O documentário mostra Serge Daney, um dos pensadores de cinema mais influentes da França, pouco antes de sua morte em 1992, por decorrência da AIDS. A entrevista à Regis Debray funciona como um testamento no qual Daney fala do cinema à luz da experiência pessoal. Pode-se constatar, por exemplo, a crença do crítico na função de espelho que o cinema desempenha ao projetar (e ver-se projetado, ele próprio) seu filme pessoal, ou seja, sua aprendizagem e sua melancolia. Esta ideia é resumida pela célebre expressão criada por ele a partir de um jogo de palavras: cinéfile (cinéfilo) transforma-se em cine-fils, ou “cine-filho”, para designar alguém que é literalmente filho do cinema, como ele foi.
sinopse: MKO