"O Estado de exceção e a inimizade se converteram na base normativa do direito de matar. Nessas situações, o poder (que não é necessariamente um poder estatal) faz referência contínua e invoca a exceção, a urgência e uma versão ficcionalizada do inimigo. Trabalha também para produzir essa mesma exceção, urgência e inimigos ficcionais. Noutras palavras, qual é a relação entre o político e a morte nesses temas que não podem funcionar sem ser em estado de emergência?"
(Achille Mbembe, Necropolítica)