Abraham vive em um terreno baldio industrial. Sua única companhia é uma máquina gigante. Mas ele está pronto para se libertar: um homenzinho sai de sua barriga, dedilha o violão e canta músicas, levando seu abatido amigo para uma jornada em busca da liberdade e da alegria de viver.
O filme traz uma crítica à cultura consumista, sob a forma de um homem derrotado de qualquer originalidade, de qualquer sentido sobre sua vida. E, como em um conto fantástico, Abraham vai da rotina alienante a uma realidade mágica, aventurando-se na natureza, entre os animais, um zoológico de personagens fantasiados com chifres, peles e outros atributos da floresta capazes de adicionarem um surrealismo que, ao mesmo tempo, é um encontro consigo mesmo.
Um filme inventivo, engraçado, com animação, música e que diz mais do que as aparências.