Airton

Sou louco por filmes ou séries de ficção científica, mas não posso dizer que algumas coisas não me incomodaram neste filme.

Muitos questionam a abordagem infantilizada, dedos gigantes, mindinho destruidor, etc. O que não me incomodou em nada.

Pouca relevância possuem estes aspectos quando o precedente da existência de universos paralelos já escancara o absurdo, o que por si só é sem sentido. Rick e Morty é sucesso com premissa semelhante.

No entanto, a atuação de grande nível do elenco mascara uma narrativa enfadonha, por vezes repetitiva.

Eu gosto do caos e da loucura que há em cada transição. Por outro lado, o filme demora muito para chegar na reflexão que propõe: o estado das relações familiares.

Genial, quando assisti a série fiquei muito feliz com a ambientação e os diálogos, tudo é tão bem feito, belo e ao mesmo tempo, a palavra que define a série, ambivalente. HBO sempre trazendo qualidade.

Os personagens Ezequiel, Rafael e Joana salvam a série de um completo fracasso, principalmente o primeiro, quem assiste percebe as nuances de Eziquel e seus conflitos internos, infelizmente seus companheiros e o roteiro não ajudaram... Algumas coisas incomodam, vamos lá, os funcionários do processo tem atuações fraquíssimas e forçadas, em especial a assistente do Ezequiel e a mulher mandada pelo conselho do mar alto para investigar o mesmo. Há alguns furos no roteiro e a ambientação em alguns locais e principalmente no Processo se assemelha a novelas da Rede Record, como os Dez Mandamentos, falta figurantes e imponência.

Por outro lado, 3% consegue trazer a tona reflexões sobre sociedade, autoritarismo, vingança, meritocracia, etc.

Adendo, apesar da modelo Mel Fronckowiak aparecer em somente um episódio, ela surpreendeu pela excelente atuação, eu sinceramente não dava nada para ela.