Sob o Mesmo Céu

Brasil, hoje. Joana tem treze anos e carrega os sinais de espancamento em seu corpo e um especial relacionamento com o vento: é como se ela o tivesse elegido como seu conselheiro e protetor. De origem humilde e difícil, Joana está fugindo de algo que a pertubou e ela está correndo, correndo pela planície desolada do Sertão, seguindo o vento ... até que ela chega a Fortaleza ... Enquanto isso, a milhares de milhas de distância em Bolzano, no norte da Itália, Margherita está se preparando para a sua matinê. A matinê é o evento que todos os adolescentes estão aguardando ansiosamente: uma tarde em uma discoteca só para eles. A garota desliza em um traje muito reduzido. Ao mesmo tempo, Carlo, um belo homem de quarenta e cinco anos, um promotor imobiliário, cuja expressão de dor contrasta com sua aparente auto-confiança, acaba de voltar de uma viagem de negócios e está em Fortaleza para selar o negócio mais importante de sua carreira: a construção de um resort de luxo na costa nordeste do Brasil. Joana está fugindo de uma crueldade indescritível, e tão indescritível como é o sentimento de perda e solidão sentida por Margherita. As vidas dessas duas garotas se fundem com a de Carlo, que por trás de sua fachada de um empresário honesto e bem sucedido, se esconde uma culpa secreta que nunca diminui. Os caminhos dos três personagens principais se entrelaçam através de uma jornada de iniciação e expiação, reforçada pelas contradições de um país selvagem, porém fascinante como o Brasil e uma cidade italiana provincial onde nem tudo que reluz é ouro.