Últimas opiniões enviadas
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Esse é um daqueles filmes cheios de nuances que, em geral, não satisfaz o gosto dos mais apressados ou dos que entendem o cinema apenas como entretenimento banal.
As nuances deste filme nos fazem pensar, elevando o nosso grau de abstração num esforço de entendimento de nós mesmos, nossos medos, angústias, aflições e segredos, que em certos momentos tanto nos atormentam.
A construção do filme mostra esse drama. Presos em um mundo paralelo, de lá só sairiam quando enfrentassem os seus próprio demônios. Isto é o que dá a entender o que parece ser um Jinn (figura da mitologia islâmica) que os interpela na entrada do hotel.
No mais, as consequências de se ignorar o que nos aflige pode nos levar a uma espiral de autoenganação que, no fim, nos manterá presos neste mundo paralelo, ou seja, nós mesmos. Para sempre.
Últimos recados
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Uma coisa que aprendi, analisando os filmes que vejo, é que não é porque o filme é diferente que ele é bom. Essa máxima se enquadra perfeitamente neste filme.
A proposta do filme, de ser quase uma espécie de ensaio filosófico profundo sobre a natureza das coisas, falhou. No lugar de tal ambição, é entregue, ao espectador, 106 minutos de um filme enfadonho, onde não há conflito, não há suspense, não há romance e não há história.
Os diálogos, entrecortados por andanças e mais andanças por um vilarejo italiano, não levam a lugar nenhum no drama e bem que poderiam ser reduzidos a monólogos encerrados em um quarto, o que economizaria no valor das locações, no salário dos atores e nos custos com a equipe técnica.