O curta-metragem, em branco e preto, tem como tema o “espaço”, seja como categoria abstrata, seja como âmbito e “cena” das relações humanas. Os personagens que operativamente executam tal ideia são dois pintores (Mario Shifano e Luca Patella) e a crise de suas tradicionais atividades de redução do espaço nos termos formais da pintura, a qual exalta a metáfora do mito do labirinto – aqui entendido como única função e única realidade de uma perfeição puramente mental, divina ou paranoica. Assim como o terceiro personagem (o mímico), eles também são, ao mesmo tempo, Minotauro prisioneiro e Teseu libertador, enquanto o cinema, a pintura ou o amor são o tênue fio de Ariadne.