O cinema japonês é realmente surpreendente. O que dizer deste filme, que a princípio parecia ser uma trama “leve”, e revela-se “densa”, após uma virada dramática no desenrolar da história? O choque de realidade que o espectador toma, é fruto da cultura nipônica, que aborda temas polêmicos com certa naturalidade. “O Sabor da Vida” pode até parecer uma história simples, porém emocionante.
Engraçado e inovador sob diversos aspectos, com um visual bonito de se ver. Divertida Mente segue a mesma linha de “Up”, também dirigido por Pete Docter, sendo uma animação que pode tocar tanto os adultos quanto as crianças. É um filme profundo pela moral final da história, e é justamente por isso que vale a pena ser visto. Ao mesmo tempo, é leve pelas piadas e brincadeiras. Foi pensado para ser assistido em família.
Não podemos afirmar que é um completo desperdício de tempo assistir a este filme, que estreia tardiamente no Brasil. Ele tem seu valor, e de certa forma é até agradável. Só não há nada de especial que justifique uma ida ao cinema, pelo contrário, é melhor desfrutá-lo no conforto do lar. Contudo, não convence o espectador em nenhum dos gêneros nos quais pretendeu transitar. Quando tentou ser comédia, não fez rir. Quando pendeu para o romance, não cativou. Por fim, quando dramatizou, não emocionou. Fica a sensação de que a peça teatral que originou o filme deva ser mais interessante, e que transplantada para a linguagem cinematográfica, não obteve tanto sucesso quanto poderia.
Os criadores de Kingsman beberam (e muito) na fonte de Ian Flemming. A produção faz referências explícitas aos filmes de James Bond. No entanto, a inspiração não para por aí, e menções en-passant de outros famosos agentes secretos, como Jason Bourne e Jack Bauer também se fazem presentes. A tônica do filme é, portanto como a de qualquer outro do tipo: repleto de muita ação, explosão, suspense e violência, acrescidos de boas pitadas de humor. Talvez este seja o grande diferencial de Kingsman, que além de lançar mão de todos os clichês possíveis, também ironiza e satiriza os mesmos. É um filme de espionagem que zomba dos filmes de espionagem, não deixando ele próprio de ser também mais um filme do gênero.
Destaque para a boa trilha sonora que ajuda a dinamizar as passagens de cenas e para as pitadas de humor e ação, que funcionaram bem com o protagonista. No mais, não há nada de extraordinário a ser exaltado em “Golpe Duplo”. É apenas mais um filme comercial com o objetivo claro de entreter por entreter. Não podemos nem sequer condenar a produção, pois foram bem sucedidos no que se propuseram a fazer.
“Ida” encanta pela estética. Os planos e enquadramentos constituem-se numa verdadeira obra de arte. A fotografia e as locações são um “colírio para os olhos”. A produção ousou, ao fazer um filme em preto e branco, na dimensão 4:3, para melhor situar o recorte temporal da trama. Em termos visuais, trata-se de uma obra-prima. No entanto, sob outros aspectos, pode não agradar ao grande público. O filme tem sua estrutura narrativa baseada em poucos e curtos diálogos. Além disso, o dinamismo e a falta de emoção com que cenas cruciais da história acontecem também comprometem a experiência. Assim como “Birdman”, “Ida” certamente será aclamado pela crítica, porém rechaçado pela maioria dos espectadores. - See more at: http://www.sopacultural.com/ida-um-filme-sem-cor-e-pouco-brilho/#sthash.HBKG7YUT.dpuf
A história (não oficial) de como Charlie Parker se tornou uma lenda do Jazz é contada mais de uma vez em Whiplash. Durante um ensaio, o baterista Jo Jones, irritado com os erros do saxofonista (Parker), atirou um prato do seu instrumento em cima deste. Ao invés de baixar a cabeça e seguir outro rumo, Charlie tomou o episódio como lição e se inspirou para tornar-se o grande músico que foi. No filme, Fletcher (J.K. Simmons) é quem bate nessa tecla. Instrutor de um conservatório de música, ele leva seus alunos ao limite, partindo da premissa de que gênios só nascem se você pressionar as pessoas além do que se espera delas. - See more at: http://www.sopacultural.com/category/colunas/victor-kling/#sthash.XauH5Y6E.dpuf
Esta frase é a fala de um personagem do filme. Significa algo como: se existe notícia sangrenta a audiência aumenta. Partindo dessa premissa, “O Abutre” faz um retrato da mídia sensacionalista ao mostrar o ofício de um cinegrafista freelancer e sua busca inconsequente por imagens impactantes. De um lado temos um canal de TV que precisa de material para a audiência subir; e de outro o “abutre” que quer dinheiro em troca disso. Esta é a equação que a trama vai desenvolver. Entretanto, o filme vai além da crítica à imprensa e nos mostra a saga de um protagonista sociopata que visa o sucesso profissional e o ganho de dinheiro, acima de tudo.
- See more at: http://www.sopacultural.com/category/colunas/victor-kling/page/2/#sthash.Qset5zD5.dpuf
Trata-se de uma comédia, pouco engraçada, que por si só não atrairia nem metade da atenção que foi dedicada à mesma desde então. O ponto positivo é a atuação de James Franco, que incorpora um verdadeiro showman. A famigerada cena da morte de Kim jong-un é uma das poucas que pode provocar sorrisos. Contudo, faço coro com muitas críticas que tenho lido por aí: a Coreia do Norte deu um tiro no pé ao dar atenção para um filme que por si só já seria rechaçado pelo público. - See more at: http://www.sopacultural.com/entrevista-muito-barulho-por-nada/#sthash.4I9Oazwj.dpuf- See more at: http://www.sopacultural.com/entrevista-muito-barulho-por-nada/#sthash.4I9Oazwj.dpuf
Em algumas cenas, somos convidados a nos colocar no lugar dos surdos-mudos, e enfrentar sua dificuldade. O diretor faz isso para chocar o espectador, mas essa não é a tônica da produção, de uma maneira geral. A Família Bélier é um filme simples, sem muitos recursos ou rodeios, nem tampouco possui um elenco de renome. No entanto, é pela simplicidade que ele encanta. Despretensioso, é um filme para se refletir durante dias, semanas, o tempo que for preciso. - See more at: http://www.sopacultural.com/category/colunas/victor-kling/#sthash.x6wTEHrF.dpuf
Seria cômico se não fosse trágico. Esta é uma frase-clichê que se ouve com bastante frequência. No entanto, ela não se aplica ao filme argentino “Relatos Selvagens”, que parece desafiar fortemente esta lógica. É trágico e é cômico. Talvez até mais cômico que trágico. Para além disso, o filme também aborda questões mais profundas, não ficando apenas na superficialidade do humor-negro. Até onde você iria se fosse exposto a uma situação de estresse extremo? Como você reagiria a um grande trauma? Qual é o limite entre a civilização e a barbárie? A vingança é reconfortante? Todas essas questões estão presentes nas entrelinhas do filme.
A Very Murray Christmas
2.9 74 Assista AgoraÉ como o pessoal falou abaixo, talvez faça mais sentido assistir no natal... Só o Phoenix pra salvar-nos do tédio do filme. Sofia, cadê você...
Sabor da Vida
4.2 129 Assista AgoraO cinema japonês é realmente surpreendente. O que dizer deste filme, que a princípio parecia ser uma trama “leve”, e revela-se “densa”, após uma virada dramática no desenrolar da história? O choque de realidade que o espectador toma, é fruto da cultura nipônica, que aborda temas polêmicos com certa naturalidade. “O Sabor da Vida” pode até parecer uma história simples, porém emocionante.
Divertida Mente
4.3 3,2K Assista AgoraEngraçado e inovador sob diversos aspectos, com um visual bonito de se ver. Divertida Mente segue a mesma linha de “Up”, também dirigido por Pete Docter, sendo uma animação que pode tocar tanto os adultos quanto as crianças. É um filme profundo pela moral final da história, e é justamente por isso que vale a pena ser visto. Ao mesmo tempo, é leve pelas piadas e brincadeiras. Foi pensado para ser assistido em família.
www.sopacultural.com/divertida-mente-complexo/
Minha Querida Dama
3.4 63 Assista AgoraNão podemos afirmar que é um completo desperdício de tempo assistir a este filme, que estreia tardiamente no Brasil. Ele tem seu valor, e de certa forma é até agradável. Só não há nada de especial que justifique uma ida ao cinema, pelo contrário, é melhor desfrutá-lo no conforto do lar. Contudo, não convence o espectador em nenhum dos gêneros nos quais pretendeu transitar. Quando tentou ser comédia, não fez rir. Quando pendeu para o romance, não cativou. Por fim, quando dramatizou, não emocionou. Fica a sensação de que a peça teatral que originou o filme deva ser mais interessante, e que transplantada para a linguagem cinematográfica, não obteve tanto sucesso quanto poderia.
www.sopacultural.com/a-minha-querida-dama-e-um-fraco-misto-de-comedia-romantica-e-drama/
Kingsman: Serviço Secreto
4.0 2,2K Assista AgoraOs criadores de Kingsman beberam (e muito) na fonte de Ian Flemming. A produção faz referências explícitas aos filmes de James Bond. No entanto, a inspiração não para por aí, e menções en-passant de outros famosos agentes secretos, como Jason Bourne e Jack Bauer também se fazem presentes. A tônica do filme é, portanto como a de qualquer outro do tipo: repleto de muita ação, explosão, suspense e violência, acrescidos de boas pitadas de humor. Talvez este seja o grande diferencial de Kingsman, que além de lançar mão de todos os clichês possíveis, também ironiza e satiriza os mesmos. É um filme de espionagem que zomba dos filmes de espionagem, não deixando ele próprio de ser também mais um filme do gênero.
http://www.sopacultural.com/kingsman-um-comico-festival-de-cliches/
Golpe Duplo
3.3 731 Assista AgoraDestaque para a boa trilha sonora que ajuda a dinamizar as passagens de cenas e para as pitadas de humor e ação, que funcionaram bem com o protagonista. No mais, não há nada de extraordinário a ser exaltado em “Golpe Duplo”. É apenas mais um filme comercial com o objetivo claro de entreter por entreter. Não podemos nem sequer condenar a produção, pois foram bem sucedidos no que se propuseram a fazer.
http://www.sopacultural.com/golpe-duplo-marca-o-retorno-de-will-smith-ao-topo-das-bilheterias-americanas/
Ida
3.7 439“Ida” encanta pela estética. Os planos e enquadramentos constituem-se numa verdadeira obra de arte. A fotografia e as locações são um “colírio para os olhos”. A produção ousou, ao fazer um filme em preto e branco, na dimensão 4:3, para melhor situar o recorte temporal da trama. Em termos visuais, trata-se de uma obra-prima. No entanto, sob outros aspectos, pode não agradar ao grande público. O filme tem sua estrutura narrativa baseada em poucos e curtos diálogos. Além disso, o dinamismo e a falta de emoção com que cenas cruciais da história acontecem também comprometem a experiência. Assim como “Birdman”, “Ida” certamente será aclamado pela crítica, porém rechaçado pela maioria dos espectadores. - See more at: http://www.sopacultural.com/ida-um-filme-sem-cor-e-pouco-brilho/#sthash.HBKG7YUT.dpuf
Whiplash: Em Busca da Perfeição
4.4 4,1K Assista AgoraA história (não oficial) de como Charlie Parker se tornou uma lenda do Jazz é contada mais de uma vez em Whiplash. Durante um ensaio, o baterista Jo Jones, irritado com os erros do saxofonista (Parker), atirou um prato do seu instrumento em cima deste. Ao invés de baixar a cabeça e seguir outro rumo, Charlie tomou o episódio como lição e se inspirou para tornar-se o grande músico que foi. No filme, Fletcher (J.K. Simmons) é quem bate nessa tecla. Instrutor de um conservatório de música, ele leva seus alunos ao limite, partindo da premissa de que gênios só nascem se você pressionar as pessoas além do que se espera delas. - See more at: http://www.sopacultural.com/category/colunas/victor-kling/#sthash.XauH5Y6E.dpuf
O Abutre
4.0 2,5K Assista Agora“Morning News, if it bleeds it leads”
Esta frase é a fala de um personagem do filme. Significa algo como: se existe notícia sangrenta a audiência aumenta. Partindo dessa premissa, “O Abutre” faz um retrato da mídia sensacionalista ao mostrar o ofício de um cinegrafista freelancer e sua busca inconsequente por imagens impactantes. De um lado temos um canal de TV que precisa de material para a audiência subir; e de outro o “abutre” que quer dinheiro em troca disso. Esta é a equação que a trama vai desenvolver. Entretanto, o filme vai além da crítica à imprensa e nos mostra a saga de um protagonista sociopata que visa o sucesso profissional e o ganho de dinheiro, acima de tudo.
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A Entrevista
3.1 1,0K Assista AgoraTrata-se de uma comédia, pouco engraçada, que por si só não atrairia nem metade da atenção que foi dedicada à mesma desde então. O ponto positivo é a atuação de James Franco, que incorpora um verdadeiro showman. A famigerada cena da morte de Kim jong-un é uma das poucas que pode provocar sorrisos. Contudo, faço coro com muitas críticas que tenho lido por aí: a Coreia do Norte deu um tiro no pé ao dar atenção para um filme que por si só já seria rechaçado pelo público. - See more at: http://www.sopacultural.com/entrevista-muito-barulho-por-nada/#sthash.4I9Oazwj.dpuf- See more at: http://www.sopacultural.com/entrevista-muito-barulho-por-nada/#sthash.4I9Oazwj.dpuf
A Família Bélier
4.2 436Em algumas cenas, somos convidados a nos colocar no lugar dos surdos-mudos, e enfrentar sua dificuldade. O diretor faz isso para chocar o espectador, mas essa não é a tônica da produção, de uma maneira geral. A Família Bélier é um filme simples, sem muitos recursos ou rodeios, nem tampouco possui um elenco de renome. No entanto, é pela simplicidade que ele encanta. Despretensioso, é um filme para se refletir durante dias, semanas, o tempo que for preciso. - See more at: http://www.sopacultural.com/category/colunas/victor-kling/#sthash.x6wTEHrF.dpuf
Relatos Selvagens
4.4 2,9K Assista AgoraSeria cômico se não fosse trágico. Esta é uma frase-clichê que se ouve com bastante frequência. No entanto, ela não se aplica ao filme argentino “Relatos Selvagens”, que parece desafiar fortemente esta lógica. É trágico e é cômico. Talvez até mais cômico que trágico. Para além disso, o filme também aborda questões mais profundas, não ficando apenas na superficialidade do humor-negro. Até onde você iria se fosse exposto a uma situação de estresse extremo? Como você reagiria a um grande trauma? Qual é o limite entre a civilização e a barbárie? A vingança é reconfortante? Todas essas questões estão presentes nas entrelinhas do filme.