Aos 58 anos, Martim recorda a sua estadia de um ano e meio na União Soviética em 1979. Tinha 15 anos e era “inocente”. Os pais, militantes do Partido Comunista, achavam que ele ia para um lugar seguro - uma sociedade que cumpria com todos os seus ideais. Martim viajou para Moscou, atravessou de comboio o delta do Volga até Astrakan numa viagem iniciática. Apaixonou-se várias vezes, largou os estudos, tornou-se clandestino. O ideal comunista incutido pelos pais também se perdeu pelo caminho. Quarenta anos depois, Martim decide, neste filme, contar pela primeira vez esta história ao seu filho, uma história que foi sempre um tabu de família.