Mercedes de Acosta foi um romancista, dramaturga e poeta americana. Quatro das peças de Acosta foram produzidos, e ela publicou três volumes de poesia e um romance. Ela fracassou profissionalmente, mas é conhecida por muitos assuntos lésbicos com personalidades famosas da Broadway e Hollywood e inúmeras amizades com artistas proeminentes do período.
Ela nasceu em 1893 na cidade de Nova York. Seu pai, Ricardo de Acosta, era de ascendência cubana e espanhol e sua mãe, Micaela Hernández de Alba y de Alba, foi espanhola e declaradamente uma descendente do espanhol Duques de Alba. De Acosta tinha cinco irmãos: Aida, Ricardo Jr., Angela, Maria e Rita. Maria casou-se com socialmente proeminente A. Robeson Sargent, o arquiteto de paisagem estudou em Harvard e filho de Charles Sprague Sargent.
De Acosta casou-se com o pintor Abrão Poole (de janeiro de 1883 Chicago, Illinois – 24 de maio de 1961) em 1920. Eles se divorciaram em 1935.
Ela foi descrita em 1955 pelo biógrafo de Garbo, John Bainbridge, como "uma mulher de boas maneiras da corte, gosto decorativo impecável e muita elegância pessoal... uma mulher com uma apaixonada e intensa devoção à arte de viver... e dotada de um espírito elevado, energia, curiosidade eclética e um variado interesse nas artes."
De Acosta estava envolvida em numerosas relações lésbicas com a elite do Broadway e Hollywood e não tentava esconder sua sexualidade, o que era rara em sua geração. Em 1916, ela começou um caso com a atriz Alla Nazimova e mais tarde com a bailarina Isadora Duncan. Logo após se casar com Abrão Poole em 1920, de Acosta se envolveu em um suposto relacionamento de cinco anos com a atriz Eva Le Gallienne. Acosta escreveu duas peças para Eva Le Gallienne. Após os fracassos financeiros de ambas, elas terminaram sua amizade.
Durante a próxima década, ela estava envolvida com várias atrizes famosas e dançarinas, incluindo a Greta Garbo, Marlene Dietrich (que alguns dizem ser mais amizade), Ona Munson e bailarina russa Tamara Karsavina Platonovna.
Ela também se tornou vegetariana e, por respeito aos animais, se recusou a usar peles.
O relacionamento mais conhecido de Acosta foi com Greta Garbo (porém sabemos que Garbo nunca falou nada sobre nada, sobre sua vida particular ou carreira). Porém em qualquer caso, eles permaneceram amigas por trinta anos durante os quais Garbo escreveu para Acosta 181 cartas.
Embora tem sido argumentado que uma relação íntima entre elas não pode ser provada, de Acosta afirma que elas eram amantes. Ao contrário da lenda, ela não o fez em seu livro de memórias. Em 1959, quando ela estava na miséria, Acosta vendeu os documentos para Rosenbach Museum & biblioteca na Filadélfia e alega ter relutantemente incluído letras românticas de Garbo. "Eu não teria o coração ou a coragem de ter queimado as cartas", escreveu William McCarthy, curador do Museu. "Quero dizer, claro, Eva, Greta e outras que eram amantes... Só espero... serão respeitados e protegidos dos olhos de pessoas vulgares". Todos os biógrafos recentes do Garbo e de Acosta, além disso, discutem seu envolvimento. Cartas de Garbo foram disponibilizadas ao público em 2000, dez anos após sua morte. E não eram explicitamente românticas. Note-se que a família do Garbo, que controla a sua propriedade, tenha permitido apenas 87 cartas ao público.
Quando perguntado sobre sua religião, de Acosta uma vez disse que embora ela tivesse crescido Católica, ela seria, se ela tivesse que ser qualquer coisa, uma budista.
Autobiografia controversa:
Em 1960, quando de Acosta estava gravemente doente com um tumor no cérebro e precisando de dinheiro, ela publicou suas memórias, ''Here Lies the Heart''. O livro foi bem recebido pelos críticos e muitos amigos próximos elogiaram o livro. Mas sua homossexualidade implícita resultou na indenização de várias amizades com mulheres. Garbo também terminou a amizade neste momento. Eva Le Gallienne em particular ficou furiosa, denunciando de Acosta como um mentirosa e afirmando que ela inventou as histórias para a fama. Esta caracterização é imprecisa, uma vez que muitos de seus assuntos e relacionamentos com mulheres, inclusive com Le Gallienne, confirmados em correspondência pessoal. Mas uma amigo pessoal dela, disse - "diga o que quiser sobre Mercedes, ela teve as mulheres mais importantes do século XX".
De Acosta morreu aos 75 anos, em situação de pobreza. Ela está enterrada no cemitério de Trindade em Washington Heights, Nova Iorque.

Parceira: Isadora Duncan
Irmãos: Rita de Acosta Lydig, Aída de Acosta, Enriqué de Acosta, Maria de Acosta, Joaquin de Acosta, Angela de Acosta, Ricardo de Acosta, Jr.
Cônjuge: Abram Poole (de 1920 a 1935)