Ella Bergmann-Michel foi uma artista abstrata, fotógrafa e documentarista alemã. Uma das primeiras alunas da arte construtivista na Alemanha, suas contribuições para a arte abstrata moderna são freqüentemente esquecidas na cultura artística americana. O estilo de Bergmann-Michel era muito especializado e único, especialmente considerando o tempo restrito em que ela estava trabalhando ativamente. A maior parte de seus trabalhos não tem título ou assinatura, o que dificulta sua identificação e localização no mercado de arte atual.

Bergmann-Michel começou a fazer arte desde cedo. Em 1915, ela experimentou uma técnica de colagem no estilo construtivista. Usando madeira, metal e qualquer outro material obscuro, Bergmann-Michel criaria colagens de aparência muito exata e científica. De 1917 a 1920, ela estudou na Weimar Hochschule für Bildenden Kunste com o pintor alemão Walther Klemm. Na década de 1920, Bergmann-Michel começou a expandir sua técnica ainda mais. Em uma época em que a arte abstrata era considerada uma forma de arte menor, Bergmann-Michel incorporou a poesia às peças abstratas; ela colava palavras com significado bem em cima da tela, bem como pintava palavras. Bergmann se tornou uma das primeiras artistas do movimento construtivista a incorporar a fotografia em sua obra, este foi um avanço muito importante da arte abstrata, que foi usado frequentemente por artistas mais contemporâneos como Andy Warhol.

Em 1919, Bergmann-Michel casou-se com Robert Michel. Seu trabalho foi incluído na Société Anonyme, uma coleção de obras de artistas Dada predominantemente europeus. Em 1920, Bergmann-Michel e seu marido mudaram-se para Vockenhausen, perto de Frankfurt, Alemanha. Enquanto em Frankfurt, ela decorou muitas das paredes minimalistas da escola Bauhaus. Bergmann-Michel continuou a fazer sua arte até a Segunda Guerra Mundial, quando foi forçada a parar, pois a pressão dos eventos políticos tornou a atividade artística perigosa para ela. Entre 1933 e 1945, Bergmann-Michel permaneceu intermitentemente em Londres. Sendo ele mesmo um pintor fracassado, Hitler abominava a arte abstrata de todos os tipos. Bergmann-Michel trabalhou na fazenda de sua família até o fim da guerra. Assim que a guerra terminou, Bergmann-Michel voltou à sua arte. Durante a década de 1950, ela deu palestras sobre o desenvolvimento da pintura moderna e filmes de vanguarda e na década de 1960 e continuou seu desenvolvimento da Prism Pictures. Nos últimos anos, ela continuou a fazer colagens de imagens e composições, nenhuma das quais com título.