Wagner Sampaio finge estar pensando a sério no sofrimento inicial de um de seus protagonistas – deixando pulgas atrás de orelhas, e prevenções ligadas -, o que distancia um pouco a atenção. Mas quando dá a guinada na direção do que realmente pretendia, preenchendo a tela de visões falsamente violentas (excessivas, sagazes) e autopiadas sobre isso (proferidas pelo outro personagem), cumpre a missão almejada, e deixa de brinde um filme que tem seu valor: separadamente, pelos aspectos técnicos ou estéticos não chama a atenção; mas nesse todo pretendido após a “enganação”, o fazer graça dele vale a pena.
Fonte: www.cinequanon.art.br