Sob a forma de um ensaio sobre a "arte negra", Marker e Resnais produzem uma crítica do sistema colonial francês e do colonialismo ocidental em geral. O filme entrelaça uma narração em off in- formativa, irônica e reflexiva com imagens da arte africana exposta em museus europeus, imagens de arquivo feitas na África, entre outras. A construção de uma compreensão dos objetos da "arte negra" nos diversos contextos sociais, culturais e históri- cos pelos quais circulam leva a uma interrogação mais geral das relações entre o Ocidente e a África, assim como entre brancos e negros.