A partir da morte de um irmão, Jack (Sean) entra em uma “crise de personalidade” e começa a refletir sobre seu “eu” na tentativa de obter uma identidade para seu “ego”, tais tentativas remetem a forma como se construiu seu mundo de escolhas na infância e adolescência, suas emoções, suas angustias, seus medos, suas escolhas propriamente ditas. Tais escolhas aconteciam ora baseadas no pai Brad Pitt (Mr. O'Brien) que era o caminho da natureza, ora baseado em sua mãe Jessica Chastain (Mrs. O'Brien) o caminho da graça. Sempre houve em Jack um conflito interno onde a natureza e a graça, representada pela figura dos pais, disputando as escolhas do menino. Existe um constante dialogo entre o personagem (sua vida) e a natureza, inclusive remetendo a evolução humana em seus primórdios. Apesar de Jack gostar mais de sua mãe (demonstrando uma relação edípica, onde ele deseja o amor da mãe e, inclusive a morte do pai), o personagem se identifica com o pai, mesmo não gostando disso. Ele também mostra um ciúmes do irmão e de sua personalidade mais parecida com a mãe o que justificava algumas “brincadeiras” maldosas que o personagem realizava com o irmão, irmão esse que ele ao mesmo tempo que amava, odiava. Após um momento de encontro com figuras de sua vida, onde Jack acaba de certa forma se reencontrando, Jack sai de um prédio com um ar mais sereno, esboçando um sorriso de satisfação.
O filme trabalha com uma linguagem inconsciente, onde as lembranças simplesmente vêm a tona, nesse caso em forma de imagens, e tais imagens remetem a outras imagens, (como uma idéia, ou lembrança que nos faz lembrar outra e assim sucessivamente). Essa linguagem inconsciente é sempre difícil de entender e de fazer sentido, tal técnica é muito interessante, porém torna o filme denso demais. Gostei muito da idéia e da execução, porém acho que essa técnica é perigosa, pois tornou o filme um pouco cansativa, e como percebi, pra alguns mesmo chata. Eu, não querendo me comparar à Terrence Malick (por sinal diretor e roteirista incrível), teria diminuído a volta que fizeram há evolução natural, principalmente à volta que remete ao “big bag” e até traria mais cenas da vida de Jack. Mas com certeza a proposta de acompanhar a construção do sujeito mostrando a relação pais-filhos e seus ensinamentos é incrível.
Comprar Ingressos
Este site usa cookies para oferecer a melhor experiência possível. Ao navegar em nosso site, você concorda com o uso de cookies.
Se você precisar de mais informações e / ou não quiser que os cookies sejam colocados ao usar o site, visite a página da Política de Privacidade.
A Árvore da Vida
3.4 3,1K Assista AgoraA partir da morte de um irmão, Jack (Sean) entra em uma “crise de personalidade” e começa a refletir sobre seu “eu” na tentativa de obter uma identidade para seu “ego”, tais tentativas remetem a forma como se construiu seu mundo de escolhas na infância e adolescência, suas emoções, suas angustias, seus medos, suas escolhas propriamente ditas. Tais escolhas aconteciam ora baseadas no pai Brad Pitt (Mr. O'Brien) que era o caminho da natureza, ora baseado em sua mãe Jessica Chastain (Mrs. O'Brien) o caminho da graça. Sempre houve em Jack um conflito interno onde a natureza e a graça, representada pela figura dos pais, disputando as escolhas do menino. Existe um constante dialogo entre o personagem (sua vida) e a natureza, inclusive remetendo a evolução humana em seus primórdios. Apesar de Jack gostar mais de sua mãe (demonstrando uma relação edípica, onde ele deseja o amor da mãe e, inclusive a morte do pai), o personagem se identifica com o pai, mesmo não gostando disso. Ele também mostra um ciúmes do irmão e de sua personalidade mais parecida com a mãe o que justificava algumas “brincadeiras” maldosas que o personagem realizava com o irmão, irmão esse que ele ao mesmo tempo que amava, odiava. Após um momento de encontro com figuras de sua vida, onde Jack acaba de certa forma se reencontrando, Jack sai de um prédio com um ar mais sereno, esboçando um sorriso de satisfação.
O filme trabalha com uma linguagem inconsciente, onde as lembranças simplesmente vêm a tona, nesse caso em forma de imagens, e tais imagens remetem a outras imagens, (como uma idéia, ou lembrança que nos faz lembrar outra e assim sucessivamente). Essa linguagem inconsciente é sempre difícil de entender e de fazer sentido, tal técnica é muito interessante, porém torna o filme denso demais. Gostei muito da idéia e da execução, porém acho que essa técnica é perigosa, pois tornou o filme um pouco cansativa, e como percebi, pra alguns mesmo chata. Eu, não querendo me comparar à Terrence Malick (por sinal diretor e roteirista incrível), teria diminuído a volta que fizeram há evolução natural, principalmente à volta que remete ao “big bag” e até traria mais cenas da vida de Jack. Mas com certeza a proposta de acompanhar a construção do sujeito mostrando a relação pais-filhos e seus ensinamentos é incrível.