Assim como os filmes anteriores da diretora Susana de Sousa Dias, “Natureza Morta” (2005) e “48” (2010), a origem deste documentário encontra-se nos arquivos da PIDE, a poderosa polícia política portuguesa, que atuou de 1926 a 1974. Aqui, o ponto de partida é a fotografia de uma mulher com um bebê no colo, o que conduz a uma investigação sobre os familiares de Octavio Pato. Neste processo, a cineasta se lança em um esforço de preenchimento das lacunas na memória de uma família, arrastada a uma vertiginosa desagregação depois de ter caído na rede da repressão política da ditadura de António de Oliveira Salazar.