Título | Aquilo que Você Não Sabia que Podia Fazer com Aquilo que Conhecia (Original) |
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Ano produção | 2012 |
Dirigido por | |
Estreia |
16 de Abril de 2012
(
Brasil
)
Outras datas |
Duração | 4 minutos |
Classificação | L - Livre para todos os públicos |
Gênero | |
Países de Origem |
“Pode algo ser belo para qualquer outro propósito a não ser aquele para o qual é belo que seja usado?” - Sócrates
Cerca de 400 anos antes da era cristã, Sócrates questionava a ideia de funcionalidade. Surgindo em meio a bagunça do mundo industrial, o design trás ainda hoje debates de como se deve projetar. Com o intuito de reconfigurar o mundo, trazendo conforto, inevitavelmente surge o fitness for purpouse , a adequação dos objetos ao seu propósito. A seguir podemos observar toda a história do design até chegarmos aos dias de hoje, onde ainda na faculdade sempre esbarramos com a imponente frase: A forma segue a função.
“Aquilo que você não sabia que podia fazer com o que conhecia” foi pensado para satirizar a visão de que a forma e função, melhor dizendo, funcionalidade, seja a principal preocupação do designer, sendo a forma moldada para única e exclusivamente uma função.
Um objeto simples, do cotidiano, como um clipes de papel, pode ter uma função fixa, conhecida por todos: agrupar papéis. Impossível seria achar um indivíduo que jamais o tenha utilizado para outro propósito. Fazer correntes, tentar abrir portas, colocar na orelha, prender o cabelo, desentupir cola, tirar o chip do celular, são exemplos comuns de outros usos do clipes de papel.
Sendo um objeto simples, minimalista, o clipes pede por um video que siga essa linha. A filmagem e narração foram inspiradas em videos instrucionais americanos da segunda guerra mundial, que ensinam e instigam aos seus patriotas a fazerem coisas ‘simples’ no dia-a-dia para que possam contribuir para um bem maior. Esse ar sério e antigo foi incorporado ao infográfico, que tem ainda um teor irônico que critíca a sociedade desatenta.
A ideia de uma coisa complexa, como a relação entre função e forma, se transformando em várias coisas simples nos remete ao metadesign. Utilizando desse método de facilitar a compreensão do mundo, no caso, do objeto projetado, é estimulada no curta-metragem a criatividade do expectador, convidando-o indiretamente a observar que objetos tem inúmeras funções, diretas ou não, quebrando o paradigma forma-função.