Genio Indomavel: O que acrescenta à carreira? A discussão gira em torno do papel da inteligência emocional para o sucesso. “O filme mostra que essa competência é mais aprendida do que inata, isto é, pessoas nascidas e criadas em famílias problemáticas têm mais probabilidade de apresentar baixa inteligência emocional”, explica Oliveira. “Também se explora a dificuldade de lidar com um gênio ou indivíduo superdotado, cujo modo de pensar e interagir pode fugir completamente do convencional”.
Forrest: O que acrescenta à carreira? De acordo com o consultor Pedro Grawunder, o filme é interessante por mostrar uma história de sucesso que não tem nada a ver com inteligência ou ambição. Forrest consegue se tornar uma estrela milionária graças à sua lealdade aos amigos, à perseverança em situações duras e sua capacidade de ser grato pelo que tem. Não que isso signifique que você deva abandonar as suas ambições profissionais: o que Forrest ensina é o valor de conhecer as emoções das pessoas ao seu redor, e atender às necessidades mais humanas de chefes, clientes e colegas. “Ser humilde e se sacrificar pelos outros pode tornar você muito mais influente do que o uso da inteligência pura”, diz Pedro.
Sushi: O que acrescenta à carreira? Além de ser um banquete para os olhos dos amantes da culinária japonesa, o filme aborda temas como vocação e envolvimento emocional com o trabalho. “Embora não seja o único ingrediente para o sucesso, a paixão é algo muito positivo, porque impulsiona, renova os limites”, diz Ana Cristina Limongi-França, professora da FEA-USP. No entanto, é importante cuidar para que ela não se transforme em obsessão: se for assim, você pode perder o senso de realidade e comprometer seriamente as suas relações com colegas, chefes e familiares.
Poetas Mortos: O que acrescenta à carreira? Se você quer mudar algo na sua empresa, prepare-se: a tarefa não será fácil. “É tão difícil confrontar o establishment e a cultura reinante, que o mais provável é que as coisas permaneçam como estão”, diz o consultor Marco Oliveira. De acordo com ele, além dessa dura dose de realismo, o filme também traz uma defesa do aprendizado ativo e participativo. A melhor forma de adquirir uma nova competência é por meio da discussão e da reflexão - e não decorando ou repetindo teses e teorias, por melhores que elas sejam.
Wall Street: O que acrescenta à carreira? O filme mostra sem rodeios a falta de escrúpulos de muitos agentes do mercado financeiro, interessados exclusivamente em seus próprios bolsos. “É o tratamento do dinheiro como riqueza a ser acumulada, e não como capital a ser posto a serviço do bem da sociedade”, explica Oliveira. O retrato dos efeitos da ganância desenfreada merece a atenção não apenas de quem trabalha no mercado financeiro, mas também de qualquer profissional disposto a pensar sobre a relação entre dinheiro e felicidade.
Sem Limites: O que acrescenta à carreira? Se você se sente seduzido pela ideia de tomar um remédio que fará o seu cérebro milhares de vezes mais poderoso, cuidado: a inteligência superior pode ser extremamente perigosa se não vier acompanhada de valores e princípios positivos. Segundo Oliveira, o filme também ensina que um indivíduo muito inteligente e bem intencionado que fracasse nos seus objetivos pode causar um mal muito maior do que uma pessoa estúpida e mal intencionada que consiga fazer exatamente o que pretendia.
Procura Felicidade: O que acrescenta à carreira? O filme põe em evidência as pessoas que se esforçam para vencer na vida mesmo quando estão em clara desvantagem na pirâmide social. “Sugere-se que quem não medir esforços para ‘chegar lá’ efetivamente ‘chegará lá’, o que é uma tese muito discutível”, diz Oliveira. Ao assistir o filme, a dica é ter um olhar crítico sobre o típico discurso de autoajuda implícito na história. “Fica a impressão de que o sucesso depende exclusivamente do esforço do indivíduo", afirma o consultor. "Na verdade, para cada Chris Gardner que tem sucesso, vinte outros Chris Gardners irão fracassar rotundamente”.
Amor sem Escalas: O que acrescenta à carreira? Trabalhar fora do Brasil e construir uma trajetória internacional é o sonho de muita gente. Porém, a vida entre um aeroporto e outro pode trazer angústias inesperadas. Para evitar arrependimentos, diz Fernanda Lemos, pesquisadora da FEA-USP, é importante não negligenciar a busca pelos vínculos afetivos e pela identidade pessoal. "Ao ganhar espaços e expandir as suas fronteiras na carreira, não se pode esquecer o próprio eu", diz a pesquisadora.