No Armazém da Renda, uma voz grave se destaca entre as batidas suaves dos bilros. É Dinho, homem que, ainda rapaz pequeno, nos anos 1960, desafiou regras daquela vila de pescadores na ponta mais ao sul da ilha. Os meninos iam para alto-mar e herdavam dos pais a lida com a pesca. Dinho, escondido, aprendia a rendar a tramoia com a prima Nezinha. Aprendeu cedo a força do preconceito contra sua orientação sexual. Rodou mundo. Foi muitas coisas. É superlativo. Hoje, o centro de seu mundo é a renda de bilro. Ele é o Dinho Rendeiro e conta sua história extraordinária direto do Pântano do Sul.