O documentário traz à tona a figura simpática e durona do radialista pernambucano Ademar Casé (1902-1993). Estevão Ciavatta, marido da atriz Regina Casé, neta de Ademar, demorou dez anos para concluir seu primeiro longa-metragem, um trabalho longe de polêmicas e carinhoso com o biografado. Paralelamente, traça-se um histórico dos primórdios do rádio no Brasil desde a década de 20 até a chegada da TV nos anos 50. Radicado no Rio de Janeiro, Casé lançou compositores como Noel Rosa e foi um dos nomes mais importantes da Era de Ouro do Rádio. O realizador segue uma fórmula bem acadêmica. Como tinha poucas cenas em movimento de Ademar Casé, Ciavatta recorreu a fotos e imagens genéricas — a primeira metade do filme dá sinais de cansaço por causa disso. Quando o arquivo se torna mais pessoal, a fita esquenta e cresce em emoção. Incluem-se aí os últimos depoimentos de Dorival Caymmi.