Por mais inadequadas, desonestas ou insuficientes que comparações possam ser, Contra o Tempo poderia ser rapidamente descrito como uma versão de Déjà Vu com traços de Feitiço do Tempo. O resultado é uma interessante ficção científica sob o comando do promissor Duncan Jones (filho de David Bowie) que, assim como Lunar, seu primeiro trabalho na direção de longas, aposta mais no fator humano do que nos comuns impulsos megalomaníacos de realizadores do gênero para criar um eficiente thriller no qual efeitos especiais e cenas de ação são meros panos de fundo para a trajetória emocional de seus personagens.
Repleto de animais falantes e personagens caricatos e superficiais, não é de se espantar que o ótimo Marcelo Adnet (um dos melhores atualmente no que diz respeito a improvisos, imitações e caricaturas) tenha sido escalado para dar voz a nada menos que cinco dos animais do zoológico em questão, local escolhido para sediar um romance absolutamente formulaico (para atrair os adultos) e dar espaço para a bicharada tagarelar (e atrair as crianças). Ou seja: afastando de uma vez por todas o público que valoriza um material interessante sem quaisquer mutilações audiovisuais (para todo efeito, a perda de imagem devido à inserção de legendas é irrelevante), O Zelador Animal garante àqueles que buscam um escapismo vazio uma recompensa à altura de suas pretensões.
A Condenação é um filme inspirador que não trai o bom senso nem a inteligência do espectador e que ainda consegue instigar reflexões a respeito de questões polêmicas como, por exemplo, pena de morte. O que é um tremendo mérito se consideramos que muitos desses filmes são construídos em torno apenas de uma sensação final pretendida que, aqui, é apenas uma consequência natural dos fatos anteriores - como todo filme deveria ser.
Esqueça que o termo "Almodóvar" está associado à obra. Não pense que, pelo conjunto da obra do diretor, o filme mereça ser cegamente apreciado, mas também não o julgue simplesmente por fugir daquilo que o cineasta está acostumado a fazer. Analise a obra em si. Dito isto, está aberto o caminho para uma constatação óbvia: A Pelo Que Habito é um filme fraquíssimo.
Basta assistir a alguns minutos do longa para constatar que, de fato, a premissa permite uma rica reflexão combinada sobre sociedade de consumo e a ganância inerente a ela, somados ao anseio de viver para sempre e de ser eternamente jovem. Por outro lado, também não é necessário muito esforço para notar que, seguindo o misterioso manual hollywoodiano que parece determinar que ficções científicas venham acompanhadas de ação desenfreada e romance morno, o longa boicota o enorme potencial do próprio conceito ao desviar o foco daquilo que realmente interessa e opta por concentrar-se em algo que não consegue fazer bem feito.
Premonição 5
2.9 2,1K Assista AgoraRepete a fórmula que já demonstra sinais de desgaste, mas aqui ao menos há claros indícios de esforço de fazer algo melhor que o péssimo quarto filme.
Contra o Tempo
3.8 2,0K Assista AgoraPor mais inadequadas, desonestas ou insuficientes que comparações possam ser, Contra o Tempo poderia ser rapidamente descrito como uma versão de Déjà Vu com traços de Feitiço do Tempo. O resultado é uma interessante ficção científica sob o comando do promissor Duncan Jones (filho de David Bowie) que, assim como Lunar, seu primeiro trabalho na direção de longas, aposta mais no fator humano do que nos comuns impulsos megalomaníacos de realizadores do gênero para criar um eficiente thriller no qual efeitos especiais e cenas de ação são meros panos de fundo para a trajetória emocional de seus personagens.
O Zelador Animal
2.8 477 Assista AgoraRepleto de animais falantes e personagens caricatos e superficiais, não é de se espantar que o ótimo Marcelo Adnet (um dos melhores atualmente no que diz respeito a improvisos, imitações e caricaturas) tenha sido escalado para dar voz a nada menos que cinco dos animais do zoológico em questão, local escolhido para sediar um romance absolutamente formulaico (para atrair os adultos) e dar espaço para a bicharada tagarelar (e atrair as crianças). Ou seja: afastando de uma vez por todas o público que valoriza um material interessante sem quaisquer mutilações audiovisuais (para todo efeito, a perda de imagem devido à inserção de legendas é irrelevante), O Zelador Animal garante àqueles que buscam um escapismo vazio uma recompensa à altura de suas pretensões.
A Condenação
4.0 558 Assista AgoraA Condenação é um filme inspirador que não trai o bom senso nem a inteligência do espectador e que ainda consegue instigar reflexões a respeito de questões polêmicas como, por exemplo, pena de morte. O que é um tremendo mérito se consideramos que muitos desses filmes são construídos em torno apenas de uma sensação final pretendida que, aqui, é apenas uma consequência natural dos fatos anteriores - como todo filme deveria ser.
A Pele que Habito
4.2 5,1K Assista AgoraEsqueça que o termo "Almodóvar" está associado à obra. Não pense que, pelo conjunto da obra do diretor, o filme mereça ser cegamente apreciado, mas também não o julgue simplesmente por fugir daquilo que o cineasta está acostumado a fazer. Analise a obra em si.
Dito isto, está aberto o caminho para uma constatação óbvia: A Pelo Que Habito é um filme fraquíssimo.
O Preço do Amanhã
3.6 2,9K Assista AgoraBasta assistir a alguns minutos do longa para constatar que, de fato, a premissa permite uma rica reflexão combinada sobre sociedade de consumo e a ganância inerente a ela, somados ao anseio de viver para sempre e de ser eternamente jovem. Por outro lado, também não é necessário muito esforço para notar que, seguindo o misterioso manual hollywoodiano que parece determinar que ficções científicas venham acompanhadas de ação desenfreada e romance morno, o longa boicota o enorme potencial do próprio conceito ao desviar o foco daquilo que realmente interessa e opta por concentrar-se em algo que não consegue fazer bem feito.