Um filme tão criticado como esse, mas que me fez chorar. Por que? A depressão e outras doenças mentais ainda provocam sentimentos conflituosos nas pessoas e não são compreendidas. Quem nunca passou por isso pode ver o filme e achar que é muito óbvio, não tem profundidade, não é arte, ele explica demais ( quem gosta do Nolan já deve ter ouvido essa). Quem sabe o quanto é complicado passar por isso e ter desejos de morte lembra instantaneamente dessa sensação de entrar numa floresta e se perder quando vê Arthur chegando lá.
Estar machucado, se levantar com dores e feridas, é o que o depressivo sente todos os dias quando tenta levantar da cama ou quando alguém diz que ele "precisa" se animar. "Nossa, mas ele tá todo quebrado e ainda consegue se levantar?". As pessoas não tem noção de que isso é o cotidiano de milhões de pessoas com depressão. Quando o doente tem uma chance de cura acontece tudo aquilo que Arthur viveu com o personagem de Ken. E finalmente ele se vê fora da floresta. O processo de voltar a floresta e procurar por uma pessoa que não existe, achar uma flor e toda aquela epifania que pode te lembrar uma coisa mística e espiritual não é nada disso. Nosso cérebro constrói memórias, nossa mente processa várias informações de modo que possamos preservar nossa integridade física. Eu mesma lembro muito pouco das minhas crises de depressão e meses viraram dias, não consigo descrever muito das sensações, mas consigo te contar sobre uma epifania que tive e que envolvia Deus (porque eu acredito em Deus) em uma delas e que me fez "ressurgir" das cinzas. Esse filme não é ruim, não é autoajuda, dói ver a sua doença na tela e eles souberam retratar muito bem.
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O Mar de Árvores
3.3 92 Assista AgoraUm filme tão criticado como esse, mas que me fez chorar. Por que? A depressão e outras doenças mentais ainda provocam sentimentos conflituosos nas pessoas e não são compreendidas. Quem nunca passou por isso pode ver o filme e achar que é muito óbvio, não tem profundidade, não é arte, ele explica demais ( quem gosta do Nolan já deve ter ouvido essa). Quem sabe o quanto é complicado passar por isso e ter desejos de morte lembra instantaneamente dessa sensação de entrar numa floresta e se perder quando vê Arthur chegando lá.
Estar machucado, se levantar com dores e feridas, é o que o depressivo sente todos os dias quando tenta levantar da cama ou quando alguém diz que ele "precisa" se animar. "Nossa, mas ele tá todo quebrado e ainda consegue se levantar?". As pessoas não tem noção de que isso é o cotidiano de milhões de pessoas com depressão. Quando o doente tem uma chance de cura acontece tudo aquilo que Arthur viveu com o personagem de Ken. E finalmente ele se vê fora da floresta. O processo de voltar a floresta e procurar por uma pessoa que não existe, achar uma flor e toda aquela epifania que pode te lembrar uma coisa mística e espiritual não é nada disso. Nosso cérebro constrói memórias, nossa mente processa várias informações de modo que possamos preservar nossa integridade física. Eu mesma lembro muito pouco das minhas crises de depressão e meses viraram dias, não consigo descrever muito das sensações, mas consigo te contar sobre uma epifania que tive e que envolvia Deus (porque eu acredito em Deus) em uma delas e que me fez "ressurgir" das cinzas. Esse filme não é ruim, não é autoajuda, dói ver a sua doença na tela e eles souberam retratar muito bem.