Paula é uma mãe solteira que vive com a filha única, Mónica, de 13 anos que mantêm uma relação muito próxima e cúmplice. Sem o apoio do pai de Mónica, que desapareceu quando a filha nasceu, Paula dedicou a sua vida a Mónica. Todos os seus esforços foram feitos para que a filha tivesse todo o conforto merecido e mãe e filha são felizes.
Mónica é uma miúda tranquila. Está apaixonada pela primeira vez por Bruno, um colega de turma e Paula está a par de tudo, pois é a confidente e a melhor amiga da filha.
Um dia, Mónica é atacada por um homem que a tenta violar. Desesperada, Mónica luta com todas as suas forças e consegue evitar que o acto seja consumado.
Em casa, Mónica conta à mãe o que se passou. Paula fica destroçada e pretende apresentar queixa à polícia, mas a filha fá-la jurar que nada fará. Paula não sabe como reagir, mas acaba por aceitar as condições da filha. Minutos depois, uma denúncia anónima é feita à polícia a relatar o caso e rapidamente, a notícia espalha-se pelo bairro. Mónica é apontada na rua e na escola e Bruno mal lhe fala. Consequentemente, Mónica começa a culpar-se pelo sucedido e entra em profunda crise: deixa de comer, destrói o quarto, não fala com a mãe, recusa-se a ir às aulas, entra num comportamento auto destrutivo que apavora Paula. Mortificada, Mónica revolta-se contra a mãe, dizendo que ela não tinha o direito de fazer o que fez. As duas zangam-se. Desesperada, Paula decide começar a fazer vigílias na escola, na tentativa de proteger Mónica mas esta encontra-se à beira do suicídio e só Paula tem a capacidade de a impedir.