A imigrante russa Emma Goldman por mais de três décadas provocou o mainstream americano com seus ataques sem rodeios ao governo, o grande capital e a guerra. A defesa apaixonada de Goldman por causas radicais, a tentativa de assassinato do industrial anti-sindical Henry Clay Frick por seu camarada Alexander Berkman e sua simpatia por Leon Czolgosz, o assassino do presidente McKinley, atraiu sobre ela o ódio das autoridades e do público em geral. Temida patrocinadora da anarquia e da revolução, foi difamada na imprensa como "Emma a vermelha", a "Rainha dos Anarquistas" e também como "a mulher mais perigosa da América". Escritora e oradora, ela lançou em 1906 a revista política e literária anarquista Mother Earth. Em sua vida, lutou pelo amor livre, pela liberdade de expressão e organização, para que as mulheres tivessem controle sobre seu corpo, contra os abusos do capital, do estado e o totalitarismo.