Mais um filme de John Carney. Mais um filme sobre música. Mas tá pra nascer alguém que misture tão bem cinema e música como ele. Sing Street: Música e Sonho é até parecido com os dois ótimos filmes anteriores dele (Apenas Uma Vez e Mesmo Se Nada Der Certo), já que mostra personagens tentando realizar seus sonhos através da música, enquanto acompanhamos o desenrolar de um amor "complicado". Por ser levemente baseado nas memórias de infância do diretor, acho que aqui encontramos algumas da explicações pro seu modo de fazer cinema. Numa parte específica do filme, Conor (ou Cosmo) aprende que o amor é essa coisa "feliz-triste", uma sensação comum a esta última trinca de filmes de Carney. Quem já viu os dois filmes anteriores sabe que seus finais felizes também deixam um gosto amargo na boca. Mas todo o amargor dos filmes de Carney é dissipado pela aura musical que emana das suas obras, neste último filme homenageando tudo que foi a década de 80, com Duran Duran,The Cure e tudo o mais que você achar que era necessário para ser educado nos anos 80, como diria o personagem Brendan. E, claro, o filme é um espetáculo a parte no momento em que vemos o processo de composição da banda Sing Street, gerando lindos momentos de catarse musical (e espetacular captação de áudio, diga-se passagem). Agora para de ler isso e vai correndo ver e escutar este filme, que tá atualmente na Netflix. Pra terminar 2016 com um sorriso no rosto.
Legal todas as referências aos quadrinhos em X-Men: Apocalipse e, especialmente, à década de 80. Mas foi difícil aguentar a história. Pra mim o pior momento do Bryan Singer com os Homens X.
Poucos filmes se enquadram na categoria de OBRIGATÓRIOS para formação de uma pessoa como... UMA PESSOA. O Começo da Vida da vida é um deles. Sério, assistam. Especialmente futuros pais e pais recentes.
A música digital matou a música como um todo? A facilidade de gravar um CD em casa aparado por um arsenal de tecnologia possibilitou um aumento no número de bandas, mas isso não acaba tornando os músicos mais limitados? O que era para ser um documentário sobre a importância de uma mesa de som para a carreira do músico Dave Grohl, líder do Foo Fighters, acabou se transformando numa nostálgica sessão sobre um dos estúdios mais importantes da música no mundo, o Sound City, que abrigou gravações de discos do Nirvana, Tom Petty, Neil Young, Rage Against the Machine e Johnny Cash. E apesar de todo o conteúdo que eu escrevi aí em cima, o melhor do filme Sound City é a vontade que ele te deixa de sair correndo e encontrar com seus parceiros de banda e começar a fazer música. Por sinal, tem ensaio agora às 18h. Tchau.
Quando um dos melhores documentaristas da atualidade resolve explorar o mais conhecido evento de entretenimento do mundo, o dia a dia de pessoas que dedicam quase todos os dias da sua vida numa preparação para a San Diego Comic Con é revelado. Em Comic-Con Episode IV: A Fan's Hope (que não é o quarto filme de uma saga, caso você não tenha pegado a referência nerd no título), Morgan Spurlock (Super Size Me: A dieta do palhaço) discute a geração Y e nossa relação com todo o mundo do entretenimento. A cosplayer que sonha em ser figurinista de cinema, os dois aspirantes a desenhistas de quadrinhos e o dono de comic shop que luta para sobreviver num mercado em transformação são apenas alguns dos personagens dissecados no documentário, que tem ainda depoimentos de grandes nomes do mercado de quadrinhos e do cinema, como Stan Lee (incrivelmente sensível e são), Kevin Smith (roubando a cena no documentário) e Joss Whedon (extravasando sua paixão pelos quadrinhos). E o que há de melhor e de pior (sim, por que às vezes somos meio bobos mesmo) em ser um nerd/geek/otaku/gamer aparecem em superclose nas lentes do diretor. Um registro importante para quem organiza e/ou participa desse tipo de convenção. Uma declaração de amor ao mundo pop.
Estão lá a computação gráfica e o nome de John Lasseter como produtor, mas Detona Ralph não é um filme da Pixar. Executado pela Disney (que é, por sinal, a atual detentora da Pixar), a animação prometia ser uma grande homenagem ao mundo dos games desde seu primeiro trailer. E a promessa fui cumprida. Em meio a um mundaréu de referências gamer (que vão de Donkey Kong a Call of Duty), o filme segue a cartilha Disney e apresenta seus protagonistas deslocados buscando encontrar seu lugar no mundo (a personagem Vanellope parece ainda mais "quebrada" que o personagem principal e sua dificuldade em se encaixar levanta reflexões bem interessantes). Uma história divertida e com boas reviravoltas, mas que pode incomodar aqueles não tão habituados aos vídeo-games (afinal algumas piadas dependem inteiramente de você saber quem é o Zangief ou o Kano). De qualquer forma, um filme que merece ser apreciado. Mesmo não sendo da Pixar.
Pode-se analisar As Aventuras de Pi de dois prismas: visualmente o filme é um deslumbre. Uma experiência ainda melhor em 3D. Já como história, o filme vai muito bem até o desfecho, quando a mensagem final parece um pouco forçada. De qualquer forma, vale demais conhecer.
Gosto muita dessa direção que deram para os filmes do espião James Bond. Como os outros dois últimos filmes da franquia, 007 - Operação Skyfall deixa de lado a pirotecnia para se valorizar como uma obra cinematográfica. Numa comparação, essa trilogia com Daniel Craig está para a quadrilogia anterior com Pierce Brosnan assim como o Batman de Christopher Nolan está para o de Joel Schumacher. É um sinal dos tempos vermos histórias cada vez mais sombrias? O espião precisava dessa modernização? Talvez. O próprio filme dialoga com essa ideia, quando se pergunta se o agente inglês não seria antiquado para esse novos tempos, onde as guerras acontecem dentro de telas de computadores. Não considero Skyfall o melhor filme do 007 já feito como alguns disseram (Cassino Royale segue imbatível para mim), mas nas mãos do diretor Sam Mendes, Bond envelhece muito bem, com direito a Aston Martin DBS clássico.
Eu sou um grande fã de westerns. Por isso eu nem sei por onde começar a falar de Django Livre... Primeiro tenho que dizer que é o filme mais forte e mais corajoso do diretor Quentin Tarantino. Falar sobre a época da escravidão é difícil. E um cara como o Tarantino não sabe ser suave. Mas tudo funciona aqui, chamando atenção o roteiro que insiste em não acabar e os diálogos pontudos e cortantes. Pontudos e cortantes, sim, por que "afiados" pode lhe soar clichê e Tarantino faz do clichê algo novo.
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A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraQue filme maravilhoso.
Sing Street - Música e Sonho
4.1 714 Assista AgoraMais um filme de John Carney. Mais um filme sobre música. Mas tá pra nascer alguém que misture tão bem cinema e música como ele. Sing Street: Música e Sonho é até parecido com os dois ótimos filmes anteriores dele (Apenas Uma Vez e Mesmo Se Nada Der Certo), já que mostra personagens tentando realizar seus sonhos através da música, enquanto acompanhamos o desenrolar de um amor "complicado". Por ser levemente baseado nas memórias de infância do diretor, acho que aqui encontramos algumas da explicações pro seu modo de fazer cinema. Numa parte específica do filme, Conor (ou Cosmo) aprende que o amor é essa coisa "feliz-triste", uma sensação comum a esta última trinca de filmes de Carney. Quem já viu os dois filmes anteriores sabe que seus finais felizes também deixam um gosto amargo na boca. Mas todo o amargor dos filmes de Carney é dissipado pela aura musical que emana das suas obras, neste último filme homenageando tudo que foi a década de 80, com Duran Duran,The Cure e tudo o mais que você achar que era necessário para ser educado nos anos 80, como diria o personagem Brendan. E, claro, o filme é um espetáculo a parte no momento em que vemos o processo de composição da banda Sing Street, gerando lindos momentos de catarse musical (e espetacular captação de áudio, diga-se passagem). Agora para de ler isso e vai correndo ver e escutar este filme, que tá atualmente na Netflix. Pra terminar 2016 com um sorriso no rosto.
X-Men: Apocalipse
3.5 2,1K Assista AgoraLegal todas as referências aos quadrinhos em X-Men: Apocalipse e, especialmente, à década de 80. Mas foi difícil aguentar a história. Pra mim o pior momento do Bryan Singer com os Homens X.
O Começo da Vida
4.3 84 Assista AgoraPoucos filmes se enquadram na categoria de OBRIGATÓRIOS para formação de uma pessoa como... UMA PESSOA. O Começo da Vida da vida é um deles. Sério, assistam. Especialmente futuros pais e pais recentes.
Sound City
4.4 91A música digital matou a música como um todo? A facilidade de gravar um CD em casa aparado por um arsenal de tecnologia possibilitou um aumento no número de bandas, mas isso não acaba tornando os músicos mais limitados? O que era para ser um documentário sobre a importância de uma mesa de som para a carreira do músico Dave Grohl, líder do Foo Fighters, acabou se transformando numa nostálgica sessão sobre um dos estúdios mais importantes da música no mundo, o Sound City, que abrigou gravações de discos do Nirvana, Tom Petty, Neil Young, Rage Against the Machine e Johnny Cash. E apesar de todo o conteúdo que eu escrevi aí em cima, o melhor do filme Sound City é a vontade que ele te deixa de sair correndo e encontrar com seus parceiros de banda e começar a fazer música. Por sinal, tem ensaio agora às 18h. Tchau.
Comic-con Episódio IV: Esperança dos Fãs
4.1 22Quando um dos melhores documentaristas da atualidade resolve explorar o mais conhecido evento de entretenimento do mundo, o dia a dia de pessoas que dedicam quase todos os dias da sua vida numa preparação para a San Diego Comic Con é revelado. Em Comic-Con Episode IV: A Fan's Hope (que não é o quarto filme de uma saga, caso você não tenha pegado a referência nerd no título), Morgan Spurlock (Super Size Me: A dieta do palhaço) discute a geração Y e nossa relação com todo o mundo do entretenimento. A cosplayer que sonha em ser figurinista de cinema, os dois aspirantes a desenhistas de quadrinhos e o dono de comic shop que luta para sobreviver num mercado em transformação são apenas alguns dos personagens dissecados no documentário, que tem ainda depoimentos de grandes nomes do mercado de quadrinhos e do cinema, como Stan Lee (incrivelmente sensível e são), Kevin Smith (roubando a cena no documentário) e Joss Whedon (extravasando sua paixão pelos quadrinhos). E o que há de melhor e de pior (sim, por que às vezes somos meio bobos mesmo) em ser um nerd/geek/otaku/gamer aparecem em superclose nas lentes do diretor. Um registro importante para quem organiza e/ou participa desse tipo de convenção. Uma declaração de amor ao mundo pop.
Detona Ralph
3.9 2,6K Assista AgoraEstão lá a computação gráfica e o nome de John Lasseter como produtor, mas Detona Ralph não é um filme da Pixar. Executado pela Disney (que é, por sinal, a atual detentora da Pixar), a animação prometia ser uma grande homenagem ao mundo dos games desde seu primeiro trailer. E a promessa fui cumprida. Em meio a um mundaréu de referências gamer (que vão de Donkey Kong a Call of Duty), o filme segue a cartilha Disney e apresenta seus protagonistas deslocados buscando encontrar seu lugar no mundo (a personagem Vanellope parece ainda mais "quebrada" que o personagem principal e sua dificuldade em se encaixar levanta reflexões bem interessantes). Uma história divertida e com boas reviravoltas, mas que pode incomodar aqueles não tão habituados aos vídeo-games (afinal algumas piadas dependem inteiramente de você saber quem é o Zangief ou o Kano). De qualquer forma, um filme que merece ser apreciado. Mesmo não sendo da Pixar.
As Aventuras de Pi
3.9 4,4KPode-se analisar As Aventuras de Pi de dois prismas: visualmente o filme é um deslumbre. Uma experiência ainda melhor em 3D. Já como história, o filme vai muito bem até o desfecho, quando a mensagem final parece um pouco forçada. De qualquer forma, vale demais conhecer.
007: Operação Skyfall
3.9 2,5K Assista AgoraGosto muita dessa direção que deram para os filmes do espião James Bond. Como os outros dois últimos filmes da franquia, 007 - Operação Skyfall deixa de lado a pirotecnia para se valorizar como uma obra cinematográfica. Numa comparação, essa trilogia com Daniel Craig está para a quadrilogia anterior com Pierce Brosnan assim como o Batman de Christopher Nolan está para o de Joel Schumacher. É um sinal dos tempos vermos histórias cada vez mais sombrias? O espião precisava dessa modernização? Talvez. O próprio filme dialoga com essa ideia, quando se pergunta se o agente inglês não seria antiquado para esse novos tempos, onde as guerras acontecem dentro de telas de computadores. Não considero Skyfall o melhor filme do 007 já feito como alguns disseram (Cassino Royale segue imbatível para mim), mas nas mãos do diretor Sam Mendes, Bond envelhece muito bem, com direito a Aston Martin DBS clássico.
Django Livre
4.4 5,8K Assista AgoraEu sou um grande fã de westerns. Por isso eu nem sei por onde começar a falar de Django Livre... Primeiro tenho que dizer que é o filme mais forte e mais corajoso do diretor Quentin Tarantino. Falar sobre a época da escravidão é difícil. E um cara como o Tarantino não sabe ser suave. Mas tudo funciona aqui, chamando atenção o roteiro que insiste em não acabar e os diálogos pontudos e cortantes. Pontudos e cortantes, sim, por que "afiados" pode lhe soar clichê e Tarantino faz do clichê algo novo.