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Agosto

1988
Média geral 3.0
baseado em 3 votos

Ficha técnica completa


Título Agosto (Original)
Ano produção 1988
Dirigido por
Estreia
1988 ( Mundial )
Outras datas
Duração 98 minutos
Classificação
Gênero
Países de Origem

Sinopse

rofessor de violino no Conservatório do Porto vai passar as férias de Agosto na praia da Arrábida, com um casal de amigos. Longe da guerra colonial, tudo parece esquecido no tempo. Resta apenas o aproveitar da beleza, o envolvimento dos afetos, o benefício da solidão. [fonte:MkO]
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AGOSTO é o oposto das chamadas fitas de Verão, como as paixões que lá se contam estão nos antípodas dos amores de praia.
No ramo subtil e luminoso de Rohmer, nasceu um fruto pesado e escuro de Antonioni - contudo, é manifesto que este trabalho não vive da receita mas da intuição do autor que nas imagens se traduz pela procura do vibrátil como substituto do latente.
A excelente fotografia de Acácio de Almeida dá textura a esta aposta. Ela é quase mimética da ofuscação de Carlos, voyeur hipersensível que se deixa encadear pelas projecções da sua própria solidão. Na base do triângulo passional, a relação de Dario e Alda, tão vulgar que o torpor pode parecer um poço de mistério.
Se há pecado a censurar a Jorge Silva Melo, será talvez o excesso de requinte com que sacrifica a caótica expressão da vitalidade das suas personagens - todas elas «jovens» - em favor da cruel ambiguidade dos afectos - embora as margens do enredo se tinjam com as cores fortes do sangue, do sexo e da loucura e, para além dessas, se erga o cerco fantasmático de um fascismo e de uma guerra.
A tensão e a tristeza na maneira de abordar a amizade masculina - trata-se de um abeiramento porque a mulher funciona como amortecedor da tal queda em si que Camus descreveu - faz deste filme um caso raro de contenção e despudor. E, como quem não quer a coisa, Silva MeIo coloca-nos nos braços a questão de uma força anímica e inconsciente poder reger melhor a vida do que o diabo a pinta. Na balança, que é aqui o signo solar, pesa-se o estéril e o fértil.
É injusto escrever um artigo sobre uma cópia vídeo, visionada em Tróia num gabinete envidraçado quase no pino do Verão (!!!), mas mais injusto é o público estar privado da estreia deste filme feito com talento e ternura.[Regina Guimarães (Grande Ilusão n.º 10)]

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