Muitos criticaram os últimos 40 segundos da apresentação de Beyoncé Giselle Knowles no Rock in Rio. Onde a cantora dançou a música de funk Ah Lek Lek. Foi logo depois de performar Halo, onde as luzes brancas do palco, mudam para as cores da bandeira brasileira: verde, amarelo e azul. A câmera mostra todas as integrantes da banda dançando, e depois mostra todos no Rock in Rio pulando ao máximo. E então, os dois únicos dançarinos masculinos do show executam o passo com perfeição, e em seguida todas as dançarinas, incluindo Beyoncé, fazem o passinho do Lek Lek. Um pouquinho depois, a câmera foca em uma garota com brincos de argola e uma bandana com a bandeira do Brasil na cabeça, e a primeira coisa que pensei foi: “esse é o Brasil”. O Brasil é uma garota que se diverte assistindo à um show de uma cantora de axé que veio lá dos confins da Bahia, até uma cantora de pop e R&B que veio lá dos confins do Texas, passando por um cantor, que sua música de maior sucesso possui pouco mais de dez palavras. E, sinceramente, eu não vejo problema nenhum nisso. Porque o rock aceita tudo, ele é liberal, pra ele não existem barreiras, fronteiras, proibições, dogmas, paradigmas, padrões. No rock não tem certo ou errado, não tem apropriado ou inapropriado. Depois de tanta coisa feita com o rock, através do rock e pelo rock, querem colocar uma barreira nele agora? Sério mesmo? Desnecessário dizer que Lek Lek não é uma música de alta qualidade, mas, pelo menos não é de conteúdo sexual. É uma das poucas músicas de funk feitas nesse ano que pode-se ver que as pessoas gostam pelo prazer de dançá-la, e não para se exibir ou se esfregar, que é o que 90% das músicas de funk atuais sugerem. O preconceito dos não-funkeiros com o funk é tão grande, que pelo simples fato de ser funk, já é desconsiderado; mesmo que a música não tenha palavrões e conteúdo sexual. Que é o motivo de muitos não gostarem. Quando acaba a música, Beyoncé olha para os dois lados do palco, e depois para o público, e pela sua expressão imagino que ela tenha pensado: “será que eu fiz certo? Será que eles gostaram?”. Enquanto anda mais para a frente do palco, o público grita e aplaude sua escolha, e seu sorriso cresce. Sim, Beyoncé, os verdadeiros rockeiros gostaram. O rock não é apenas algo que as pessoas apresentam no palco, Rock é um estilo de vida, é uma concepção de mundo.
Beyoncé: Rock in Rio 2013
4.4 17Muitos criticaram os últimos 40 segundos da apresentação de Beyoncé Giselle Knowles no Rock in Rio. Onde a cantora dançou a música de funk Ah Lek Lek.
Foi logo depois de performar Halo, onde as luzes brancas do palco, mudam para as cores da bandeira brasileira: verde, amarelo e azul. A câmera mostra todas as integrantes da banda dançando, e depois mostra todos no Rock in Rio pulando ao máximo. E então, os dois únicos dançarinos masculinos do show executam o passo com perfeição, e em seguida todas as dançarinas, incluindo Beyoncé, fazem o passinho do Lek Lek.
Um pouquinho depois, a câmera foca em uma garota com brincos de argola e uma bandana com a bandeira do Brasil na cabeça, e a primeira coisa que pensei foi: “esse é o Brasil”. O Brasil é uma garota que se diverte assistindo à um show de uma cantora de axé que veio lá dos confins da Bahia, até uma cantora de pop e R&B que veio lá dos confins do Texas, passando por um cantor, que sua música de maior sucesso possui pouco mais de dez palavras.
E, sinceramente, eu não vejo problema nenhum nisso. Porque o rock aceita tudo, ele é liberal, pra ele não existem barreiras, fronteiras, proibições, dogmas, paradigmas, padrões. No rock não tem certo ou errado, não tem apropriado ou inapropriado.
Depois de tanta coisa feita com o rock, através do rock e pelo rock, querem colocar uma barreira nele agora? Sério mesmo?
Desnecessário dizer que Lek Lek não é uma música de alta qualidade, mas, pelo menos não é de conteúdo sexual. É uma das poucas músicas de funk feitas nesse ano que pode-se ver que as pessoas gostam pelo prazer de dançá-la, e não para se exibir ou se esfregar, que é o que 90% das músicas de funk atuais sugerem. O preconceito dos não-funkeiros com o funk é tão grande, que pelo simples fato de ser funk, já é desconsiderado; mesmo que a música não tenha palavrões e conteúdo sexual. Que é o motivo de muitos não gostarem.
Quando acaba a música, Beyoncé olha para os dois lados do palco, e depois para o público, e pela sua expressão imagino que ela tenha pensado: “será que eu fiz certo? Será que eles gostaram?”. Enquanto anda mais para a frente do palco, o público grita e aplaude sua escolha, e seu sorriso cresce.
Sim, Beyoncé, os verdadeiros rockeiros gostaram.
O rock não é apenas algo que as pessoas apresentam no palco, Rock é um estilo de vida, é uma concepção de mundo.