Roseane Ferreira dos Santos, mais conhecida como Rosinha, é a madrinha do atletismo paradesportivo brasileiro. A pernambucana se tornou ícone no esporte nacional ao superar a deficiência física e conquistar 50 medalhas de ouro ao longo da carreira e dois recordes mundiais nas Paraolimpíadas de 2000. Antes de entrar para o esporte, Rosinha trabalhava como empregada doméstica. Aos 18 anos, quando conversava com uma amiga e uma prima na calçada da esquina da rua de sua casa, no bairro da Várzea, em Recife, foi atropelada por um caminhão dirigido por um motorista embriagado. Para salvar sua vida os médicos tiveram que amputar sua perna esquerda. Quando criou coragem para assumir de vez sua nova condição, ela conheceu a pessoa mais importante de sua volta por cima, o técnico Francisco Raimundo Matias, que em 1997 convenceu Rosinha a frequentar a ADM-PE (Associação dos Deficientes Motores de Pernambuco), onde ela começou a praticar arremesso de peso e lançamento de disco e de dardo. A recompensa veio três anos mais tarde, nas Paraolimpíadas de Sydney, na Austrália. A nordestina, foi um dos grandes destaques individuais da competição. E de quebra, estabeleceu dois novos recordes mundiais.