As histórias que cada povo conta, vêm de sua própria história como povo, de sua cultura. O povo quebecóis foi abandonado à sua própria sorte, no Canadá, enquanto Napoleão buscava invadir a Rússia. Seu esquecimento pela metrópole parisiense, à época, levou-o a trilhar seu próprio caminho, subjugado pela coroa inglesa. Ferrenhamente católico, uma forma de evitar seu desaparecimento frente ao invasor anglicano, e impossibilitado de usar palavrões, desenvolveu xingamentos próprios como: hostie (hóstia), batine (batina), câlisse (cálice), etc, usados com a entonação e na ocasião dos palavrões. Esimésac é uma típica história (ou estória, melhor dizendo) do povo quebecóis em todo seu esplendor de povo simples, que vive um mundo mágico, para superar a pobreza e o isolamento, na crise que antecede a Segunda Guerra Mundial. O filme se passa numa pequena aldeia da Mauricie. A Sra. Gélinas, vítima da falta de anticoncepcionais, manteve sua gravidez por 20 anos. Ao final, nasce o jovem Ésimésac, com aparência muito velha para sua idade e dotado de força extraordinária, que ele dedica à horta comunitária. Quando se inicia a construção de uma ferrovia, fazem acreditar na aldeia, que o trem poderia ter uma estação no lugar e todos começam a se imaginar ricos. A pequena Marie, irmã mais velha de Ésimésac resiste defendendo a horta, enquanto os outros a abandonam para fabricar trilhos para a ferrovia.