Elegia amorosa, documento e rastreamento, não monumento (e não apenas porque, nestes casos, é dito que "ele não queria"): assim, em Um Mundo de Amor, Aurélio Grimaldi, após Nerolio (1996), optou por contar uma parte amarga da existência do poeta. O filme retorna para o inverno de 1949, quando as acusações de corrupção de menores e atentado ao pudor marcaram-no como depravado e indigno educador - então com 27 anos -de literatura, colunista, secretário nacional do Partido Comunista de Casarsa da Delizia, Friuli. A primeira infração, o primeiro passo para aquele calvário de campanhas de difamação (mais tarde tentar dar-lhe mesmo um roubo em um posto de gasolina) projetado difundir alarme social, para tornar o artista um inimigo público, uma ameaça ao Estado.