"Les Convoyeurs attendent" foi muitas vezes classificado como uma “fábula social contemporânea”. Os protagonistas passam pela vida sem pensar ou refletir, assim como o mundo em que se movem. Mas este cenário social é só para revelar a família, porque o filme é, sobretudo, sobre um pai - Roger (fotógrafo de um jornal local) - sobre o seu silêncio, seus medos, seu vazio. Não podemos deixar de ter empatia por ele, apesar de sua loucura, sua falta de julgamento e sua incapacidade de se comunicar.

No alvorecer do ano 2000, Roger decide que seu filho tem que entrar no “Livro dos Recordes” e ganhar um carro: para isso deve abrir e fechar uma porta mais de 40.000 vezes em 24 horas.

"Les Convoyeurs attendent" descreve o absurdo da situação da infância e da adolescência sob o controle de um mundo adulto, muitas vezes desajeitado e cruel. Um filme que faz rir, mesmo que o riso às vezes seja amargo.