Na multidão apressada das megalópoles vemos surgir um indivíduo que se destaca, conseguindo interpretar os signos da cidade como ninguém, desvendando seus segredos e aprendendo com eles. Perde-se na cidade para conhecê-la profundamente. É o melhor jeito. Percorre suas vias misteriosas em um processo dialógico de mútuo aprendizado.
O Flâneur, termo criado por Baudelaire, é o sujeito que anda pelas ruas calmamente, somente pelo prazer de contemplar a cidade com o olhar que ela merece, absorvendo todas as informações que ela pode oferecer. É o olhar sensível e desbravador. É percorrer o mesmo caminho todos dias como se fosse a primeira vez.
Hoje podemos ver uma evolução desse conceito, em que o caminhante não se contenta em somente observar, mas também quer fazer parte do todo. Alterando a realidade ao seu redor, o novo flâneur, pinta, cola, usa e desfruta do ambiente, estreitando os seus laços com a urbe e se tornando um só.
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ENTREVISTADOS
Marina Zumi (grafiteira): http://www.flickr.com/photos/_zumi_/ | http://www.facebook.com/pages/A7MA/368088676571188
Zico Correia (praticante de parkour): http://zicopk.blogspot.com.br/p/videos.html
Rodrigo Chã (artista de rua): http://www.flickr.com/photos/_cha_/
Choque (fotógrafo): http://www.flickr.com/photos/choquephotos/page1/