era que o drama espanhol superasse a apatia e falta de tensão dos estadunidenses.
Tá Escrito
2.5 30"Astrologia, signos.
Tudo o que a gente vive, está escrito em algum lugar?
Eu não sei.
A única certeza que sempre tive era que os astros tinham um problema pessoal comigo".
Poderia ser melhor? Poderia!
Mas que bobeira deliciosa.
Hypnotic: Ameaça Invisível
2.7 120 Assista AgoraEsse paradoxo não foi bem construído, mas tem uma lógica e Alice Braga.
O Rei de Nova York
3.7 87Cada um consegue dar o elogio que cabe à sua referência. E eu não consegui ver o personagem de Christopher Walken e não ver o nosso eterno vilão moral Coringa.
O Mundo Depois de Nós
3.2 891 Assista AgoraEssas produções mais singelas, do ponto de vista do cidadão comum, precisa ter uma aproximação com o cotidiano. Precisa respeitar os cinco estágios da fase do fim do mundo, precisa ser paranóico, desconexo, caótico, senso urgente de sobrevivência e terminar sem um fim.
Oppenheimer
4.0 1,1KRetrato de uma época...
Três mulheres ocupando o lugar que a sociedade esperava que elas ocupassem, atrás de homens.
... de uma era...
Homens de poder escrevendo histórias que estamos fadados à repetir.
... de uma existência.
A procura incessante pela extinção de tudo o que tocamos.
Esse filme não é sobre Oppenheimer, não é sobre a guerra, não é sobre política. É sobre nosso reflexo e para quem tem coragem de olhar no espelho.
Paralisia
2.3 71 Assista AgoraMe parece que a lógica foi pegar um pouco de cada referência passada, desde cenário misterioso sombrio beirando a atmosfera do sobrenatural à essencia humana mais básica e mais primitiva, para criar um novo tom. Só que quase nada do passado, pelo menos recente, deu certo.
Foi criado um quadro em que as cores não se misturam, não combinam. Foi criada uma nota em que cada elemento dança em ritmo diferente.
A Menina que Matou os Pais: A Confissão
3.1 218 Assista AgoraOs dois primeiros, versões, hipóteses e imaginação que poderia ou não atingir a nossa espectativa de cenário dessa caminhada. O terceiro são fatos, imagens e informações que entraram em nossas casas e desenharam o destino.
Esse final com gênero menos dramático e mais policial, com histórico do cinema brasileiro, tinha tudo pra dar errado. Mas conseguiram compor em direção, roteiro e atuações o quebra cabeça que o investigador que há em mim tentou montar.
Skinamarink: Canção de Ninar
2.3 234 Assista AgoraEssa obra de arte é um terror ludico que não conseguiu fazer minha criança interior ter medo de dormir.
Awareness: A Realidade É Uma Ilusão
2.5 13 Assista AgoraSolo desconhecido para os desbravadores de emoções.
Jogos Mortais X
3.4 485 Assista AgoraDepois de inspirar uma geração que tentou causar a primeira impressão pela segunda vez, o original tornou-se uma cópia barata de si mesmo.
Boogeyman: Seu Medo é Real
2.8 225 Assista AgoraPara um gênero que, já há tempo demais, aposta no susto pelo aumento sonoro violênto, estranhamente é um dos melhores.
Não tem pretensão nenhuma em florear demais em cima de um lenda urbana. É simples, conciso, previsível e ainda assim deixa uma tensão no ar.
Guardada as devidas proporções de outras produções que tentaram reproduzir os pesadelos de Stephen King, é isso que imagino e sinto de suas obras: a tensão nos detalhes.
Besouro Azul
3.2 560 Assista AgoraO que era para ser mais estranho, ver um rosto conhecido em um filme de grande produção, acabou se tornando um refúgio em meio essa sopa picante de sátira latina.
Se existe um ponto positivo é que todo esse exagero realçou a atuação serena de Bruna Marquezine.
O Protetor: Capítulo Final
3.5 219Ver o fim é quase sempre uma confirmação do declínio ao invés da épica surpresa nostálgica. Quase sempre! Essa foi a exceção.
Acertaram do contexto ao detalhe!
Do ritmo minucioso e silencioso do letal, do cenário que nina mais o drama do que a cólera, do conforto do idioma nativo até Dakota Fanning.
Foi o melhor fim de sequência. Uma honrosa aposentadoria de um rélis mortal.
Som da Liberdade
3.8 482 Assista AgoraHá duas maneiras de ser tocado pela arte: ou o corte é profundo para chegar onde se quer imaginávamos ser e sentir; ou estratégicamente superficial, com força suficiente para rasgar a nossa espessa casca e deixar nossa cruel, mas realista, imaginação chegar em nossas entranhas e completar as lacunas. Das duas maneiras, a arte tem que ser impecável, precisa!
E, quase sempre, por limitações, a arte se omite e não imita a vida.
Era para ser um drama de rasgar a alma.
O Falsificador
2.7 6 Assista AgoraEu não sei se foi uma gigantesca falha de uma produção alemã com atores alemães contando histórias de judeus no Holocausto de uma forma burlesca ou se existia ainda, na época e contexto, adolescentes absortos que pudessem fazer desse "baseado em fatos reais" algo que fugisse do drama.
Agente Stone
3.0 144 Assista AgoraNa tentativa de fazer algo novo nesse tema que já passou pela hora da morte, o único acerto é, e sempre será, Gal Gadot.
Banidos
1.8 8 Assista AgoraCom essa sopa apocalíptica, o caldo só poderia ser indigesto.
Vermelho, Branco e Sangue Azul
3.6 301 Assista AgoraPara deixar leve um tema que é drama e eles insistem em chamar de comédia, é necessário criar uma sociedade utópica com seres humanos mais evoluídos e, nesse caso, o risco de uma crise diplomática.
Que Horas Eu Te Pego?
3.3 494Deprimente de várias maneiras. Mas impagável!
Quando somos capazes de rir de vergonha alheia, é porque a comédia nos acertou em cheio.
Impuros - O Filme
3.5 4Não sei até quando dá para avaliar em escala de bom ou ruim um gênero que o Brasil não cansa de reproduzir.
É necessário, é também a responsabilidade da arte imitar a vida, indignar, chocar... Mas também é o dever da arte oxigenar o ar impuro.
Talvez, a arte precise inspirar heróis nos pulmões do Brasil para que tenhamos representatividade e oportunidade de expirar um país melhor.
"... O povo tem a força, precisa descobrir
Se eles lá não fazem nada, faremos tudo daqui..."
De um país de glórias utópicas e realidades distópicas:
No dia da independência, um salve ao nossos passos de escravidão nesse terreno íngrime, instável e ardiloso, e que só cabe à nós torná-lo fértil, chamado democracia.
A Onda
4.2 1,9KO ser humano e seu desejo existêncial inquebravel, infindável e catastrófico de pertencer além de a si mesmo.
Só quem não está se afogando consegue ver a onda chegando.
O que as sociedades precisam é de poetas vivos.
Onda de Calor
2.3 22 Assista AgoraEu esperava uma produção com o sabor característico de independente. E foi o tempero.
É ruim, poderia ser péssimo. Mas quando está esperando o pior, qualquer picância agridoce é surpresa.
Vênus
2.8 67 Assista AgoraÉ a cultura cinematográfica mais criativa, dando certo ou não.
Bird Box Barcelona
2.5 190Depois que uma produção é realizada sem que o diretor leia o livro, tudo é possivel de ser feito. É um enredo que cabe varias interpretações, portanto, vários cenários. A insanidade humana é o limite.
A esperança era que o drama espanhol superasse a apatia e falta de tensão dos estadunidenses.