Panelkapcsolat (The Prefab People), o primeiro trabalho de Béla Tarr com atores profissionais, é um lugar escuro e desprovido de otimismo, onde se assiste ao corroer e à degradação de uma relação familiar por entre as ruínas da sua miserabildiade social. Uma mulher e um homem querem mover-se, mas permanecem enterrados no pântano. O preto-e-branco granulado e a câmara sempre muito próxima aos actores acentuam o caos e a desolação destas vidas cinzentas, em que a crueldade da hipocrisia se faz mais sentir numa longa sequência de um baile, episódio que deveria ser sinónimo de alegria e festividade.