Assisti ao filme na semana passada e algumas inquietações me fizeram não ser indiferente a ele. O filme, pra quem não sabe, fala sobre memória, paisagismo, especulação imobiliária e (pasmem) a briga das elites em Recife.
A velha e nada boa aristocracia recifense e, os mal-ditos, novos ricos.
De um lado, a construtora com sede de território, pela busca insaciável do dinheiro. O vilão nu e cru. Que mostra as caras perversas e que arquiteta a destruição.
Por outro lado, Clara (Sônia Braga): Uma mulher. Recifense, rica, branca, afetuosa, jornalista aposentada e patroa. Conhecedora do meio e amiga de gente "importante". E como qualquer pessoa: cheia de memórias que, no filme, deixam belo e falam por si só. Algumas cenas mostram o lado sombrio de Clara: Egoísta, elitista, escravocrata. Mas, ao que parece, serviram para reafirmar o papel de mocinha. A verdadeira Princesa Isabel.
Ao final da sessão um rapaz gritou: "FUDEROSA!"
Pensei. Repensei. Dispensei esse protagonismo. Pra mim, identificar-se com Clara enquanto ativista política é como enxergar o nosso próprio câncer. É perceber o egoísmo nessa luta individual por memórias e raízes familiares. É entender que todas essas honrarias, vestígios de poder e branquitude ainda são latentes e bem quistos no cinema, na música, na novela, na vida. Fiquemos atentos! É um filme (quase obrigatório) que diz muito do contexto atual de Recife. Diz, sobretudo, que a inovação é a afirmação do velho pelo novo.
Aquarius
4.2 1,9K Assista AgoraAssisti ao filme na semana passada e algumas inquietações me fizeram não ser indiferente a ele. O filme, pra quem não sabe, fala sobre memória, paisagismo, especulação imobiliária e (pasmem) a briga das elites em Recife.
A velha e nada boa aristocracia recifense e, os mal-ditos, novos ricos.
De um lado, a construtora com sede de território, pela busca insaciável do dinheiro.
O vilão nu e cru. Que mostra as caras perversas e que arquiteta a destruição.
Por outro lado, Clara (Sônia Braga): Uma mulher. Recifense, rica, branca, afetuosa, jornalista aposentada e patroa. Conhecedora do meio e amiga de gente "importante". E como qualquer pessoa: cheia de memórias que, no filme, deixam belo e falam por si só. Algumas cenas mostram o lado sombrio de Clara: Egoísta, elitista, escravocrata. Mas, ao que parece, serviram para reafirmar o papel de mocinha. A verdadeira Princesa Isabel.
Ao final da sessão um rapaz gritou: "FUDEROSA!"
Pensei. Repensei. Dispensei esse protagonismo.
Pra mim, identificar-se com Clara enquanto ativista política é como enxergar o nosso próprio câncer. É perceber o egoísmo nessa luta individual por memórias e raízes familiares.
É entender que todas essas honrarias, vestígios de poder e branquitude ainda são latentes e bem quistos no cinema, na música, na novela, na vida.
Fiquemos atentos!
É um filme (quase obrigatório) que diz muito do contexto atual de Recife.
Diz, sobretudo, que a inovação é a afirmação do velho pelo novo.
O Outro Futebol
4.1 4Onde encontro link para baixar pelo torrent?
Os Amores de Picasso
3.4 37 Assista AgoraAlguém, por favor, poderia disponibilizar o link. Procuro há tempos e não encontro.
Piaf - Um Hino ao Amor
4.3 1,1K Assista AgoraAdmiração que vem do berço. Ilustre persona, filme maravilhoso!