A obra poética de Ewa Partum consistia em espalhar letras isoladas do alfabeto em um espaço não artístico: seja a céu aberto, no mar ou em uma passagem subterrânea. Este gesto levou à desconstrução de uma linguagem a partir da qual estruturas gramaticais, sintáticas e semânticas foram utilizadas para determinar determinados padrões de uma afirmação artística. Seus poemas foram moldados pela coincidência, o que tornou sua linguagem mais aberta e orientada para o processo. O confronto com os elementos associados à feminilidade (água, vento) permitiu enfrentar os padrões patriarcais enraizados na linguagem.