Título | Strokkur (Original) |
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Ano produção | 2011 |
Dirigido por | João Salaviza |
Estreia |
2011
(
Brasil
)
Outras datas |
Duração | 7 minutos |
Classificação | |
Gênero | |
Países de Origem |
No começo: fazer a partir do nada. Num lugar neutro e desconhecido. Recolher imagens e sons em vez de os produzir. A câmara de filmar, o microfone e o mini-amplificador: ferramentas que tiram, e depois devolvem.Definimos uma regra: que o som não ilustre a imagem, e que a imagem não absorva o som. A menos de cem quilómetros de Reykjavik encontrámos Strokkur. Uma cicatriz da Terra que teima em não sarar, a jorrar os pruridos das profundezas. Aproximámo-nos. Durante três dias, a ver e ouvir a dinâmica interna da fissura. A água a ferver cuspida a cada sete minutos. O choque térmico com os dezoito graus negativos na atmosfera. O filme já lá estava. A música também.Debaixo do nevão, o amplificador encharcado a desafinar e a emitir ruídos estranhos. A câmara que quase levanta voo com as rajadas de vento. As baterias a não resistirem ao frio,a morrer a cada quinze minutos. Correr para um abrigo com o material às costas.Recarregar. Reaquecer. Começar tudo de novo. Strokkur é, antes de mais, um documento. Um registo de uma observação-diálogo. Aquilo que sobrou.