Tudo que envolve o universo das Amazonas é espetacular! Adoraria um filme que se passasse apenas em Themyscira, é lá que se encontra a verdadeira essência da Mulher Maravilha. Em 1984 houve alguns momentos em que a Diana parecia coadjuvante de seu próprio filme, considerando que o personagem do Pedro Pascal tem mais tempo de tela do que o necessário e considerando que é um antagonista muito fraco e caricato. Entendo que o intuito de usar este personagem era de criar um problema de grandes proporções, mas talvez o filme fosse mais engajante se o antagonismo fosse todo da Kristen Wiig, que interpreta Cheetah, uma personagem bem mais interessante (porém, não menos banal). Há algumas cenas de ação competentes, os efeitos visuais são bons, a trilha do Hans Zimemr é ótima, mas não é um filme que não sai da zona de conforto. Acho cômico os heróis da DC Comics sempre lidando com os problemas na base da conversa e dos discursos motivacionais. Também acho cômico a necessidade de haver sempre antagonistas com os mesmos propósitos: dominar o mundo a troco de nada. A DC não cansa de bater nestas mesmas teclas. Por enquanto, esta sequência fica abaixo de sua antecessora.
Passei metade do filme admirando a beleza e o talento da Mackenzie Davis e da Alison Brie. As cenas das duas brigando: tudo pra mim. Filme leve para ver sem compromisso.
Muito barulho, muito grito, muito surto, muitas forçadas de barra. Não há nada essencialmente original aqui e o pouco de força que o filme tem não é o suficiente.
Meu Deus, que história! Que mulher guerreira e admirável! Bateu de frente contra o mais alto escalão do governo expondo toda a sujeira e clamando por justiça pela perda cruel da filha ao feminicídio. A cena em que
é anunciada a absolvição do assassino da filha dela
simplesmente ACABOU comigo. Não há como não terminar este documentário em lágrimas. A (in)justiça do México é deplorável e, infelizmente, tão semelhante a do Brasil. A história da Marisela e o símbolo que ela se tornou me remete imediatamente à Marielle. Ironicamente, ambas com nomes muito semelhantes.
Eu já conhecia superficialmente sobre este caso macabro que abalou os EUA em 2018, já sabia do crime, do desfecho e da culpa, mas ainda assim, acompanhar através de um documentário como tudo aconteceu com todos os detalhes é sempre uma experiência única. O doc tem uma ótima narrativa e fluidez, mantendo o mistério do desaparecimento da Shanann e as filhas intercalado com fotos e vídeos caseiros da família que faz a gente se perguntar “em que ponto tudo mudou para essa família?”. O sentimento de angústia crescente durante o desenvolvimento do caso é muito forte. Realmente é uma história devastadora.
Posso dizer que em 85 minutos eu fiquei apaixonado por um polvo. Que delicia de documentário e quanta sensibilidade! É o tipo de história que faz a gente refletir sobre a espiritualidade da natureza, sobre o elo entre as espécies, sobre a importância da preservação da fauna e flora, e sobre a efemeridade da vida. A estética, a fotografia e a trilha sonora também são belíssimas, diria que quase sinestésicas. Após o término do doc a sensação que fica é de leveza, renovação, como se tivéssemos voltado de um longo mergulho transcendental no oceano. Sugestão: assistam no escuro, no silêncio absoluto e na maior tela possível. Este é o tipo de experiência que nos transforma, vale muito a pena. Indicado a todos, principalmente aos amantes da natureza.
Assistir documentários sobre crimes reais e histórias policiais de mistério é sempre uma experiência pesarosa, e quando as vítimas são crianças isso se torna duas vezes mais difícil, mas ainda assim eu acompanho por conta de detalhes interessantes como o andar das investigações, os suspeitos, os motivos, os debates sobre a mente de um criminoso, etc. Este é de longe um dos documentários mais dolorosos que já assisti (tanto quanto o terrível "The Trials of Gabriel Fernandez") que conta sobre o assassinato inexplicável de três garotos em West Memphis, Arkansas, no ano de 1993. Após várias investigações e três suspeitos sob o radar, a polícia considerou que aquele era um crime de caráter satanista. Este é um caso muito complexo e revoltante, carregado de detalhes e reviravoltas, e esta é a primeira parte de uma trilogia de documentários que acompanhou todo o caso de 1993 até seu desfecho em 2011. Aliás, a terceira parte do documentário chamada "Paradise Lost 3: Purgatory", foi indicada ao Oscar de Melhor Documentário em 2012. Não consigo mais ouvir a música "Welcome Home (Sanitarium)" do Metallica sem lembrar deste doc, nos primeiros segundos de música já me vem à mente aquelas imagens horríveis do início do doc e todo um sentimento amargo vem à tona.
Inspirado em acontecimentos reais, Rede de Ódio é um filme polonês que conta a história de uma empresa de relações públicas que contrata um rapaz de ideologias extremistas para destruir a reputação de um político liberal através de fake news, incitação ao ódio e manipulação dos algoritmos das redes sociais. Em tempos de tanta ignorância política e desconfianças generalizadas é impossível não traçar paralelos com as realidades políticas e sociais caóticas que o Brasil vem passando, é como um reflexo no espelho de nossa nação. No filme é retratado como uma semente plantada de forma mal intencionada na Internet pode germinar e criar raízes na vida real, funciona como uma corrente que cria alianças com pessoas de índoles duvidosas que acreditam em ideologias conservadoras, na eugenia, no poder da violência contra um inimigo imaginário, na retomada dos "bons valores e costumes", na censura, na privação da liberdade e da expressividade de outrem, enfim, diversas questões incutidas na psiquê dos mais suscetíveis à manipulação, podendo se tornar uma verdadeira ameaça aos diretos humanos. Este é um filme cáustico e angustiante que não passa a mão na cabeça do público ao ser o mais fiel e próximo da realidade possível, reflexões e debates sobre a essência de Rede de Ódio não faltarão.
O mais novo documentário da Netflix traz um tema para debate que tem sido cada vez mais recorrente e necessário: os malefícios crescentes e as consequências diretas e indiretas que as redes e mídias sociais têm causado na psiquê das pessoas a nível global. Já adianto que, apesar de ser um tema quase batido, as questões levantadas aqui trazem um novo olhar a respeito, mais cáustico e urgente. O doc aborda a questão da manipulação digital através dos algoritmos em proporções de curto, médio e longo alcance, retrata como essa manipulação afeta negativamente as pessoas dentro do âmbito social, afetivo e emocional, a forma como isso está relacionado ao aumento dos casos de depressão, o vício inegável por atenção, status e uma fama ilusória, a dinâmica dos algoritmos que trabalham pra tentar manter as pessoas o maior tempo possível em frente à tela, e por fim, a cereja do bolo, como nasceu a guerra da desinformação e como isso está tendo consequências desastrosas dentro da política com a propagação de fake news, desconfiança generalizada, anúncios capciosos e uma extrema polarização onde ninguém mais escuta ninguém. Aproveitando o gancho, se "The Social Dilemma" mostra como os algoritmos funcionam, o filme "Rede de Ódio" mostra como uma pessoa que entende o funcionamento deles trabalha pra destruir uma reputação pública e política através das mídias, portanto, fica mais essa indicação, são dois títulos que se complementam. No mais, excelente documentário, escancara uma realidade sorrateira, invisível e assustadora.
Recentemente "Princesa Mononoke" completou 23 anos de existência e ainda fico atônito em relação ao quão absurda e colossal esta obra é. Fundamentado em discussões socioambientais, este é um filme que reproduz como poucos a didática da conscientização ecológica, a luta de classes, a figura feminina em posição de poder, as camadas da guerra, o simbolismo da fé, a dualidade entre "bem e mal", é um filme que contempla o belo, que promove reflexões profundas sobre o único e o coletivo, sobre consequências inimagináveis, sobre a existência do homem como parte atuante de um ecossistema que sangra e respira. O trabalho estético do Hayao Miyazaki, a manipulação das cores, o desenvolvimento de personagens, a crianção de mundo e a trilha sonora extraordinária do Joe Hisaishi, são apenas peças que corroboram a majestade desta que é, indiscutivelmente, uma das maiores obras-primas do cinema. Necessário e atemporal.
O bilhete deixado por Rey Rivera antes de morrer inexplicavelmente me trouxe até aqui. Quem assistiu Unsolved Mysteries vai saber do que estou falando.
Este primo de filmes como Unfriended e Atividade Paranormal chega a ser até um pouco acima da média de filmes semelhantes que abordam a tecnofobia desta forma, com câmeras móveis, webcams e celulares. É eficiente, direto, atual, sem muitos rodeios, o elenco é competente, mas ainda senti falta de um pouco mais de aproximação, poderia ter pelo menos uns 25 minutos de duração a mais. Fora isso, boas sequências de terror, principalmente a cena da “máscara flutuante”.
O filme traz à tona a história de pessoas que trafegam nas mais tortuosas curvas da vida, suas junções, seus cruzamentos, o acaso, o obstáculo, o trauma, a dor da perda de um ente querido, da perda de um relacionamento, da perda da fé e a montagem não-linear só tem a contribuir no "efeito fragmentos da vida". Sean Penn e Benicio del Toro estão incríveis como dois homens derrotados e reféns de seus próprios traumas e dores, mas o grande destaque vai para a Naomi Watts, que encara de corpo, alma, unhas e dentes uma mulher que enfrenta o pior flagelo que uma mãe e uma mulher podem sentir. 21 Gramas é cruel, doloroso, visceral, retrata uma realidade que machuca e castiga; as últimas linhas de diálogo do filme ficarão comigo por muito tempo.
Estive aguardando este filme por um ano e finalmente tive a oportunidade de prestigiá-lo, e felizmente a espera valeu muito a pena. Que filme mais lindo! Meu preferido do Makoto Shinkai até o momento, que está se provando ser um grande diretor. Temos aqui um filme cheio de vida, que transpira, que aquece, que arrefece, que brinca com os sentidos, é de um requinte estético tão palpável que acompanhá-lo chega a ser uma experiência sensorial. O roteiro recicla alguns componentes de filmes anteriores do diretor (como a jornada de um amor fisicamente impossível entre dois adolescentes), mas o desenvolvimento, os simbolismos, o primor visual, a trilha sonora, as canções, as sutilezas, o trabalho de voz e som, fazem de "O Tempo Com Você" uma grande obra sobre amadurecimento, amor, perseverança e o vínculo indissociável entre homem e natureza.
Mais um filme na conta do Larry Clark, desta vez ele traz uma história real sobre um grupo de adolescentes problemáticos que após algumas circunstâncias decidem realizar justiça com as próprias mãos. O filme é bastante incômodo de assistir, não só por conta do teor de violência física e psicológica, mas também pelo desenvolvimento exageradamente fútil e enfadonho de alguns personagens (culpa da interpretação de uma parte do elenco, talvez), mas fato é que Bully retrata uma juventude perdida e traz às últimas consequências o pior que pode haver num adolescente, não se privando de ser o mais cru e frio possível. O Brad Renfro (inesquecível em O Cliente e A Cura), aqui com seus 18 anos encara um personagem complexo com maturidade e já demonstrava sinais de que teria um carreira sólida de ator no futuro, pena ter ido embora tão cedo e em circunstâncias tão semelhantes às de seu personagem em Bully.
De imediato já senti na narrativa uma mistura bem mequetrefe de A Espera de um Milagre (1999) com Um Sonho de Liberdade (1994), é praticamente a mesma história, concebida nos mesmos moldes. O diretor não permite que as conexões humanas respirem e aconteçam naturalmente, extrapola em dramaticidade, em cenas slow motion, em trilha sonora melodramática, em recursos forçados que estão ali com um único propósito: arrancar lágrimas; nota-se uma grande falta de tato, percepção e sensibilidade no trabalho de direção. O protagonista é bom, entrega um trabalho de interpretação competente para seu personagem, em contrapartida, a atriz que interpreta a filha do protagonista é muito fraca, a personagem passa por diversas situações traumáticas e a atriz mirim não consegue entregar nada, nenhum sentimento genuíno, e era um papel que exigia isso. Ademais, os diálogos não ajudam, há furos no roteiro, um antagonista caricato, personagens mal desenvolvidos e é tudo muito previsível. Ou seja, Milagre na Cela 7 é um drama que apesar de nada original, apresenta uma boa premissa e há algumas coisas para se gostar no filme, mas não soube construir seu alicerce, é forçado, exagerado, pretensioso, exaustivo, falta substância, consistência e não entrega tudo que promete.
Por que ela termina sozinha no castelo de areia?... de gelo. Porque ela é lésbica. Nada é por um acaso. Acredite gente, eles estão armados, articulados. O cão é muito bem articulado e nós estamos alienados. Agora a princesa do Frozer vai voltar para acordar a Bela Adormecida com beijo gay
Pra quem perdeu The Cave na National Geographic Brasil, se liguem nos dias e horários das reprises: - Terça (04/02) 03:20hs - Quarta (05/02) 13:20hs - Sexta (07/02) 21:45hs - Sábado (08/02) 23:10hs - Domingo (09/02) 18:00hs
O filme pode até ser problemático, contar com vários clichês e vários maneirismos de uma cinebiografia feita nos moldes e padrões para agradar aos votantes das premiações, mas verdade seja dita, é um filme que funciona muito bem como homenagem à imagem e carreira da grande Judy Garland, acerta em alguns quesitos técnicos como um belo design de produção e figurinos vistosos e consagra de uma vez por todas o retorno aos holofotes da excelente Renée Zellweger, que mais uma vez prova o quanto pode ser uma atriz versátil, determinada e apaixonada. Eu como fã do trabalho dela fiquei muito satisfeito e torço por ela no Oscar 2020 de Melhor Atriz.
Mulher-Maravilha 1984
3.0 1,4K Assista AgoraTudo que envolve o universo das Amazonas é espetacular! Adoraria um filme que se passasse apenas em Themyscira, é lá que se encontra a verdadeira essência da Mulher Maravilha. Em 1984 houve alguns momentos em que a Diana parecia coadjuvante de seu próprio filme, considerando que o personagem do Pedro Pascal tem mais tempo de tela do que o necessário e considerando que é um antagonista muito fraco e caricato. Entendo que o intuito de usar este personagem era de criar um problema de grandes proporções, mas talvez o filme fosse mais engajante se o antagonismo fosse todo da Kristen Wiig, que interpreta Cheetah, uma personagem bem mais interessante (porém, não menos banal). Há algumas cenas de ação competentes, os efeitos visuais são bons, a trilha do Hans Zimemr é ótima, mas não é um filme que não sai da zona de conforto. Acho cômico os heróis da DC Comics sempre lidando com os problemas na base da conversa e dos discursos motivacionais. Também acho cômico a necessidade de haver sempre antagonistas com os mesmos propósitos: dominar o mundo a troco de nada. A DC não cansa de bater nestas mesmas teclas. Por enquanto, esta sequência fica abaixo de sua antecessora.
Alguém Avisa?
3.5 342 Assista AgoraPassei metade do filme admirando a beleza e o talento da Mackenzie Davis e da Alison Brie. As cenas das duas brigando: tudo pra mim. Filme leve para ver sem compromisso.
Dream Boat
2.9 61Emocionante ver o branco padrão desabafando sobre ser desejado por tanta gente.
Terra Selvagem
3.1 31 Assista Agoraquando vi o cartaz a primeira vez achei que era filme LGBT com os dois... sonhei a toa
Demoníaca
3.1 156 Assista AgoraMuito barulho, muito grito, muito surto, muitas forçadas de barra. Não há nada essencialmente original aqui e o pouco de força que o filme tem não é o suficiente.
Um Assunto de Mulheres
4.2 77- O que pediu, Pierrot?
- Quero ser carrasco.
As Três Mortes de Marisela
4.3 29Meu Deus, que história! Que mulher guerreira e admirável! Bateu de frente contra o mais alto escalão do governo expondo toda a sujeira e clamando por justiça pela perda cruel da filha ao feminicídio. A cena em que
é anunciada a absolvição do assassino da filha dela
Cenas de um Homicídio: Uma Família Vizinha
3.8 247 Assista AgoraEu já conhecia superficialmente sobre este caso macabro que abalou os EUA em 2018, já sabia do crime, do desfecho e da culpa, mas ainda assim, acompanhar através de um documentário como tudo aconteceu com todos os detalhes é sempre uma experiência única. O doc tem uma ótima narrativa e fluidez, mantendo o mistério do desaparecimento da Shanann e as filhas intercalado com fotos e vídeos caseiros da família que faz a gente se perguntar “em que ponto tudo mudou para essa família?”. O sentimento de angústia crescente durante o desenvolvimento do caso é muito forte. Realmente é uma história devastadora.
Professor Polvo
4.2 387 Assista AgoraPosso dizer que em 85 minutos eu fiquei apaixonado por um polvo. Que delicia de documentário e quanta sensibilidade! É o tipo de história que faz a gente refletir sobre a espiritualidade da natureza, sobre o elo entre as espécies, sobre a importância da preservação da fauna e flora, e sobre a efemeridade da vida. A estética, a fotografia e a trilha sonora também são belíssimas, diria que quase sinestésicas. Após o término do doc a sensação que fica é de leveza, renovação, como se tivéssemos voltado de um longo mergulho transcendental no oceano. Sugestão: assistam no escuro, no silêncio absoluto e na maior tela possível. Este é o tipo de experiência que nos transforma, vale muito a pena. Indicado a todos, principalmente aos amantes da natureza.
O Paraíso Perdido: Assassinatos de Crianças em Robin Hood Hill
4.3 45Assistir documentários sobre crimes reais e histórias policiais de mistério é sempre uma experiência pesarosa, e quando as vítimas são crianças isso se torna duas vezes mais difícil, mas ainda assim eu acompanho por conta de detalhes interessantes como o andar das investigações, os suspeitos, os motivos, os debates sobre a mente de um criminoso, etc. Este é de longe um dos documentários mais dolorosos que já assisti (tanto quanto o terrível "The Trials of Gabriel Fernandez") que conta sobre o assassinato inexplicável de três garotos em West Memphis, Arkansas, no ano de 1993. Após várias investigações e três suspeitos sob o radar, a polícia considerou que aquele era um crime de caráter satanista. Este é um caso muito complexo e revoltante, carregado de detalhes e reviravoltas, e esta é a primeira parte de uma trilogia de documentários que acompanhou todo o caso de 1993 até seu desfecho em 2011. Aliás, a terceira parte do documentário chamada "Paradise Lost 3: Purgatory", foi indicada ao Oscar de Melhor Documentário em 2012. Não consigo mais ouvir a música "Welcome Home (Sanitarium)" do Metallica sem lembrar deste doc, nos primeiros segundos de música já me vem à mente aquelas imagens horríveis do início do doc e todo um sentimento amargo vem à tona.
Rede de Ódio
3.7 363 Assista AgoraInspirado em acontecimentos reais, Rede de Ódio é um filme polonês que conta a história de uma empresa de relações públicas que contrata um rapaz de ideologias extremistas para destruir a reputação de um político liberal através de fake news, incitação ao ódio e manipulação dos algoritmos das redes sociais. Em tempos de tanta ignorância política e desconfianças generalizadas é impossível não traçar paralelos com as realidades políticas e sociais caóticas que o Brasil vem passando, é como um reflexo no espelho de nossa nação. No filme é retratado como uma semente plantada de forma mal intencionada na Internet pode germinar e criar raízes na vida real, funciona como uma corrente que cria alianças com pessoas de índoles duvidosas que acreditam em ideologias conservadoras, na eugenia, no poder da violência contra um inimigo imaginário, na retomada dos "bons valores e costumes", na censura, na privação da liberdade e da expressividade de outrem, enfim, diversas questões incutidas na psiquê dos mais suscetíveis à manipulação, podendo se tornar uma verdadeira ameaça aos diretos humanos. Este é um filme cáustico e angustiante que não passa a mão na cabeça do público ao ser o mais fiel e próximo da realidade possível, reflexões e debates sobre a essência de Rede de Ódio não faltarão.
O Dilema das Redes
4.0 594 Assista AgoraO mais novo documentário da Netflix traz um tema para debate que tem sido cada vez mais recorrente e necessário: os malefícios crescentes e as consequências diretas e indiretas que as redes e mídias sociais têm causado na psiquê das pessoas a nível global. Já adianto que, apesar de ser um tema quase batido, as questões levantadas aqui trazem um novo olhar a respeito, mais cáustico e urgente. O doc aborda a questão da manipulação digital através dos algoritmos em proporções de curto, médio e longo alcance, retrata como essa manipulação afeta negativamente as pessoas dentro do âmbito social, afetivo e emocional, a forma como isso está relacionado ao aumento dos casos de depressão, o vício inegável por atenção, status e uma fama ilusória, a dinâmica dos algoritmos que trabalham pra tentar manter as pessoas o maior tempo possível em frente à tela, e por fim, a cereja do bolo, como nasceu a guerra da desinformação e como isso está tendo consequências desastrosas dentro da política com a propagação de fake news, desconfiança generalizada, anúncios capciosos e uma extrema polarização onde ninguém mais escuta ninguém. Aproveitando o gancho, se "The Social Dilemma" mostra como os algoritmos funcionam, o filme "Rede de Ódio" mostra como uma pessoa que entende o funcionamento deles trabalha pra destruir uma reputação pública e política através das mídias, portanto, fica mais essa indicação, são dois títulos que se complementam. No mais, excelente documentário, escancara uma realidade sorrateira, invisível e assustadora.
Princesa Mononoke
4.4 944 Assista AgoraRecentemente "Princesa Mononoke" completou 23 anos de existência e ainda fico atônito em relação ao quão absurda e colossal esta obra é. Fundamentado em discussões socioambientais, este é um filme que reproduz como poucos a didática da conscientização ecológica, a luta de classes, a figura feminina em posição de poder, as camadas da guerra, o simbolismo da fé, a dualidade entre "bem e mal", é um filme que contempla o belo, que promove reflexões profundas sobre o único e o coletivo, sobre consequências inimagináveis, sobre a existência do homem como parte atuante de um ecossistema que sangra e respira. O trabalho estético do Hayao Miyazaki, a manipulação das cores, o desenvolvimento de personagens, a crianção de mundo e a trilha sonora extraordinária do Joe Hisaishi, são apenas peças que corroboram a majestade desta que é, indiscutivelmente, uma das maiores obras-primas do cinema. Necessário e atemporal.
Vidas em Jogo
3.8 727 Assista AgoraO bilhete deixado por Rey Rivera antes de morrer inexplicavelmente me trouxe até aqui. Quem assistiu Unsolved Mysteries vai saber do que estou falando.
Cuidado Com Quem Chama
3.4 631Este primo de filmes como Unfriended e Atividade Paranormal chega a ser até um pouco acima da média de filmes semelhantes que abordam a tecnofobia desta forma, com câmeras móveis, webcams e celulares. É eficiente, direto, atual, sem muitos rodeios, o elenco é competente, mas ainda senti falta de um pouco mais de aproximação, poderia ter pelo menos uns 25 minutos de duração a mais. Fora isso, boas sequências de terror, principalmente a cena da “máscara flutuante”.
Closer: Perto Demais
3.9 3,3K Assista AgoraUma coisa que aprendi com Closer: a porra do Jude Law é doce.
21 Gramas
4.0 888 Assista AgoraO filme traz à tona a história de pessoas que trafegam nas mais tortuosas curvas da vida, suas junções, seus cruzamentos, o acaso, o obstáculo, o trauma, a dor da perda de um ente querido, da perda de um relacionamento, da perda da fé e a montagem não-linear só tem a contribuir no "efeito fragmentos da vida". Sean Penn e Benicio del Toro estão incríveis como dois homens derrotados e reféns de seus próprios traumas e dores, mas o grande destaque vai para a Naomi Watts, que encara de corpo, alma, unhas e dentes uma mulher que enfrenta o pior flagelo que uma mãe e uma mulher podem sentir. 21 Gramas é cruel, doloroso, visceral, retrata uma realidade que machuca e castiga; as últimas linhas de diálogo do filme ficarão comigo por muito tempo.
O Tempo com Você
3.9 141 Assista AgoraEstive aguardando este filme por um ano e finalmente tive a oportunidade de prestigiá-lo, e felizmente a espera valeu muito a pena. Que filme mais lindo! Meu preferido do Makoto Shinkai até o momento, que está se provando ser um grande diretor. Temos aqui um filme cheio de vida, que transpira, que aquece, que arrefece, que brinca com os sentidos, é de um requinte estético tão palpável que acompanhá-lo chega a ser uma experiência sensorial. O roteiro recicla alguns componentes de filmes anteriores do diretor (como a jornada de um amor fisicamente impossível entre dois adolescentes), mas o desenvolvimento, os simbolismos, o primor visual, a trilha sonora, as canções, as sutilezas, o trabalho de voz e som, fazem de "O Tempo Com Você" uma grande obra sobre amadurecimento, amor, perseverança e o vínculo indissociável entre homem e natureza.
Bully: Juventude Violenta
3.4 102Mais um filme na conta do Larry Clark, desta vez ele traz uma história real sobre um grupo de adolescentes problemáticos que após algumas circunstâncias decidem realizar justiça com as próprias mãos. O filme é bastante incômodo de assistir, não só por conta do teor de violência física e psicológica, mas também pelo desenvolvimento exageradamente fútil e enfadonho de alguns personagens (culpa da interpretação de uma parte do elenco, talvez), mas fato é que Bully retrata uma juventude perdida e traz às últimas consequências o pior que pode haver num adolescente, não se privando de ser o mais cru e frio possível. O Brad Renfro (inesquecível em O Cliente e A Cura), aqui com seus 18 anos encara um personagem complexo com maturidade e já demonstrava sinais de que teria um carreira sólida de ator no futuro, pena ter ido embora tão cedo e em circunstâncias tão semelhantes às de seu personagem em Bully.
Milagre na Cela 7
4.1 1,2K Assista AgoraDe imediato já senti na narrativa uma mistura bem mequetrefe de A Espera de um Milagre (1999) com Um Sonho de Liberdade (1994), é praticamente a mesma história, concebida nos mesmos moldes. O diretor não permite que as conexões humanas respirem e aconteçam naturalmente, extrapola em dramaticidade, em cenas slow motion, em trilha sonora melodramática, em recursos forçados que estão ali com um único propósito: arrancar lágrimas; nota-se uma grande falta de tato, percepção e sensibilidade no trabalho de direção. O protagonista é bom, entrega um trabalho de interpretação competente para seu personagem, em contrapartida, a atriz que interpreta a filha do protagonista é muito fraca, a personagem passa por diversas situações traumáticas e a atriz mirim não consegue entregar nada, nenhum sentimento genuíno, e era um papel que exigia isso. Ademais, os diálogos não ajudam, há furos no roteiro, um antagonista caricato, personagens mal desenvolvidos e é tudo muito previsível. Ou seja, Milagre na Cela 7 é um drama que apesar de nada original, apresenta uma boa premissa e há algumas coisas para se gostar no filme, mas não soube construir seu alicerce, é forçado, exagerado, pretensioso, exaustivo, falta substância, consistência e não entrega tudo que promete.
Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa
3.4 1,4KUm belo dia a diretora Cathy Yan acordou e disse: hoje eu vou dar tudo que os gays querem.
E assim nasceu Aves de Rapina, o filme.
Frozen II
3.6 785Por que ela termina sozinha no castelo de areia?... de gelo. Porque ela é lésbica. Nada é por um acaso. Acredite gente, eles estão armados, articulados. O cão é muito bem articulado e nós estamos alienados. Agora a princesa do Frozer vai voltar para acordar a Bela Adormecida com beijo gay
The Cave
3.9 48Pra quem perdeu The Cave na National Geographic Brasil, se liguem nos dias e horários das reprises:
- Terça (04/02) 03:20hs
- Quarta (05/02) 13:20hs
- Sexta (07/02) 21:45hs
- Sábado (08/02) 23:10hs
- Domingo (09/02) 18:00hs
Judy: Muito Além do Arco-Íris
3.4 356O filme pode até ser problemático, contar com vários clichês e vários maneirismos de uma cinebiografia feita nos moldes e padrões para agradar aos votantes das premiações, mas verdade seja dita, é um filme que funciona muito bem como homenagem à imagem e carreira da grande Judy Garland, acerta em alguns quesitos técnicos como um belo design de produção e figurinos vistosos e consagra de uma vez por todas o retorno aos holofotes da excelente Renée Zellweger, que mais uma vez prova o quanto pode ser uma atriz versátil, determinada e apaixonada. Eu como fã do trabalho dela fiquei muito satisfeito e torço por ela no Oscar 2020 de Melhor Atriz.