O Instituto Cubano del Arte e Industria Cinematográficos, formado no amanhecer da Revolução, foi ao mesmo tempo um órgão fundamental na consolidação do processo revolucionário – com todas as contradições que o atravessaram – e uma plataforma de criação responsável por sustentar uma das cinematografias mais exuberantes do continente. À frente do Noticiero ICAIC, Santiago Álvarez transformou o cinejornal e a propaganda em um incomparável campo de invenção formal e política. Hanói, martes 13 é provavelmente seu filme mais belo: um poema visual em homenagem à luta do povo vietnamita, um tratado definitivo sobre a potência do cinema militante em 38 minutos.