Vencedor do diploma nacional superior de Expressão Plástica em 1986, Patrick Mario Bernard tornou-se conhecido em diversos setores da criação artística: foi ilustrador, artista gráfico, cenógrafo e diretor até 1995.
A partir da metade dos anos 90, criou um universo cinematográfico original com seu companheiro Pierre Trividic. Após realizar um documentário sobre o mestre da ficção científica H.P. Lovecraft, a dupla encenou sua própria intimidade no média-metragem “Ceci est une pipe”, uma reflexão incômoda sobre a representação do ato sexual. Mario Bernard e Trividic fazem também os papéis principais no primeiro longa que dirigiram, o também singular “Dancing” (codirigido por Xavier Brillat), um filme caseiro, assombrado, rodado em vídeo digital e aclamado pela crítica em 2003. Em “A Outra” um segundo opus gelado e noturno, inspirado em um relato de Annie Ernaux, traçam o retrato de uma mulher dominada por um ciúme doentio (Dominique Blanc, Prêmio de Interpretação de Veneza em 2008), mas também o de uma sociedade geradora de ansiedade.