"A democracia só funciona quando os ricos se sentem ameaçados. Caso contrário, as oligarquias tomam o poder: de pai para filho, de filho para neto, de neto para bisneto e assim sucessivamente..."
Democracia em vertigem, dirigido por Petra Costa, indicado ao Oscar de Melhor Documentário. Assistido hoje, 14/01/2020. Impactado e ainda digerindo sua mensagem.
O documentário original da Netflix, dirigido por Petra Costa, destrincha os fatos que levaram ao Processo de Impeachment de Dilma Rousseff em 2015. De forma extremamente coerente, a cineasta propõe uma reflexão sobre os eventos políticos e todas as articulações que levaram á um processo pura e simplesmente político, onde a verdade era o que menos importava. Os antecedentes de nosso país também são abordados, e nosso presente é questionado com severidade: porque grande parte do nosso povo deixou de acreditar na democracia, porque muitos se tornaram amantes do autoritarismo e da repressão? Como diria Renato Russo: "Que país é esse?" Falando em nossos antecedentes, de maneira corajosa, a diretora põe a cara a tapa ao expor o passado da própria família, cujo avô enriqueceu durante a Ditadura Militar, devido aos contratos de sua empreiteira com os Governos Militares. Contrastando com a história de seus pais, que foram perseguidos pelo regime. A Guerra iniciada pelo Impeachment, que nos dividiu irremediavelmente também é muito bem abordada, porém, como toda guerra concatenada por ideais torpes, não existe uma explicação para tamanha loucura, tal como para a devoção adquirida pelo "outro lado". Os Siths que cresciam no seio da República. E talvez Eduardo Cunha fosse o Palpatine dessa encrenca das galáxias. Isso até Bolsonaro surgir com sua falácia absurda e que estranhamente ganhou o apoio de boa parte da população. Uma democracia nasce morta, quando os interesses de apenas parte da população são levados em conta. E isso fica claro no documentário quando alguns dos parlamentares são questionados quanto aos objetivos do Processo de Impeachment... Nenhum argumento realmente se sustenta, e o circo midiático parece apontar para outra coisa. A democracia respira por aparelhos em nosso país.
Respeitando a visão política de cada um, mas ao mesmo tempo analisando o objetivo dos realizadores do documentário, é obvio, que os envolvidos se aproveitam da onda reacionária que tomou conta do país, para sim, tentar uma espécie de revisão fajuta da história. Pois somos seres pensantes, e sabemos que tal idéia não poderia surgir em outro momento histórico. Independentemente de você ser de direita ou de esquerda, fato é: o Brasil viveu sim, uma Ditadura a partir do ano 1964, e ela trouxe graves consequências para a nossa nação. Pessoas fora. executadas, torturadas, exiladas, silenciadas, a arte sofreu com a censura, tal como a imprensa, a inflação esteve nas alturas, a corrupção era absurda... Quem duvida, consulte a história da modelo e jornalista Leila Cravo. Tenho visto muitas pessoas falarem a respeito do documentário como verdade absoluta, tapa na cara da esquerda, a voz da razão... Mas, tal como os documentários sobre o outro lado são vistos como extremamente parciais, é impossível crer que esse não seja... Aliás, vale lembrar aos amigos cinéfilos, que uma grande cineasta, chamada Leni Riefenstahl, fazia brilhantes "filmes propaganda" sobre o Regime Nazista, vide O Triunfo da Vontade, com estética apurada e angulos extremamente inovadores, porém, com uma narrativa extremamente tendenciosa, e que de fato, oculta a verdade sobre o que realmente era o Nacional Socialismo naquela época. Outro exemplo foi o documentário Mein Kampf, com cenas coletadas pelo próprio Joseph Goebbels, que serviria como propaganda positiva do regime nazista, mas que acabou sendo escondido pelo teor de suas imagens, que poderiam ter impacto negativo com a população. Tal fato se evidencia também em nosso país, quando vemos que há muitas lacunas em aberto em relação ás crueldades cometidas pelos militares, e que pela nossa situação de revisionismo histórico, não virão a tona tão cedo.
A Idade do ouro. Essa é certamente uma das mais importantes obras de Buñuel, é por consequência do movimento surrealista. Um filme que claramente expõe problemas sociais que nos afligem até os dias de hoje. O que faz dele um filme tão clássico, quanto atual. O filme começa com uma magnífica cena onde os protagonistas são escorpiões. E é baseado no comportamento desses aracnídeos, que Buñuel vai traçar o perfil comportamental dos personagens do longa: seres territoriais, traiçoeiros, vorazes e letais... A cena toda é muito bem feita, com a perfeita sincronia entre os animais, ambiente e o movimento da câmera. O que demonstra a aptidão que o diretor tinha para trabalhar com animais. Algo que assombrava outros gênios da Sétima Arte. Kurosawa que o diga... Dos escorpiões, como de costume no surrealismo, o foco passa a ser um grupo de quadro padres em uma montanha, esses homens até por suas vestimentas, vem a representar os primórdios do cristianismo... Dali a história segue com um grupo de camponeses, que parecem aguardar a chegada de alguém. Algo que se apresenta como a chegada de cidadãos colonizadores, e é aí que o filme realmente começa. Tal como suas críticas sociais. Inicialmente vemos pessoas de alta classe descendo de embarcações, mas o que era perfeito se torna inicialmente chocante com os cadáveres dos padres inicialmente citados. As críticas começam ferrenhas, já na primeira cena do casal protagonista. Onde o desejo e o sexo são reprimidos como uma praga por aqueles cidadãos extremamente puritanos. Depois disso temos uma referência bíblica, onde os colonizadores fundam sobre uma Pedra a Cidade de Roma Imperial, onde seria a sede da Igreja. Um gancho nas palavras de Jesus a Pedro: "sobre essa pedra edificarei a minha igreja". Só que com muita astúcia Buñuel observa que, o pilar dessa Santa Igreja, na verdade é o antigo antro do paganismo. Onde os mártires do início do filme pereceram. Fazendo assim duras críticas a estrutura da instituição religiosa mais poderosada terra. A partir dali, várias críticas sociais se desenrolam, com foco maior na elite, pouco preocupada com algo além de suas futilidades, ou como no caso do protagonista, dos seus desejos. Mostrando o quanto o desejo pode consumir não só o indivíduo como o que está ao seu redor. O desprezo pela vida humana, tal como a hipocrisia em relação a não ortodoxia, são veementemente criticados em cada cena. O final mostra o quão hipócrita e assassina pode ser a dita "sociedade civilizada", que vive apenas da aparência. Não importa o quão atroz sejam suas atitudes. As atuações são extremamente brilhantes, com destaque para Gastón Modot, que tem uma atuação impecável. Os elementos surrealistas, como as lágrimas com sangue, uma vaca sobre a cama, o as mais hora com, hora sem dedos são um espetáculo visual a parte. A fotografia é magnífica, tal como a trilha sonora. Em resumo, A Idade do Ouro é, na minha opinião, a obra prima máxima de Luís Buñuel, e funciona como um verdadeiro soco na mente, para nos colocar em nosso devido lugar enquanto cidadãos. Pois os falsos conceitos morais que nos regem, simplesmente não existem.
Moscou contra 007, o segundo filme da franquia encabeçada pelo espião mais famoso do cinema, o britânico James Bond, e é também, um dos melhores filmes da sequência até aqui. Em Moscou contra 007, temos novamente Sean Connery vivendo o espião inglês James Bond, que terá que lidar com os efeitos colaterais dos eventos do primeiro filme: 007 - contra o Satânico Dr. No. A organização conhecida como Spectre mais forte do que nunca, e agora tem um audacioso plano, envolvendo os russos, e o Serviço Secreto Britânico, que consiste no roubo de uma máquina decodificadora, o que na verdade é uma grande cilada elaborada para matar James Bond, como retaliação pela morte do Dr. No no primeiro filme. É neste cenário, de intrigas e mais intrigas, clima típico de um filme de espionagem ambientado na época da Guerra Fria, que o filme se desenha, e é nessa atmosfera que vemos a brilhante evolução de Connery como James Bond. O filme transcorre em um ritmo muito dinâmico, e novamente temos os elementos clássicos de um filme de James Bond, a trilha sonora oficial da franquia, uma abertura ainda mais impressionante do que a do primeiro filme, diga-se de passagem, uma das melhores da história da franquia. Vemos novamente um James Bond galanteador, e como de praxe, se envolvendo em um turbilhão de problemas por conta disso. Mas o filme também nos apresenta algumas novidades interessantes, como por exemplo, a primeira mulher a ser uma vilã da franquia, a General Soviética Rosa Klebb, brilhantemente interpretada pela cantora Lotte Lenya. Temos nesse filme também um vilão que não precisa sequer mostrar o rosto para ser apavorante, alguém que tememos apenas pela voz, e que conhecemos pela figura de um gato, o Senhor Stavro, que conhecemos pela voz de Anthony Dawson, um vilão que só seria visto em Com 007 só se vive duas vezes. Temos nesse filme também o primeiro "Brucutu" a fazer sucesso na franquia, trata-se do ator Robert Shaw, que anos mais tarde se consagraria com filmes como: Golpe de Mestre, O Homem que não vendeu sua alma, O Comando 10 de Navarone e Tubarão, e que teve nesse filme, sua primeira grande oportunidade no cinema. E ele não decepcionou. Vivendo um psicótico assassino de aluguel, contratado pela Spectre, ele se fez valer de seu 1,80 M, para fazer da vida de James Bond e de seus aliados um verdadeiro inferno, inclusive a cena de embate entre ele e Bond no trem, está entre as melhores do filme. Além de sua performance brilhante, como um falso agente britânico enviado para ajudar James Bond, algo que designou com tamanha destreza. Temos nesse filme uma nova Bond Girl, e é claro, um novo affair de Bond. Trata-se Tatiana Romanova, uma agente Russa que tem a missão de fazer um jogo duplo, onde ele deve manipular James Bond, sendo que a mesma é manipulada pela Spectre, porém ela acaba se apaixonando por James Bond. A belíssima Daniela Bianchi interpreta a jovem russa, e obtém grande destaque, não só por sua beleza, mas por seu talento, pena que ela parou por ali, e não fez muita coisa no cinema. Sean novamente tem uma atuação irrepreensível, que mostra o quanto ele era o ator perfeito para o personagem. O perfeito 007. A direção do filme é assinada por Terence Young, o mesmo diretor do longa anterior, e que novamente faz um trabalho impecável, já que são dele, dois dos melhores filmes da história da franquia. Em resumo, Moscou contra 007 é um filme essencial para qualquer cinéfilo...
"My name is Bond, James Bond"... Uma frase que nos apresenta a um dos mais importantes personagens da história do cinema, e que daria vida a franquia mais estável e duradoura da história do cinema. Ambientado nos livros de Ian Flemming, 007 nos apresenta um espião britânico diferente de tudo o que já havíamos visto no cinema: inteligente, audacioso, destemido, galanteador, frio... Um personagem que teve sua personificação pelas mãos do brilhante Sean Connery, que literalmente passou para as telas tudo o que o Espião James Bond deveria ser, e se transformou, até os dias de hoje, no maior 007 da história da franquia. A abertura do filme com a trilha sonora que se tornaria um clássico na história do cinema, e é claro a caminhada de Bond somada ao tiro na tela, impactaram de maneira mais do que positiva, tanto ao público, como a crítica. A história se passa no período da Guerra Fria, e nos apresenta um espião britânico pronto a combater as ameaças comunistas, e é claro, sempre apto a seduzir belas mulheres, outro detalhe que notabilizaria o personagem durante os 24 filmes da franquia. Nesse filme James Bond é enviado a Jamaica para desvendar o desaparecimento de um Agente Britânico, e de sua assistente, chegando lá, ele acaba se envolvendo em uma grande conspiração, e descobre que um chinês dono de uma Ilha local, pode ser o responsável, não só pelos sumiços, como também por um plano que coloca o mundo em risco. Nesse filme conhecemos o primeiro algoz de James Bond, a estrutura do MI-6, e uma organização que seria responsável pelas grandes conspirações no mundo: a Spectre. Sean Connery tem uma brilhante atuação no filme, como já disse anteriormente, mas ele não brilha sozinho, o filme todo tem uma estrutura muito interessante, o trabalho de direção é perfeito, e as cenas de ação são muito bem elaboradas, e o elenco de apoio não deixa a desejar, e nesse ponto devemos dar destaque a primeira Bond Girl: Ursula Andrews, e ao primeiro vilão da franquia: Joseph Wiseman, o Satânico Dr. No, que é apenas uma pequena parte de uma grandiosa organização criminosa. E falando em Dr. No, o suspense feito em torno do personagem foi um trunfo do filme, já que sua identidade só fora revelada no momento certo, o que deu um ar de suspense e mistério ao temido vilão, que consegue se impor até pela voz, na cena em que ele questiona um de seus seguidores sobre o porque Bond ainda vive. E quando ele finalmente aparece, não nos decepciona, com suas mãos artificiais, toda a sua malícia e frieza, vemos ali, um vilão que certamente amaríamos odiar. O desfecho da obra é perfeito, e as locações foram muito bem escolhidas, tal como as cenas, tanto de ação, quanto de suspense, que são feitas com muita destreza. Em resumo, esse primeiro filme da franquia 007, é um filme obrigatório para qualquer cinéfilo, e com certeza, merece ser visto e apreciado, como toda essa fantástica franquia. Nota: 10
O primeiro filme de uma longa e estável parceria da dupla Depp - Burton, é também um dos melhores. A história é incrivelmente diferente, aliás,bem a cara de ambos, a fotografia é impressionante, e a atuação de Johnny atinge a perfeição. Um filme que marcou uma geração, e trouxe o na época, jovem ator, Johnny Depp, ao centro das atenções, pois a partir dali, podemos dizer, que, estava nascendo um verdadeiro mito do cinema. Já Tim Burton, se consolidava, como um grande diretor, principalmente pelo fato de, seu cartão de visitas, ter sido o hilariante Os Fantasmas se divertem (1988), no qual o diretor passou a ser mais visado. Winona Ryder também merece destaque nesse trabalho, pois teve uma grande atuação. É uma pena que, hoje em dia, esteja tão sumida, pois talento ela tem de sobra (vide Garota interrompida, Os fantasmas se divertem, Outono em Nova York...). Edward - mãos de tesoura é um trabalho brilhante e único, que somente a mente magnífica de Tim Burton, poderia idealizar, e somente o gênio Johnny Depp, poderia de forma magistral, dar vida a esse carismático personagem... Em resumo, um excelente filme, que merece ser visto por muitas, e muitas gerações. Simplesmente brilhante. Nota: 10
Um dos trabalhos mais contestados de Johnny Depp. Porém acho que foi de certa forma mal compreendido. Tem uma história interessante, apesar de alguns momentos um pouco lentos. As atuações em si, foram boas, mas faltou, para a maioria, um algo a mais. Porém valeu pela atuação de Depp, e pelo conteúdo do longa em si, que é bem diferente do convencional. Mas infelizmente, dificilmente aqueles que não estão familiarizados com os conceitos do jornalismo gonzo, irão apreciar esse filme, tal como Medo e delírio, outro filme de Johnny, baseado em obra de Hunter S. Thompson... A história em si tem um pouco de drama, e ao mesmo tempo de comédia, e toca em assuntos muito sérios, como o alcoolismo, e principalmente e corrupção. Outros nomes que merecem destaque no elenco são: Aaron Eckhardt, que vive um magnata com seus próprios interesses em fatiar o território da Ilha caribenha onde ele se alocou, e mostra total desdenho em relação ao povo nativo, que vive em extrema miséria. Giovanni Ribibsi é outro que merece destaque, pois vai muito bem no papel de um jornalista que literalmente destruiu sua carreira por conta de seus vícios, Spoiler:. Amber Heard está linda no filme, e tem um papel bastante sensual e provocante, não a toa Depp começou um relacionamento com a mesma a partir dali. As locações foram muito bem escolhidas, e o figurino está perfeito, tal como sua trilha sonora. Em resumo, na minha opinião um bom filme, mas não recomendo a todos, pois não é de fácil aceitação. Nota: 8.0
Excelente filme. Adaptado de uma Hq, a história se passa na Inglaterra no fim do século 19,período esse, onde Jack "o estripador", começou a fazer suas vítimas. O filme aborda, em forma de teoria de conspiração, os reais motivos que levaram a carnificina orquestrada por Jack. Johnny Depp tem atuação de destaque, no papel do investigador dos assassinatos, aliás, mais um papel bem a sua cara, sombrio e mentalmente prejudicado, o que faz com que ele caia como uma luva no filme. Heather Graham, também tem uma atuação destacada, no papel de uma das prostitutas, que são alvos em potencial do misterioso assassino de Londres. A história do filme é muito bem conduzida, e você é levado por várias linhas de pensamento, até descobrir o chocante motivo por trás de todas as mortes. Outro detalhe que torna o filme ainda melhor, é o de que, o mistério que o cerca, não ser descoberto com facilidade, e a tensão fica até as últimas cenas. O trabalho dos irmãos Hughes na direção do longa, está perfeito, apesar dos poucos trabalhos de sucesso da dupla, que além desse filme, foram muito bem em O Livro de Eli. Em resumo, Do Inferno é um excelente suspense, e eu recomendo.
Arizona Dream, um filme desconhecido da maioria, e que foi o projeto escolhido por Johnny Depp ao invés de Entrevista com o Vampiro, que acabou se tornado um grande sucesso. Pois bem, o filme apesar de não ser tão conhecido é bem interessante, apesar de ser um tanto diferente do convencional, e de certa forma, meio louco. O filme se divide basicamente em dois gêneros: drama e comédia, mas se sai melhor no segundo quesito. A trama conta a história de um jovem chamado Axel (Johnny Depp), que foge da calmaria do interior rumo a cidade grande, mas que é forçado a voltar a sua terra para o casamento de seu tio. Axel tenta de todas as formas fugir das tradições familiares, e não quer sob hipótese alguma, assumir a concessionária de sua família. Soma-se a isso, o fato dele ser obcecado por peixes, e ser um tanto perturbado mentalmente, aspectos do personagem que Depp conseguiu absorver com maestria. O tio de Axel, é interpretado por ninguém mais ninguém menos que Jerry Lewis, o mito da comédia, que faz um papel relativamente sério, e o desempenha razoavelmente bem, porém não com a mesma destreza que apresentava no gênero que o consagrou. Outro destaque positivo no elenco é a vencedora do Oscar Faye Dunaway, que interpreta uma viúva que vive com sua enteada, e pela sua sensualidade é sempre o alvo dos olhares maliciosos de todos na cidade, inclusive de Axel. Mas Faye consegue mostrar algo além da sensualidade da personagem, e aponta para seus graves problemas de personalidade, suas loucuras, e o desejo de criar um planador a qualquer custo. Lilli Taylor interpreta a enteada, que é uma jovem depressiva e uma suicida em potencial que se sente atraída pelo personagem de Depp, que por sua vez, está flertando com sua madrasta. Lilli consegue passar muito bem ao espectador as aflições de sua personagem, uma jovem problemática e rejeitada, e acaba de certa forma roubando a cena no longa. Vincent Gallo fecha o elenco e tem uma atuação hilária no papel do primo de Axel. O diretor Emir Kusturica faz um trabalho interessante de direção, porém o roteiro peca em alguns detalhes importantes, como a história dos esquimós no início do filme que acabou ficando desconexa, ou mesmo o peixe voador que aparece para Axel, que ficou totalmente sem sentido. Algumas tiradas de humor também não foram felizes, e o filme perde muito tempo na construção do planador, se tornando pouco dinâmico. A fotografia é interessante, e as locações foram bem escolhias. Em resumo, Arizona Dream é um bom filme que eu recomendo. Nota: 7.5
O Turista, um filme tão criticado, tanto pela mídia, quanto por parte do público. Mas honestamente, ainda não entendo o porque. É obviamente, o caso de um blockbuster, feito com o objetivo de angariar altos valores de bilheteria, e nesse propósito, ele vai perfeitamente bem. O filme reúne dos grandes astros, que até aquele momento, não haviam trabalhado juntos, e que viviam um grande momento em suas carreiras. A belíssima Angelina Jolie, que vinha muito bem, no quesito ação após Salt e O Procurado. E o astro mais idolatrado de Hollywood, Johnny Depp, que na época, vinha de um enorme sucesso de bilheteria, no filme Alice no país das maravilhas. O filme é bem diferente do que Depp, costuma fazer, já que, tramas de ação como essa, não são sua especialidade, de certo modo, podemos dizer que, até ali, Johnny só havia feito um filme, que poderia se comparar ao então novo projeto, o longa Tempo Esgotado (1995). Já para a musa Angelina Jolie, não havia novidade alguma, já que, tramas como essa, são uma de suas especialidades. Por todos esses fatores, posso considerar que, o filme, deu certo, sim. Embora esteja distante do melhor, tanto de Depp, quanto de Jolie. Johnny Depp, em alguns momentos do filme, deixa transparecer traços de seu personagem mais marcante, o Capitão Jack Sparrow, a corrida pelos telhados na fuga do hotel é uma prova disso, pois não há como não lembrar do Pirata, vendo aquele jeito de correr. Angelina consegue se manter em sua linha de atuação. Sempre sensual, e com aquele ar de mulher fatal, porém nesse caso, com mais compaixão e emoção, do que de costume. O filme não economiza em cenas de ação, e momentos tensos, além do final surpreendente, o romance de Depp e Jolie, é que ficou muito cansativo, pois parece que, nesse quesito os astros não tiveram muita química, mas nada que prejudique muito a trama, com exceção de algumas cenas um pouco arrastadas. Muitos inclusive censuram a atuação de Johnny Depp, Angelina Jolie e o próprio filme em si, mas vale lembrar que, os três, foram indicados ao Globo de Ouro, na categoria Comédia / musical, o que mostra, no mínimo, que o filme não foi tão ruim como a crítica disse. Em resumo, O Turista é um bom filme, e eu recomendo, porém, como entretenimento, pois está longe de ser uma história super elaborada, mas sem dúvida alguma, é bem divertido. Nota: 7.5
Gilbert Grape aprendiz de sonhador, um trabalho fantástico de Lasse Halstrom, que na minha opinião é até hoje o maior desse diretor. Um filme que consegue tocante, capaz de nos fazer refletir sobre muitas coisas. Até porque o filme mostra o cotidiano de uma família comum, com problemas que muitos de nós podemos passar, e ao mesmo tempo aborda questões importantes, como preconceito, obesidade, depressão e autismo, todos esses assuntos abordados de forma ampla e muito perspicaz. Pois bem, o filme conta a história de Gilbert Grape, interpretado por Johnny Depp, no papel que definitivamente o consagrou como grande astro em Hollywood, em uma de suas atuações mais memoráveis até hoje, onde conseguiu passar ao espectador todas as angústias, frustrações e expectativas de um jovem que mora em uma cidadezinha do interior onde nada acontece, tem de trabalhar para sustentar sua família, e convive com vários dramas pessoais. O personagem título tem uma vida definitivamente frustante, onde não há expectativa de melhora. O personagem trabalha, e mantém um caso com uma rica mulher casada, sustenta suas duas irmãs, sua mãe que sofre de obesidade mórbida desde o suicídio de seu pai, e seu irmão autista, Arnie Grape, interpretado de forma magistral, pelo na época jovem e desconhecido Leonardo DiCaprio, e diga-se de passagem, o personagem de coadjuvante é tão intenso e bem interpretado que rouba a cena inclusive do protagonista, não a toa, Leo recebeu ali, sua primeira indicação ao Oscar, e podemos afirmar também que, ali, ele sofreu sua primeira injustiça, já que ele fora muito superior ao vencedor daquele ano, Tommy Lee Jones, por O Fugitivo. Juliette Lewis entra com o filme já em curso, e tem um papel muito importante, pois é aquela que transforma literalmente Gilbert em um aprendiz de sonhador, pois ela é a personagem responsável por mostrar a ele que existe muito mais para viver do que a realidade que o cercava. A o roteiro do filme é muito bem montado, e a trama é muito bem conduzida por Halstrom, que consegue tirar o máximo de casa ator, e fazer um filme fantástico e inesquecível. A locação foi muito bem escolhida, tal como o figurino e a fotografia, que nos remontam a realidade de uma pacata cidade do interior nos E.UA., e o modo de vida de suas habitantes. Em resumo, Gilbert Grape é um excelente filme, que eu recomendo a todos os que amam a 7ª arte. Nota: 10
O Cavaleiro Solitário, adaptação de uma história a muito conhecida, e que ganhou uma versão um pouco diferente do convencional. A proposta de Gore Verbinski era basicamente a mesma que foi muito bem sucedida em Piratas do Caribe, onde ele é o diretor dos 3 primeiros filmes, e trazer a tona um gênero antigo, nesse caso um faroeste, com uma pegada totalmente inovadora. E apesar do que dizem os críticos e boa parte do público, eu vou contra, e digo que Verbinski foi bem sucedido em sua ideia, e o filme funciona, e muito bem, dentro de sua proposta. O filme começa em uma exposição de um museu onde, o primeiro protagonista nos é apresentado: o Índio Tonto, interpretado por Johnny Depp, que mais uma vez rouba a cena com um personagem cômico, e, de coadjuvante se torna a grande atração do filme. O filme transcorre como uma narrativa, onde Tonto, que estava lá como se fosse um velho índio empalhado, começa a contar a um menino as suas proezas junto com aquele que ficara conhecido como o Cavaleiro Solitário. Armie Hammer vive o personagem título, que antes de se tornar a lenda, passa por todo um processo de evolução: de um advogado covarde e super correto, a um fora da lei, valente e heroico. E toda essa evolução é feita com muito critério, de forma que o filme não atropela as etapas. O que muitos possam ter reclamado, as 2 horas e 30 minutos do filme, na minha opinião foram extremante necessárias para o desenvolvimento da história, de forma que, o filme se passa de uma forma tão dinâmica que sequer percebemos todo esse tempo. Tom Wilkinson é outro integrante de um estrelado elenco, e vive o grande vilão da trama, responsável por assassinatos, e movido pela insaciável sede de poder, quer construir uma ferrovia a qualquer custo, mesmo que seja preciso dizimar os índios locais. E como sempre ele desempenha o seu papel com destreza. Helena Bohan Carter é um ponto não tão positivo, pois sua personagem tinha um enorme potencial, porém foi mal aproveitada, e pouco a notamos no longa. Com exceção dos momentos onde há disparos da carabina que está no lugar de sua perna. A reconstrução da época do Velho Oeste foi brilhante, e o filme acabe de certa forma sendo uma homenagem ao gênero Western. A maquiagem e o figurino são outro ponto positivo a destacar, tal como os efeitos visuais. Em resumo, O Cavaleiro Solitário é um excelente filme, que foi injustamente massacrado pela crítica, já que tem todos os elementos de um grande filme, se você ainda não assistiu, não ouça os comentários negativos, veja e tire suas conclusões. Em recomendo sem dúvida alguma. E vale lembrar que o gênio Quentin Tarantino elegeu esse filme como um dos melhores dos últimos 10 anos, vindo de alguém como ele que é um verdadeiro cinéfilo, nós temos que conferir. Nota: 8
Um filme acima de tudo diferente. Diferente de tudo que já vimos da dupla Burton-Depp, do que vimos em musicais e mesmo, do que já vimos no cinema. Musicais muitas vezes são de difícil aceitação, imagine então, um musical macabro, adaptado de um sucesso da Broadway. Mas em Sweeney Todd, tudo parece conspirar a favor. Primeiramente, Tim Burton consegue reunir um elenco recheado de grandes estrelas, encabeçado por Johnny Depp, que conta ainda com Helena Bohan Carter, Alan Rickman, Sacha Baron Cohen e Timothy Spall. Outro ponto a se destacar, foi a fotografia. Bem ao estilo Burton, com aquele ar sombrio, só que desta vez, muito mais sinistro, e com toda a elegância e mistério que cercam a cidade de Londres do fim do século 18, época em que, reza a lenda, o barbeiro Benjamin Barker atacava. A trama do filme é excelente, e a condução da obra foi perfeita, já que, praticamente todos os diálogos aconteciam em forma de música. A mensagem é passada com precisão, e o roteiro não deixa furos. Johnny Depp tem uma das melhores atuações de sua carreira, e surpreende ao soltar a voz no longa. Além das já conhecidas expressões sinistras, que já nos acostumamos a ver em outros personagens caricatos do ator. Helena Bohan Carter, também tem uma atuação de destaque, na pele da Srtª Lovett, e também merece crédito. Ela também se sai muito bem no quesito voz, já que, depois de Depp, a maioria das músicas é interpretada por ela. Um momento que na minha opinião, foi o mais marcante do longa, foi o "dueto" entre Johnny Depp e Alan Rickman, no fim do filme. O momento da vingança do barbeiro, parecia em fim ter chegado. O filme tem apenas pontos positivos a destacar, e é sem dúvida alguma, um dos melhores musicais que tive o privilegio de assistir. Não a toa, o filme recebeu 3 indicações ao Oscar, entre elas, melhor ator para Johnny Depp, que ainda faturou o Globo de Ouro pelo mesmo personagem. Em resumo, Sweeney Todd é um excelente filme, que merece ser visto, mesmo para os que não apreciam musicais, pois sem dúvida alguma, irão se surpreender. Nota: 10
Ed Wood... Que diria que o pior diretor da história da humanidade renderia um filme tão bom? Mas isso realmente acabou acontecendo, e Ed Wood consegue agradar a todos os fãs da 7ª arte. Segundo trabalho da Dupla Burton / Depp, é também um dos melhores, e entra fundo no mundo particular do mentalmente prejudicado Ed Wood, e mostra todo o universo cinematográfico trash criando por ele, ao mesmo tempo que mostra sua personalidade excêntrica e seus gostos peculiares. Johnny Depp incumbido de interpretar o personagem título, tem uma de suas atuações mais marcantes na carreira, e consegue passar ao público uma visão, sem máscaras de quem era Ed Wood, de forma que qualquer um ao assistir, consiga realmente entrar no universo do excêntrico cineasta. Inclusive na sua exótica mania de se vestir como mulher, mesmo não sendo homossexual, tal como sua teimosia, que fazia com que ele não enxergasse o óbvio: seus filmes eram horríveis. Outro destaque do filme é Martin Landau, que interpreta o eterno Drácula, e um dos caras mais azarados da história do cinema: Bela Lugosi. A atuação de Landau foi tão espetacular que o mesmo acabou vencendo o Oscar de Melhor ator. Sarah Jessica Parker e Bill Murray completam um elenco pra lá de estrelado, e tem atuações bastante convincentes. A fotografia do filme em preto e branco é simplesmente maravilhosa, e se mostra uma decisão mais do que acertada de Tim Burton, que faz um trabalho impecável nesse filme, sempre tirando o melhor de cada ator, e tirando proveito do visual sombrio, algo que ele sempre fez muito bem. Outro destaque pra lá de positivo fica por conta da maquiagem e figurino, que conseguiram transformar os atores precisamente em seus respectivos personagens. Não há como não olhar para Johnny Depp e Martin Landau por exemplo, sem ver Ed Wood e Bela Lugosi em pessoa, e isso foi um trunfo que soube ser muito bem explorado no longa. Em resumo, Ed Wood é um filme fantástico, que recria a trajetória de um louco genial, que ficou marcado como o pior diretor da história do cinema. Super recomendado a todos os amantes da 7ª arte. Nota: 10
Diferente de tudo o que Johnny Depp já fez até aqui na carreira. Um filme de ação, onde ele de "cara limpa", interpreta um pai, que, faz o que for preciso para salvar a filha. E na trama do filme, o "necessário", é matar uma candidata a governadora, para evitar o assassinato da filha. A trama se desenvolve muito bem, e em vários momentos, a tensão do personagem é passada para o espectador. Um filme que, se tem alguns momentos de lentidão, compensa com algumas cenas alucinantes. A atuação de Depp é excepcional, embora ele não tenha o perfil exato de um ator de filmes de ação, mas conseguiu improvisar muito bem. Outro ponto a destacar, é o gênio Christopher Walken, que tem uma excelente participação como o vilão da trama. O desfecho do filme é perfeito, não haveria final melhor. Em resumo, é um excelente filme, e eu recomendo. Nota: 7.0
Uma enxurrada de críticas, assim podemos definir as reações ao filme Transcendence - a revolução. Obviamente, não se trata da melhor obra de Johnny Depp até aqui, porém, existem pontos muito positivos a destacar, e como filme de ficção, traz a tona fatos interessantes de pesquisas que, antigamente consideraríamos apenas obra de cinema (sim, o filme fala, com liberdades artísticas, sobre uma pesquisa real). O tema abordado em Trancendence é o da regeneração do tecido humano, e ao mesmo tempo, a transferência da consciência humana para uma máquina, fazendo assim, um computador inteligente, com a mente de uma pessoa, que o corpo acabara de falecer, dois pontos que vem sendo estudados pela ciência, e vem sendo tratados como uma possibilidade para daqui a 50, 60 anos talvez. Nesse quesito, o filme obteve sucesso, apesar é claro, de alguns exageros, mas que são irrelevantes se considerarmos a mensagem em si. O grande problema do filme em minha opinião, é que, com uma grande quantidade de astros, muitos deles tiveram atuações apagadas. Johnny Depp mesmo, não entrega sua melhor atuação, embora esteja longe de ser ruim. Rebecca Hall também tem boa participação no longa. Paul Bettany e Morgan Freeman tem atuação bastante apagada. Em alguns momentos, o filme transcorre em um ritmo bastante lento, e para alguns, pode se tornar cansativo. Em resumo, na minha opinião, um bom filme, porém recomendo para aqueles que estejam interessados em conhecer um pouco mais sobre essas pesquisas científicas, ou a pessoas que possam assisti-lo sem preconceitos pelos comentários. Assistam e tirem suas conclusões, eu particularmente gostei. Nota: 7.0
Apesar de ser fã da franquia: A Hora do Pesadelo, devo admitir que, esse foi, disparado, o pior filme da sequência. A história é totalmente desconexa, os personagens são insossos, e o próprio vilão (Freddy Krueger), está mais para um comediante, que um sádico vilão de filmes de horror. Algumas cenas bastante constrangedoras marcam o longa, mas a pior delas é protagonizada por Breckin Meyer, onde ele literalmente é controlado por Freddy como se fosse parte de um jogo de videogame, absurdamente patético. Claro que existem pontos positivos a se destacar, como por exemplo, o fato de descobrimos sobre um possível filho ou filha de Freddy (para não dar Spoiler em um filme de 1991). Além de algumas mortes interessantes, incluindo a do próprio vilão. A homenagem ao personagem no fim do longa então, foi o ponto alto do filme. Outro detalhe curioso e interessante, é a aparição de Johnny Depp, dentro da TV, falando com o personagem de Breckin Meyer, antes da cena constrangedora citada acima, porém esse trecho específico, é bem legal. Em resumo, o filme é bem limitado, e eu não recomendo. Nota: 4.0
Um brilhante filme de terror. São as únicas palavras que cabem para descrever esse estrondoso sucesso do Mestre Wes Craven. Criação de um gênio, Wes Craven, esse foi, na minha opinião, o melhor filme da sequência até aqui. Robert Englund começava ali a se destacar na pele de seu único personagem de sucesso, o cara literalmente nasceu para interpretar Freddy Krueger, e o fez com extrema destreza. Outro ator que começava a trilhar sua jornada de sucesso nesse longa de 1984, foi ninguém mais ninguém menos que Johnny Depp, um dos astros mais idolatrados de Hollywood, e surpreendentemente, o ainda jovem, teve uma boa atuação. Wes Craven conseguiu o que muitos vão tentar a vida inteira e não conseguirão. Criar duas das maiores franquias da história do terror n ocinema (A Hora do pesadelo e Pânico). O filme no quesito terror é literalmente perfeito. Garante muitos momentos de tensão, além de mortes extremamente chocantes, inclusive a do personagem de Depp, e a partir dali, ficou claro que, o cinema tinha um novo vilão: Freddy Krueger, que conseguia ser sádico e sarcástico ao mesmo tempo, sem contar o fato de que, fora inovador o fato de termos um vilão totalmente diferente, que invade os seus sonhos para de matar... Wes Craven realmente é um mito... Em resumo, um excelente filme, que eu recomendo a todos os fãs do gênero terror. Nota: 10
Uma fábrica de fazer dinheiro. Assim podemos definir Alice no País das maravilhas, que é, até o momento, o filme mais rentável da dupla Depp-Burton. Filme esse que, de certa forma, foi massacrado por muitos críticos, na minha opinião, injustamente. Pois bem, vamos analisar os fatos: O filme é ambientado na clássica história de Lewis Carrol, que até hoje, tinha como melhor adaptação, a animação clássica da Disney em 1951, e que era o grande pupilo de Walt. No quesito adaptação da história, podemos dizer que, Tim Burton foi sim, muito feliz, e conseguiu, ao mesmo tempo ser fiel ao livro, e ao desenho, como também, manter o seu bom e velho estilo sombrio, aliás, o que é a marca da própria história em si. Se formos, analisar as atuações individualmente, temos um grande nome no filme, que, de certa forma, ofusca o restante do elenco, e seu nome é Johnny Depp, que dá vida ao personagem Chapeleiro Louco, e transforma um coadjuvante em protagonista essencial na trama, também pudera, sua atuação caricata, é um dos pontos altos do longa. Mia Wasikovska é quem tem uma atuação em alguns momentos bem vazia, e parece sempre carente daquele algo a mais, algo inclusive que ela não consegue atingir durante toda a trama. Helena Bohan Carter, prova que é uma excelente atriz, e que, tem sim, tino para ser a vilã da história, nesse filme ela tem excelente papel como a Rainha Vermelha. Já a Rainha Branca, interpretada por Anne Hathaway, tem uma atuação um pouco abaixo de seu enorme potencial, e não consegue trazer grande destaque a sua personagem, apesar de um excepcional figurino e maquiagem. Outros personagens que merecem destaque no longa, são o Gato e a Lagarta, dublados respectivamente por Stephen Fry e Alan Rickman, que conseguiram fazer seus personagens serem bem marcantes na trama, principalmente o primeiro, que se tornou um dos símbolos desse novo longa. O figurino também é outro ponto a se destacar, tal como a maquiagem, e principalmente a fotografia, bem sombria, a lá Tim Burton. O personagens feitos através da computação também ficaram perfeitos. E a história não deixa furos, porém deixa uma brecha para uma sequência, continuação essa que está marcada para esse ano, e acredito eu, será excepcional. Em resumo, é um bom filme, que eu recomendo. Nota: 9.0
Enigma do espaço, um filme de ficção, que tende a ir para o romance, ou será o contrário? Provavelmente nunca teremos a resposta para tal pergunta, e certamente saberemos que não se trata de um dos grandes trabalhos da história de nenhum dos dois gêneros, mas tem alguns pontos positivos, e é de certa forma, uma trama diferente de tudo o que já vimos até hoje. O filme começa com uma viagem espacial, onde devido a alguns problemas, a Missão e o controle perdem o contato por aproximadamente 2 minutos, isso a principio parece não ser importante, pois os tripulantes voltam a terra, e a princípio nada de anormal acontece. Até acontecer uma misteriosa primeira morte de um dos membros da equipe, e logo após sua esposa acaba cometendo suicídio, e o mistério sobre o caso fica no ar. A partir desse momento, o foco do filme passa para os protagonistas (Johnny Depp e Charlize Theron), e o filme que começara de forma alucinante e misteriosa, tem uma quebra de ritmo, e se torna mais uma espécie de drama/romance, sobre o cotidiano de um casal que parece ser perfeito. As coisas começam a esquentar um pouco quando Jillian (Charlize Theron) descobre que está grávida, mas depois de alguns fatos estranhos que aconteceram entre ela e seu marido (Johnny Depp), e alguns alertas de um funcionário da Nasa, ela acaba acreditando que está sendo hospedeira de um alien. Mesmo assim a história não se desenvolve de maneira tão satisfatória, e em alguns momentos sentimos um lenga-lenga de dar sono. O final do filme é o que vem para salvar toda a trama, já que é bem surpreendente, e deixa o expectador atônito. As atuações de Depp e Theron não estão entre as melhores de suas respectivas carreiras, mas também não são tenebrosas. O maior erro ao meu ver, foi por parte da direção, e do roteiro, pois ambos deixaram muitos furos, e situações por explicar. Os efeitos visuais não são dos mais empolgantes, mas não chegam a ser ruins. Em resumo, Enigma do Espaço é um filme apenas razoável, que em determinados momentos é bem cansativo, inferior ao que sabemos que Johnny Depp e Charlize Theron podem nos oferecer, mas eu recomendo para aqueles que tenham paciência e queiram ver um final surpreendente. Nota: 5.0
O filme mais fraco da franquia até aqui. Assim podemos definir Piratas do Caribe- Navegando em Águas misteriosas. O filme peca bastante, principalmente no roteiro, já que ele tem algumas cenas que, de tão extensas chegam a ser cansativas (como o duelo entre Jack Sparrow e Angelica), e em dado momento, a história é bastante confusa. Mas obviamente, existem pontos positivos a destacar no filme, e entre eles, obviamente, está Johnny Depp, que pela quarta vez, dá vida ao Pirata Jack Sparrow, e mantém o bom nível de atuação, que mistura o espírito aventureiro do anti-heróis, com o seu bom e velho humor. Os efeitos visuais também são outro ponto a destacar, e nesse quesito, Piratas do Caribe parece sempre manter um bom nível. Já quanto ao restante do elenco, Geofrey Rush, tem boa atuação, na quarta vez que interpreta o traiçoeiro Capitão Barbosa. Porém o mesmo não pode ser dito de grande parte do elenco principal, já que, alguns personagens, pareciam fora de sintonia, como o vilão do filme, o Capitão Barba Negra, interpretado por Ian McShane, que não conseguiu definitivamente cativar o público, e se tornar um vilão de grande relevância, tal como Dave Jones nos dois filmes anteriores, ou o próprio Barbosa no primeiro filme, porém, tem em alguns momentos lampejos de um bom vilão, nada é claro que mude a opinião dos fãs da franquia. Já Penélope Cruz tem um personagem confuso, e bastante mal aproveitado, que em alguns momentos, fica fora de sintonia com o restante do elenco. Outro ponto que parece ter sido diferencial, para a queda de qualidade nesse longa, é a falta que fazem Elizabeth Swan e Will Turner, personagens interpretados por Orlando Bloom e Keira Knigtley, já que o esperado era que, se houvesse uma sequência, ela continuasse do ponto em que o terceiro filme parou. Mas como eu disse anteriormente, existem pontos positivos no longa, e a aventura e humor presentes na trama, o transformam em um filme, se não magistral, uma boa opção de entretenimento para toda a família, com ressalvas obviamente. Em resumo, é um filme de regular a bom, que eu recomendo para aqueles que acompanharam a franquia, ou para quem estiver interessado em um filme, somente por entretenimento. Se você for vê-lo com os olhos de um crítico, talvez seja melhor não assisti-lo. Nota: 7.0
É disparado, o filme mais fraco da melhor e mais rentável franquia da história do cinema. Porém, não sou um fã Xiita de Star Wars, a ponto de não identificar vários pontos positivos nesse filme, e por isso vou enumerá-los, e de certa forma, me tornar o advogado desse Episódio tão crucificado. Em primeiro lugar, nesse filme, vemos os traços da antiga república, que seria sucedida pelo Império Galático. Vemos as primeiras crises, e ao mesmo tempo, testemunhamos o início do declínio da ordem Jedi. Podemos testemunhar a formação de Obi Wan antes de ser o mestre Jedi que conhecemos no Episódio IV, ainda como discípulo de Qui-Gon Jin, muito bem interpretado por Liam Neeson. Temos também a oportunidade de presenciar o ainda garoto, Anakin Skywalker, que viria a ser tornar o temido Darth Vader. E também os Droids, R2 D2 e C3 PO, esse último, criação do próprio Anakin. A reconstrução do cenário Galático antes do Império, também é um ponto positivo, e alguns personagens centrais, são introduzidos nesse longa, como por exemplo, Padmé Amidala e Palpatine, futuramente, o grande algoz da trama(Spoiler de um filme que quase todos já viram....). Os efeitos visuais também são muito bons. Agora falando de pontos negativos, acho que nada incomodou tanto (nem mesmo Jar Jar Binks), quanto o mal aproveitado vilão, Darth Maul, que visualmente é um excelente vilão, e tinha um enorme potencial, mas apareceu, morreu, e quase ninguém o notou. E falando em Jar Jar, não entendo o ódio a esse personagem. Obviamente não é nem de longe, um dos melhores personagens da franquia, mas tem uma importância enorme no decorrer das 2ª trilogia. Ewan McGreggor, se não tem uma atuação brilhante, vai no mínimo bem, como o estimado aprendiz de Gon Jinn, e Natalie Portman não nos brinda com uma de suas melhores atuações. Em resumo, é um filme regular, que obviamente, poderia ter sido muito melhor, e é claro, não se compara a trilogia original, porém, está longe de ser um filme descartável. Nota: 6.5
Star Wars - o despertar da força. Nunca um título parece ter caído tão bem em um filme quanto nesse. Pois o que ele fez foi realmente "despertar" um universo que a muito estava esquecido, jogado em um canto, a mercê de poeira, baratas e ratos, para a tristeza dos milhões de fãs espalhados mundo a fora. Falando nos fãs, o despertar que esse filme propõe, começou pelos próprios, já que, desde o anúncio da produção do Episódio VII, todos os que curtem a franquia, ficaram sobre intensa expectativa. Algo que estava a algum tempo adormecido. Ao sair o primeiro trailer, vimos um "despertar" ainda maior, pois o filme começou a angariar novos admiradores, que impactados com a primeira tsunami de euforia, começaram a acompanhar a franquia, para estar também inseridos entre aqueles que estavam a espera de um grande acontecimento. Pois bem, agora passada toda a euforia, e êxtase gerada pelo pré-lançamento, e pela tumultuada semana de estréia, onde os nervos estavam a flor da pele, vamos analisar esse fenômeno. O filme começa da forma clássica: "a muito, muito tempo, em uma galáxia muito, muito distante", e após isso, vemos subindo o texto que explica o contexto inicial do filme. E o foco do filme é: a busca por Luke Skywalker, que desapareceu a alguns anos, que interessa tanto a Aliança Rebelde, quanto a nova ameaça: a Primeira Ordem. Logo na primeira tomada do filme, somos apresentados a dois importantes personagens: Poe Dameron e o novo e carismático Droid, BB-8. Personagens que se encaixam muito bem nessa nova realidade de Star Wars, e são de suma importância para a sequência da franquia. E a partir dali, somos apresentados a organização conhecida como Primeira Ordem, que veio para continuar o que o Império Galáctico começou, só que, nesse longa, não temos muita ideia de qual foi sua origem, e como tudo se sucedeu após a queda do Império em O Retorno de Jedi. Nesse contexto somos apresentados ao novo vilão: Kylo Ren, que sejamos justos, foi criticado por parte dos fãs, mas quem não se lembra que o próprio Darth Vader, teve seu momento de glória apenas no segundo filme, O Império contra-ataca, onde embalado pela trilha sonora ele se tornou um dos maiores vilões da história do cinema, e ainda protagonizou a clássica cena, onde ele diz: "Luke eu sou seu pai". Então podemos esperar um Kylo Ren muito pior no Episódio VIII, só que dessa vez, sem o momento redenção, que houve com Vader em O Retorno de Jedi, quem viu o filme sabe o motivo. A inserção de outros novos personagens foi feita com sucesso, é é nesse contexto que entram o Stormtrooper desertor, FN 2187, apelidado por Dameron como Finn, e a catadora de sucata Rey, dois personagens de suma importância, tanto para a o filme, quanto para a sequência da franquia, e que conseguem conquistar seu espaço com muita destreza. A partir dali, os fãs da franquia começam a ser presenteados com verdadeiros momentos nostalgia, pois entram no filme simplesmente Han Solo e Chewbaca. E há muito tempo não víamos Harrison Ford tão a vontade em um papel, ele literalmente parecia estar se divertindo fazendo o Capitão Solo, e pela primeira vez em muito tempo, não vimos mais uma de suas atuações no piloto automático. Com o transcorrer do filme, temos mais boas surpresas, como a aparição de personagens como C3 PO, que está com o braço vermelho, mas porque? R2-D2, e é claro, Leia Organa, que agora não é mais a princesa Leia, e sim, a General Leia. Vemos uma nova estação, nos moldes da Estrela da morte, só que muito pior, capaz de destruir sistemas inteiros, e que tem como alvo a república. Os filme em si, é pautado por referencias ao Episódio IV - uma nova esperança, talvez por isso a birra de alguns. Inclusive no que diz respeito aos personagens, como também no que diz respeito aos fatos ocorridos tanto nesse filme, quanto no Episódio IV. O fim do filme é realmente de arrepiar, e nos deixa com aquele gosto de quero mais, que só será saciado com a estréia do Episódio VIII, que tem tudo para ser épico. Os efeitos visuais estão simplesmente fantásticos, e dignos do Oscar que irá concorrer, tal como o figurino, que está perfeito. A direção de J.J. Abrahams é impecável, e ele conduz o longa com extrema competência e maturidade. As atuações são brilhantes, e nesse caso, destaque para Harrison Ford, que está brilhante na volta do personagem Han Solo, John Boyega e Daisy Ridley são gratas surpresas, e conseguem chamar a atenção para si em sua primeira aparição na franquia. Oscar Isaac é outro destaque, e está muito bem na pele de Poe Dameron, outro personagem que cativou o público. Análise positiva também para Carrie Fisher, que está forte e intensa como a General Leia Organa. Adam Driver, que interpreta Kylo Ren, está em franca evolução, mas já podemos ver que o vilão tem potencial, talvez não para ser um novo Vader, mas um algoz importante sem dúvidas. O mesmo vale para o Líder Supremo Snoke, que pela prévia que tivemos, seguirá na linha de Darth Sidious. Lupita Nyong'o tem uma participação pequena, porém marcante, como a sábia alienígena Maz Kanata. Peter Mayhew Mayhew está muito bem novamente como o Wookie Chewbaca, e tem uma participação importantíssima. Mark Hamill tem uma aparição sutil, que na verdade é a prévia do Episódio VIII. Em resumo, Star Wars - o despertar da força é uma experiência única, e que merece ser visto por todos os fãs do cinema. Nota: 10
Animação dirigida por Gore Verbinski, diretor responsável pelo que houve de melhor na franquia Piratas do Caribe, pois dirigiu os três primeiros filmes, e que conta com o retorno de sua parceria que deu extremamente certo com Johnny Depp. Pois bem, Rango, literalmente é uma animação autêntica, e única, onde Johnny interpreta um personagem que é bem a sua cara: um camaleão (devido a sua incrível capacidade de adaptação aos mais diversos personagens). Aliás, a animação é mais um filme Western que qualquer outra coisa, e as referências são obvias. A história começa de maneira hilária, com o réptil encenando uma peça de teatro, com vários personagens inanimados, dentro de seu aquário. E a partir dali, após um "quase acidente" na estrada, ele acaba sendo arremessado para fora do carro, e inicia sua jornada rumo a uma hilariante aventura. Aventura essa, que logo no início, tem uma brilhante referência ao filme Medo e Delírio, baseado na obra de Hunter S. Thompson, com Johnny Depp e Benício Del Toro, pois o camaleão, cai precisamente no para-brisas do personagem Raoul Duke (Depp), que fica com sua cara de alucinado, como de costume. Aliás, referências são o que não faltam nesse filme, principalmente no que diz respeito aos filmes Western, e como não pode deixar de ser, vemos uma homenagem a Clint Eastwood, e seu personagem o Homem sem Nome, famoso na trilogia de Sergio Leone. O pequeno e atrapalhado camaleão,começa definitivamente sua saga, quando ele deixa a auto-estrada, e parte em direção ao deserto, onde ele acaba conhecendo Feijão, fêmea de sua espécie, que tem sérios problemas mentais, e acaba o levando a cidade dos bichos no meio do deserto. A partir dali, o estranho lagarto, subitamente se torna celebridade, tudo por conta de alguns atos "heroicos" meramente acidentais, que o transformam no Xerife Rango (nome de uma bebida, que ele utilizou como seu nome). Só que, a situação se complica quando ele realmente assume a postura de herói, e bate de frente por conta da falta de água com o prefeito da cidadezinha, que tem seus próprios interesses. Perto do fim do filme, temos duas aparições muito interessantes, a já comentada referência ao personagem Homem sem nome de Clint Eastwood, e o personagem Jake Cascavel, que atenua ainda mais o clima de faroeste na animação, e se torna um personagem super interessante na trama, um pistoleiro a moda antiga. O final do filme é fantástico, de deixar o espectador grudado na cadeira. Isso tudo em uma animação, que passa longe de ser um filme infantil. Em resumo, Rango é uma animação fantástica, que mistura comédia, suspense, e é claro, o bom e velho faroeste, que é profundamente reverenciado nesse brilhahte filme, que sem dúvida alguma eu recomendo. Nota: 10
Democracia em Vertigem
4.1 1,3K"A democracia só funciona quando os ricos se sentem ameaçados. Caso contrário, as oligarquias tomam o poder: de pai para filho, de filho para neto, de neto para bisneto e assim sucessivamente..."
Democracia em vertigem, dirigido por Petra Costa, indicado ao Oscar de Melhor Documentário. Assistido hoje, 14/01/2020. Impactado e ainda digerindo sua mensagem.
O documentário original da Netflix, dirigido por Petra Costa, destrincha os fatos que levaram ao Processo de Impeachment de Dilma Rousseff em 2015.
De forma extremamente coerente, a cineasta propõe uma reflexão sobre os eventos políticos e todas as articulações que levaram á um processo pura e simplesmente político, onde a verdade era o que menos importava.
Os antecedentes de nosso país também são abordados, e nosso presente é questionado com severidade: porque grande parte do nosso povo deixou de acreditar na democracia, porque muitos se tornaram amantes do autoritarismo e da repressão? Como diria Renato Russo: "Que país é esse?"
Falando em nossos antecedentes, de maneira corajosa, a diretora põe a cara a tapa ao expor o passado da própria família, cujo avô enriqueceu durante a Ditadura Militar, devido aos contratos de sua empreiteira com os Governos Militares. Contrastando com a história de seus pais, que foram perseguidos pelo regime.
A Guerra iniciada pelo Impeachment, que nos dividiu irremediavelmente também é muito bem abordada, porém, como toda guerra concatenada por ideais torpes, não existe uma explicação para tamanha loucura, tal como para a devoção adquirida pelo "outro lado". Os Siths que cresciam no seio da República. E talvez Eduardo Cunha fosse o Palpatine dessa encrenca das galáxias. Isso até Bolsonaro surgir com sua falácia absurda e que estranhamente ganhou o apoio de boa parte da população.
Uma democracia nasce morta, quando os interesses de apenas parte da população são levados em conta. E isso fica claro no documentário quando alguns dos parlamentares são questionados quanto aos objetivos do Processo de Impeachment... Nenhum argumento realmente se sustenta, e o circo midiático parece apontar para outra coisa. A democracia respira por aparelhos em nosso país.
1964: O Brasil Entre Armas e Livros
3.1 333Respeitando a visão política de cada um, mas ao mesmo tempo analisando o objetivo dos realizadores do documentário, é obvio, que os envolvidos se aproveitam da onda reacionária que tomou conta do país, para sim, tentar uma espécie de revisão fajuta da história. Pois somos seres pensantes, e sabemos que tal idéia não poderia surgir em outro momento histórico.
Independentemente de você ser de direita ou de esquerda, fato é: o Brasil viveu sim, uma Ditadura a partir do ano 1964, e ela trouxe graves consequências para a nossa nação. Pessoas fora. executadas, torturadas, exiladas, silenciadas, a arte sofreu com a censura, tal como a imprensa, a inflação esteve nas alturas, a corrupção era absurda... Quem duvida, consulte a história da modelo e jornalista Leila Cravo.
Tenho visto muitas pessoas falarem a respeito do documentário como verdade absoluta, tapa na cara da esquerda, a voz da razão...
Mas, tal como os documentários sobre o outro lado são vistos como extremamente parciais, é impossível crer que esse não seja...
Aliás, vale lembrar aos amigos cinéfilos, que uma grande cineasta, chamada Leni Riefenstahl, fazia brilhantes "filmes propaganda" sobre o Regime Nazista, vide O Triunfo da Vontade, com estética apurada e angulos extremamente inovadores, porém, com uma narrativa extremamente tendenciosa, e que de fato, oculta a verdade sobre o que realmente era o Nacional Socialismo naquela época. Outro exemplo foi o documentário Mein Kampf, com cenas coletadas pelo próprio Joseph Goebbels, que serviria como propaganda positiva do regime nazista, mas que acabou sendo escondido pelo teor de suas imagens, que poderiam ter impacto negativo com a população.
Tal fato se evidencia também em nosso país, quando vemos que há muitas lacunas em aberto em relação ás crueldades cometidas pelos militares, e que pela nossa situação de revisionismo histórico, não virão a tona tão cedo.
A Idade do Ouro
3.8 85A Idade do ouro.
Essa é certamente uma das mais importantes obras de Buñuel, é por consequência do movimento surrealista.
Um filme que claramente expõe problemas sociais que nos afligem até os dias de hoje. O que faz dele um filme tão clássico, quanto atual.
O filme começa com uma magnífica cena onde os protagonistas são escorpiões. E é baseado no comportamento desses aracnídeos, que Buñuel vai traçar o perfil comportamental dos personagens do longa: seres territoriais, traiçoeiros, vorazes e letais...
A cena toda é muito bem feita, com a perfeita sincronia entre os animais, ambiente e o movimento da câmera. O que demonstra a aptidão que o diretor tinha para trabalhar com animais. Algo que assombrava outros gênios da Sétima Arte. Kurosawa que o diga...
Dos escorpiões, como de costume no surrealismo, o foco passa a ser um grupo de quadro padres em uma montanha, esses homens até por suas vestimentas, vem a representar os primórdios do cristianismo...
Dali a história segue com um grupo de camponeses, que parecem aguardar a chegada de alguém.
Algo que se apresenta como a chegada de cidadãos colonizadores, e é aí que o filme realmente começa. Tal como suas críticas sociais.
Inicialmente vemos pessoas de alta classe descendo de embarcações, mas o que era perfeito se torna inicialmente chocante com os cadáveres dos padres inicialmente citados.
As críticas começam ferrenhas, já na primeira cena do casal protagonista.
Onde o desejo e o sexo são reprimidos como uma praga por aqueles cidadãos extremamente puritanos.
Depois disso temos uma referência bíblica, onde os colonizadores fundam sobre uma Pedra a Cidade de Roma Imperial, onde seria a sede da Igreja. Um gancho nas palavras de Jesus a Pedro: "sobre essa pedra edificarei a minha igreja".
Só que com muita astúcia Buñuel observa que, o pilar dessa Santa Igreja, na verdade é o antigo antro do paganismo. Onde os mártires do início do filme pereceram. Fazendo assim duras críticas a estrutura da instituição religiosa mais poderosada terra.
A partir dali, várias críticas sociais se desenrolam, com foco maior na elite, pouco preocupada com algo além de suas futilidades, ou como no caso do protagonista, dos seus desejos. Mostrando o quanto o desejo pode consumir não só o indivíduo como o que está ao seu redor.
O desprezo pela vida humana, tal como a hipocrisia em relação a não ortodoxia, são veementemente criticados em cada cena.
O final mostra o quão hipócrita e assassina pode ser a dita "sociedade civilizada", que vive apenas da aparência. Não importa o quão atroz sejam suas atitudes.
As atuações são extremamente brilhantes, com destaque para Gastón Modot, que tem uma atuação impecável.
Os elementos surrealistas, como as lágrimas com sangue, uma vaca sobre a cama, o as mais hora com, hora sem dedos são um espetáculo visual a parte.
A fotografia é magnífica, tal como a trilha sonora.
Em resumo, A Idade do Ouro é, na minha opinião, a obra prima máxima de Luís Buñuel, e funciona como um verdadeiro soco na mente, para nos colocar em nosso devido lugar enquanto cidadãos. Pois os falsos conceitos morais que nos regem, simplesmente não existem.
10/10
Moscou Contra 007
3.7 198 Assista AgoraMoscou contra 007, o segundo filme da franquia encabeçada pelo espião mais famoso do cinema, o britânico James Bond, e é também, um dos melhores filmes da sequência até aqui.
Em Moscou contra 007, temos novamente Sean Connery vivendo o espião inglês James Bond, que terá que lidar com os efeitos colaterais dos eventos do primeiro filme: 007 - contra o Satânico Dr. No.
A organização conhecida como Spectre mais forte do que nunca, e agora tem um audacioso plano, envolvendo os russos, e o Serviço Secreto Britânico, que consiste no roubo de uma máquina decodificadora, o que na verdade é uma grande cilada elaborada para matar James Bond, como retaliação pela morte do Dr. No no primeiro filme.
É neste cenário, de intrigas e mais intrigas, clima típico de um filme de espionagem ambientado na época da Guerra Fria, que o filme se desenha, e é nessa atmosfera que vemos a brilhante evolução de Connery como James Bond.
O filme transcorre em um ritmo muito dinâmico, e novamente temos os elementos clássicos de um filme de James Bond, a trilha sonora oficial da franquia, uma abertura ainda mais impressionante do que a do primeiro filme, diga-se de passagem, uma das melhores da história da franquia. Vemos novamente um James Bond galanteador, e como de praxe, se envolvendo em um turbilhão de problemas por conta disso.
Mas o filme também nos apresenta algumas novidades interessantes, como por exemplo, a primeira mulher a ser uma vilã da franquia, a General Soviética Rosa Klebb, brilhantemente interpretada pela cantora Lotte Lenya.
Temos nesse filme também um vilão que não precisa sequer mostrar o rosto para ser apavorante, alguém que tememos apenas pela voz, e que conhecemos pela figura de um gato, o Senhor Stavro, que conhecemos pela voz de Anthony Dawson, um vilão que só seria visto em Com 007 só se vive duas vezes.
Temos nesse filme também o primeiro "Brucutu" a fazer sucesso na franquia, trata-se do ator Robert Shaw, que anos mais tarde se consagraria com filmes como: Golpe de Mestre, O Homem que não vendeu sua alma, O Comando 10 de Navarone e Tubarão, e que teve nesse filme, sua primeira grande oportunidade no cinema. E ele não decepcionou. Vivendo um psicótico assassino de aluguel, contratado pela Spectre, ele se fez valer de seu 1,80 M, para fazer da vida de James Bond e de seus aliados um verdadeiro inferno, inclusive a cena de embate entre ele e Bond no trem, está entre as melhores do filme. Além de sua performance brilhante, como um falso agente britânico enviado para ajudar James Bond, algo que designou com tamanha destreza.
Temos nesse filme uma nova Bond Girl, e é claro, um novo affair de Bond. Trata-se Tatiana Romanova, uma agente Russa que tem a missão de fazer um jogo duplo, onde ele deve manipular James Bond, sendo que a mesma é manipulada pela Spectre, porém ela acaba se apaixonando por James Bond. A belíssima Daniela Bianchi interpreta a jovem russa, e obtém grande destaque, não só por sua beleza, mas por seu talento, pena que ela parou por ali, e não fez muita coisa no cinema.
Sean novamente tem uma atuação irrepreensível, que mostra o quanto ele era o ator perfeito para o personagem. O perfeito 007.
A direção do filme é assinada por Terence Young, o mesmo diretor do longa anterior, e que novamente faz um trabalho impecável, já que são dele, dois dos melhores filmes da história da franquia.
Em resumo, Moscou contra 007 é um filme essencial para qualquer cinéfilo...
Nota: 10
007 Contra o Satânico Dr. No
3.7 293 Assista Agora"My name is Bond, James Bond"... Uma frase que nos apresenta a um dos mais importantes personagens da história do cinema, e que daria vida a franquia mais estável e duradoura da história do cinema. Ambientado nos livros de Ian Flemming, 007 nos apresenta um espião britânico diferente de tudo o que já havíamos visto no cinema: inteligente, audacioso, destemido, galanteador, frio... Um personagem que teve sua personificação pelas mãos do brilhante Sean Connery, que literalmente passou para as telas tudo o que o Espião James Bond deveria ser, e se transformou, até os dias de hoje, no maior 007 da história da franquia. A abertura do filme com a trilha sonora que se tornaria um clássico na história do cinema, e é claro a caminhada de Bond somada ao tiro na tela, impactaram de maneira mais do que positiva, tanto ao público, como a crítica. A história se passa no período da Guerra Fria, e nos apresenta um espião britânico pronto a combater as ameaças comunistas, e é claro, sempre apto a seduzir belas mulheres, outro detalhe que notabilizaria o personagem durante os 24 filmes da franquia. Nesse filme James Bond é enviado a Jamaica para desvendar o desaparecimento de um Agente Britânico, e de sua assistente, chegando lá, ele acaba se envolvendo em uma grande conspiração, e descobre que um chinês dono de uma Ilha local, pode ser o responsável, não só pelos sumiços, como também por um plano que coloca o mundo em risco. Nesse filme conhecemos o primeiro algoz de James Bond, a estrutura do MI-6, e uma organização que seria responsável pelas grandes conspirações no mundo: a Spectre. Sean Connery tem uma brilhante atuação no filme, como já disse anteriormente, mas ele não brilha sozinho, o filme todo tem uma estrutura muito interessante, o trabalho de direção é perfeito, e as cenas de ação são muito bem elaboradas, e o elenco de apoio não deixa a desejar, e nesse ponto devemos dar destaque a primeira Bond Girl: Ursula Andrews, e ao primeiro vilão da franquia: Joseph Wiseman, o Satânico Dr. No, que é apenas uma pequena parte de uma grandiosa organização criminosa. E falando em Dr. No, o suspense feito em torno do personagem foi um trunfo do filme, já que sua identidade só fora revelada no momento certo, o que deu um ar de suspense e mistério ao temido vilão, que consegue se impor até pela voz, na cena em que ele questiona um de seus seguidores sobre o porque Bond ainda vive. E quando ele finalmente aparece, não nos decepciona, com suas mãos artificiais, toda a sua malícia e frieza, vemos ali, um vilão que certamente amaríamos odiar. O desfecho da obra é perfeito, e as locações foram muito bem escolhidas, tal como as cenas, tanto de ação, quanto de suspense, que são feitas com muita destreza. Em resumo, esse primeiro filme da franquia 007, é um filme obrigatório para qualquer cinéfilo, e com certeza, merece ser visto e apreciado, como toda essa fantástica franquia. Nota: 10
Edward Mãos de Tesoura
4.2 3,0K Assista AgoraO primeiro filme de uma longa e estável parceria da dupla Depp - Burton, é também um dos melhores. A história é incrivelmente diferente, aliás,bem a cara de ambos, a fotografia é impressionante, e a atuação de Johnny atinge a perfeição. Um filme que marcou uma geração, e trouxe o na época, jovem ator, Johnny Depp, ao centro das atenções, pois a partir dali, podemos dizer, que, estava nascendo um verdadeiro mito do cinema. Já Tim Burton, se consolidava, como um grande diretor, principalmente pelo fato de, seu cartão de visitas, ter sido o hilariante Os Fantasmas se divertem (1988), no qual o diretor passou a ser mais visado. Winona Ryder também merece destaque nesse trabalho, pois teve uma grande atuação. É uma pena que, hoje em dia, esteja tão sumida, pois talento ela tem de sobra (vide Garota interrompida, Os fantasmas se divertem, Outono em Nova York...). Edward - mãos de tesoura é um trabalho brilhante e único, que somente a mente magnífica de Tim Burton, poderia idealizar, e somente o gênio Johnny Depp, poderia de forma magistral, dar vida a esse carismático personagem... Em resumo, um excelente filme, que merece ser visto por muitas, e muitas gerações. Simplesmente brilhante. Nota: 10
Diário de um Jornalista Bêbado
3.0 774 Assista grátisUm dos trabalhos mais contestados de Johnny Depp. Porém acho que foi de certa forma mal compreendido. Tem uma história interessante, apesar de alguns momentos um pouco lentos. As atuações em si, foram boas, mas faltou, para a maioria, um algo a mais. Porém valeu pela atuação de Depp, e pelo conteúdo do longa em si, que é bem diferente do convencional. Mas infelizmente, dificilmente aqueles que não estão familiarizados com os conceitos do jornalismo gonzo, irão apreciar esse filme, tal como Medo e delírio, outro filme de Johnny, baseado em obra de Hunter S. Thompson... A história em si tem um pouco de drama, e ao mesmo tempo de comédia, e toca em assuntos muito sérios, como o alcoolismo, e principalmente e corrupção. Outros nomes que merecem destaque no elenco são: Aaron Eckhardt, que vive um magnata com seus próprios interesses em fatiar o território da Ilha caribenha onde ele se alocou, e mostra total desdenho em relação ao povo nativo, que vive em extrema miséria. Giovanni Ribibsi é outro que merece destaque, pois vai muito bem no papel de um jornalista que literalmente destruiu sua carreira por conta de seus vícios, Spoiler:. Amber Heard está linda no filme, e tem um papel bastante sensual e provocante, não a toa Depp começou um relacionamento com a mesma a partir dali. As locações foram muito bem escolhidas, e o figurino está perfeito, tal como sua trilha sonora. Em resumo, na minha opinião um bom filme, mas não recomendo a todos, pois não é de fácil aceitação. Nota: 8.0
Do Inferno
3.6 472Excelente filme. Adaptado de uma Hq, a história se passa na Inglaterra no fim do século 19,período esse, onde Jack "o estripador", começou a fazer suas vítimas. O filme aborda, em forma de teoria de conspiração, os reais motivos que levaram a carnificina orquestrada por Jack.
Johnny Depp tem atuação de destaque, no papel do investigador dos assassinatos, aliás, mais um papel bem a sua cara, sombrio e mentalmente prejudicado, o que faz com que ele caia como uma luva no filme. Heather Graham, também tem uma atuação destacada, no papel de uma das prostitutas, que são alvos em potencial do misterioso assassino de Londres.
A história do filme é muito bem conduzida, e você é levado por várias linhas de pensamento, até descobrir o chocante motivo por trás de todas as mortes. Outro detalhe que torna o filme ainda melhor, é o de que, o mistério que o cerca, não ser descoberto com facilidade, e a tensão fica até as últimas cenas.
O trabalho dos irmãos Hughes na direção do longa, está perfeito, apesar dos poucos trabalhos de sucesso da dupla, que além desse filme, foram muito bem em O Livro de Eli.
Em resumo, Do Inferno é um excelente suspense, e eu recomendo.
Nota: 10
Arizona Dream: Um Sonho Americano
3.5 78 Assista AgoraArizona Dream, um filme desconhecido da maioria, e que foi o projeto escolhido por Johnny Depp ao invés de Entrevista com o Vampiro, que acabou se tornado um grande sucesso. Pois bem, o filme apesar de não ser tão conhecido é bem interessante, apesar de ser um tanto diferente do convencional, e de certa forma, meio louco. O filme se divide basicamente em dois gêneros: drama e comédia, mas se sai melhor no segundo quesito. A trama conta a história de um jovem chamado Axel (Johnny Depp), que foge da calmaria do interior rumo a cidade grande, mas que é forçado a voltar a sua terra para o casamento de seu tio. Axel tenta de todas as formas fugir das tradições familiares, e não quer sob hipótese alguma, assumir a concessionária de sua família. Soma-se a isso, o fato dele ser obcecado por peixes, e ser um tanto perturbado mentalmente, aspectos do personagem que Depp conseguiu absorver com maestria. O tio de Axel, é interpretado por ninguém mais ninguém menos que Jerry Lewis, o mito da comédia, que faz um papel relativamente sério, e o desempenha razoavelmente bem, porém não com a mesma destreza que apresentava no gênero que o consagrou. Outro destaque positivo no elenco é a vencedora do Oscar Faye Dunaway, que interpreta uma viúva que vive com sua enteada, e pela sua sensualidade é sempre o alvo dos olhares maliciosos de todos na cidade, inclusive de Axel. Mas Faye consegue mostrar algo além da sensualidade da personagem, e aponta para seus graves problemas de personalidade, suas loucuras, e o desejo de criar um planador a qualquer custo. Lilli Taylor interpreta a enteada, que é uma jovem depressiva e uma suicida em potencial que se sente atraída pelo personagem de Depp, que por sua vez, está flertando com sua madrasta. Lilli consegue passar muito bem ao espectador as aflições de sua personagem, uma jovem problemática e rejeitada, e acaba de certa forma roubando a cena no longa. Vincent Gallo fecha o elenco e tem uma atuação hilária no papel do primo de Axel. O diretor Emir Kusturica faz um trabalho interessante de direção, porém o roteiro peca em alguns detalhes importantes, como a história dos esquimós no início do filme que acabou ficando desconexa, ou mesmo o peixe voador que aparece para Axel, que ficou totalmente sem sentido. Algumas tiradas de humor também não foram felizes, e o filme perde muito tempo na construção do planador, se tornando pouco dinâmico. A fotografia é interessante, e as locações foram bem escolhias. Em resumo, Arizona Dream é um bom filme que eu recomendo. Nota: 7.5
O Turista
3.3 3,3K Assista AgoraO Turista, um filme tão criticado, tanto pela mídia, quanto por parte do público. Mas honestamente, ainda não entendo o porque. É obviamente, o caso de um blockbuster, feito com o objetivo de angariar altos valores de bilheteria, e nesse propósito, ele vai perfeitamente bem. O filme reúne dos grandes astros, que até aquele momento, não haviam trabalhado juntos, e que viviam um grande momento em suas carreiras. A belíssima Angelina Jolie, que vinha muito bem, no quesito ação após Salt e O Procurado. E o astro mais idolatrado de Hollywood, Johnny Depp, que na época, vinha de um enorme sucesso de bilheteria, no filme Alice no país das maravilhas. O filme é bem diferente do que Depp, costuma fazer, já que, tramas de ação como essa, não são sua especialidade, de certo modo, podemos dizer que, até ali, Johnny só havia feito um filme, que poderia se comparar ao então novo projeto, o longa Tempo Esgotado (1995). Já para a musa Angelina Jolie, não havia novidade alguma, já que, tramas como essa, são uma de suas especialidades. Por todos esses fatores, posso considerar que, o filme, deu certo, sim. Embora esteja distante do melhor, tanto de Depp, quanto de Jolie. Johnny Depp, em alguns momentos do filme, deixa transparecer traços de seu personagem mais marcante, o Capitão Jack Sparrow, a corrida pelos telhados na fuga do hotel é uma prova disso, pois não há como não lembrar do Pirata, vendo aquele jeito de correr. Angelina consegue se manter em sua linha de atuação. Sempre sensual, e com aquele ar de mulher fatal, porém nesse caso, com mais compaixão e emoção, do que de costume. O filme não economiza em cenas de ação, e momentos tensos, além do final surpreendente, o romance de Depp e Jolie, é que ficou muito cansativo, pois parece que, nesse quesito os astros não tiveram muita química, mas nada que prejudique muito a trama, com exceção de algumas cenas um pouco arrastadas. Muitos inclusive censuram a atuação de Johnny Depp, Angelina Jolie e o próprio filme em si, mas vale lembrar que, os três, foram indicados ao Globo de Ouro, na categoria Comédia / musical, o que mostra, no mínimo, que o filme não foi tão ruim como a crítica disse. Em resumo, O Turista é um bom filme, e eu recomendo, porém, como entretenimento, pois está longe de ser uma história super elaborada, mas sem dúvida alguma, é bem divertido. Nota: 7.5
Gilbert Grape: Aprendiz de Sonhador
4.1 1,1K Assista AgoraGilbert Grape aprendiz de sonhador, um trabalho fantástico de Lasse Halstrom, que na minha opinião é até hoje o maior desse diretor. Um filme que consegue tocante, capaz de nos fazer refletir sobre muitas coisas. Até porque o filme mostra o cotidiano de uma família comum, com problemas que muitos de nós podemos passar, e ao mesmo tempo aborda questões importantes, como preconceito, obesidade, depressão e autismo, todos esses assuntos abordados de forma ampla e muito perspicaz. Pois bem, o filme conta a história de Gilbert Grape, interpretado por Johnny Depp, no papel que definitivamente o consagrou como grande astro em Hollywood, em uma de suas atuações mais memoráveis até hoje, onde conseguiu passar ao espectador todas as angústias, frustrações e expectativas de um jovem que mora em uma cidadezinha do interior onde nada acontece, tem de trabalhar para sustentar sua família, e convive com vários dramas pessoais. O personagem título tem uma vida definitivamente frustante, onde não há expectativa de melhora. O personagem trabalha, e mantém um caso com uma rica mulher casada, sustenta suas duas irmãs, sua mãe que sofre de obesidade mórbida desde o suicídio de seu pai, e seu irmão autista, Arnie Grape, interpretado de forma magistral, pelo na época jovem e desconhecido Leonardo DiCaprio, e diga-se de passagem, o personagem de coadjuvante é tão intenso e bem interpretado que rouba a cena inclusive do protagonista, não a toa, Leo recebeu ali, sua primeira indicação ao Oscar, e podemos afirmar também que, ali, ele sofreu sua primeira injustiça, já que ele fora muito superior ao vencedor daquele ano, Tommy Lee Jones, por O Fugitivo. Juliette Lewis entra com o filme já em curso, e tem um papel muito importante, pois é aquela que transforma literalmente Gilbert em um aprendiz de sonhador, pois ela é a personagem responsável por mostrar a ele que existe muito mais para viver do que a realidade que o cercava. A o roteiro do filme é muito bem montado, e a trama é muito bem conduzida por Halstrom, que consegue tirar o máximo de casa ator, e fazer um filme fantástico e inesquecível. A locação foi muito bem escolhida, tal como o figurino e a fotografia, que nos remontam a realidade de uma pacata cidade do interior nos E.UA., e o modo de vida de suas habitantes. Em resumo, Gilbert Grape é um excelente filme, que eu recomendo a todos os que amam a 7ª arte. Nota: 10
O Cavaleiro Solitário
3.2 1,4K Assista AgoraO Cavaleiro Solitário, adaptação de uma história a muito conhecida, e que ganhou uma versão um pouco diferente do convencional. A proposta de Gore Verbinski era basicamente a mesma que foi muito bem sucedida em Piratas do Caribe, onde ele é o diretor dos 3 primeiros filmes, e trazer a tona um gênero antigo, nesse caso um faroeste, com uma pegada totalmente inovadora. E apesar do que dizem os críticos e boa parte do público, eu vou contra, e digo que Verbinski foi bem sucedido em sua ideia, e o filme funciona, e muito bem, dentro de sua proposta. O filme começa em uma exposição de um museu onde, o primeiro protagonista nos é apresentado: o Índio Tonto, interpretado por Johnny Depp, que mais uma vez rouba a cena com um personagem cômico, e, de coadjuvante se torna a grande atração do filme. O filme transcorre como uma narrativa, onde Tonto, que estava lá como se fosse um velho índio empalhado, começa a contar a um menino as suas proezas junto com aquele que ficara conhecido como o Cavaleiro Solitário. Armie Hammer vive o personagem título, que antes de se tornar a lenda, passa por todo um processo de evolução: de um advogado covarde e super correto, a um fora da lei, valente e heroico. E toda essa evolução é feita com muito critério, de forma que o filme não atropela as etapas. O que muitos possam ter reclamado, as 2 horas e 30 minutos do filme, na minha opinião foram extremante necessárias para o desenvolvimento da história, de forma que, o filme se passa de uma forma tão dinâmica que sequer percebemos todo esse tempo. Tom Wilkinson é outro integrante de um estrelado elenco, e vive o grande vilão da trama, responsável por assassinatos, e movido pela insaciável sede de poder, quer construir uma ferrovia a qualquer custo, mesmo que seja preciso dizimar os índios locais. E como sempre ele desempenha o seu papel com destreza. Helena Bohan Carter é um ponto não tão positivo, pois sua personagem tinha um enorme potencial, porém foi mal aproveitada, e pouco a notamos no longa. Com exceção dos momentos onde há disparos da carabina que está no lugar de sua perna. A reconstrução da época do Velho Oeste foi brilhante, e o filme acabe de certa forma sendo uma homenagem ao gênero Western. A maquiagem e o figurino são outro ponto positivo a destacar, tal como os efeitos visuais. Em resumo, O Cavaleiro Solitário é um excelente filme, que foi injustamente massacrado pela crítica, já que tem todos os elementos de um grande filme, se você ainda não assistiu, não ouça os comentários negativos, veja e tire suas conclusões. Em recomendo sem dúvida alguma. E vale lembrar que o gênio Quentin Tarantino elegeu esse filme como um dos melhores dos últimos 10 anos, vindo de alguém como ele que é um verdadeiro cinéfilo, nós temos que conferir. Nota: 8
Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet
3.9 2,2K Assista AgoraUm filme acima de tudo diferente. Diferente de tudo que já vimos da dupla Burton-Depp, do que vimos em musicais e mesmo, do que já vimos no cinema. Musicais muitas vezes são de difícil aceitação, imagine então, um musical macabro, adaptado de um sucesso da Broadway. Mas em Sweeney Todd, tudo parece conspirar a favor. Primeiramente, Tim Burton consegue reunir um elenco recheado de grandes estrelas, encabeçado por Johnny Depp, que conta ainda com Helena Bohan Carter, Alan Rickman, Sacha Baron Cohen e Timothy Spall. Outro ponto a se destacar, foi a fotografia. Bem ao estilo Burton, com aquele ar sombrio, só que desta vez, muito mais sinistro, e com toda a elegância e mistério que cercam a cidade de Londres do fim do século 18, época em que, reza a lenda, o barbeiro Benjamin Barker atacava. A trama do filme é excelente, e a condução da obra foi perfeita, já que, praticamente todos os diálogos aconteciam em forma de música. A mensagem é passada com precisão, e o roteiro não deixa furos. Johnny Depp tem uma das melhores atuações de sua carreira, e surpreende ao soltar a voz no longa. Além das já conhecidas expressões sinistras, que já nos acostumamos a ver em outros personagens caricatos do ator. Helena Bohan Carter, também tem uma atuação de destaque, na pele da Srtª Lovett, e também merece crédito. Ela também se sai muito bem no quesito voz, já que, depois de Depp, a maioria das músicas é interpretada por ela. Um momento que na minha opinião, foi o mais marcante do longa, foi o "dueto" entre Johnny Depp e Alan Rickman, no fim do filme. O momento da vingança do barbeiro, parecia em fim ter chegado. O filme tem apenas pontos positivos a destacar, e é sem dúvida alguma, um dos melhores musicais que tive o privilegio de assistir. Não a toa, o filme recebeu 3 indicações ao Oscar, entre elas, melhor ator para Johnny Depp, que ainda faturou o Globo de Ouro pelo mesmo personagem. Em resumo, Sweeney Todd é um excelente filme, que merece ser visto, mesmo para os que não apreciam musicais, pois sem dúvida alguma, irão se surpreender. Nota: 10
Ed Wood
4.0 583 Assista AgoraEd Wood... Que diria que o pior diretor da história da humanidade renderia um filme tão bom? Mas isso realmente acabou acontecendo, e Ed Wood consegue agradar a todos os fãs da 7ª arte. Segundo trabalho da Dupla Burton / Depp, é também um dos melhores, e entra fundo no mundo particular do mentalmente prejudicado Ed Wood, e mostra todo o universo cinematográfico trash criando por ele, ao mesmo tempo que mostra sua personalidade excêntrica e seus gostos peculiares. Johnny Depp incumbido de interpretar o personagem título, tem uma de suas atuações mais marcantes na carreira, e consegue passar ao público uma visão, sem máscaras de quem era Ed Wood, de forma que qualquer um ao assistir, consiga realmente entrar no universo do excêntrico cineasta. Inclusive na sua exótica mania de se vestir como mulher, mesmo não sendo homossexual, tal como sua teimosia, que fazia com que ele não enxergasse o óbvio: seus filmes eram horríveis. Outro destaque do filme é Martin Landau, que interpreta o eterno Drácula, e um dos caras mais azarados da história do cinema: Bela Lugosi. A atuação de Landau foi tão espetacular que o mesmo acabou vencendo o Oscar de Melhor ator. Sarah Jessica Parker e Bill Murray completam um elenco pra lá de estrelado, e tem atuações bastante convincentes. A fotografia do filme em preto e branco é simplesmente maravilhosa, e se mostra uma decisão mais do que acertada de Tim Burton, que faz um trabalho impecável nesse filme, sempre tirando o melhor de cada ator, e tirando proveito do visual sombrio, algo que ele sempre fez muito bem. Outro destaque pra lá de positivo fica por conta da maquiagem e figurino, que conseguiram transformar os atores precisamente em seus respectivos personagens. Não há como não olhar para Johnny Depp e Martin Landau por exemplo, sem ver Ed Wood e Bela Lugosi em pessoa, e isso foi um trunfo que soube ser muito bem explorado no longa. Em resumo, Ed Wood é um filme fantástico, que recria a trajetória de um louco genial, que ficou marcado como o pior diretor da história do cinema. Super recomendado a todos os amantes da 7ª arte. Nota: 10
Tempo Esgotado
3.3 178Diferente de tudo o que Johnny Depp já fez até aqui na carreira. Um filme de ação, onde ele de "cara limpa", interpreta um pai, que, faz o que for preciso para salvar a filha. E na trama do filme, o "necessário", é matar uma candidata a governadora, para evitar o assassinato da filha. A trama se desenvolve muito bem, e em vários momentos, a tensão do personagem é passada para o espectador. Um filme que, se tem alguns momentos de lentidão, compensa com algumas cenas alucinantes. A atuação de Depp é excepcional, embora ele não tenha o perfil exato de um ator de filmes de ação, mas conseguiu improvisar muito bem. Outro ponto a destacar, é o gênio Christopher Walken, que tem uma excelente participação como o vilão da trama. O desfecho do filme é perfeito, não haveria final melhor. Em resumo, é um excelente filme, e eu recomendo. Nota: 7.0
Transcendence: A Revolução
3.2 1,1K Assista AgoraUma enxurrada de críticas, assim podemos definir as reações ao filme Transcendence - a revolução. Obviamente, não se trata da melhor obra de Johnny Depp até aqui, porém, existem pontos muito positivos a destacar, e como filme de ficção, traz a tona fatos interessantes de pesquisas que, antigamente consideraríamos apenas obra de cinema (sim, o filme fala, com liberdades artísticas, sobre uma pesquisa real). O tema abordado em Trancendence é o da regeneração do tecido humano, e ao mesmo tempo, a transferência da consciência humana para uma máquina, fazendo assim, um computador inteligente, com a mente de uma pessoa, que o corpo acabara de falecer, dois pontos que vem sendo estudados pela ciência, e vem sendo tratados como uma possibilidade para daqui a 50, 60 anos talvez. Nesse quesito, o filme obteve sucesso, apesar é claro, de alguns exageros, mas que são irrelevantes se considerarmos a mensagem em si. O grande problema do filme em minha opinião, é que, com uma grande quantidade de astros, muitos deles tiveram atuações apagadas. Johnny Depp mesmo, não entrega sua melhor atuação, embora esteja longe de ser ruim. Rebecca Hall também tem boa participação no longa. Paul Bettany e Morgan Freeman tem atuação bastante apagada. Em alguns momentos, o filme transcorre em um ritmo bastante lento, e para alguns, pode se tornar cansativo. Em resumo, na minha opinião, um bom filme, porém recomendo para aqueles que estejam interessados em conhecer um pouco mais sobre essas pesquisas científicas, ou a pessoas que possam assisti-lo sem preconceitos pelos comentários. Assistam e tirem suas conclusões, eu particularmente gostei. Nota: 7.0
A Hora do Pesadelo 6: Pesadelo Final, A Morte de …
3.0 377 Assista AgoraApesar de ser fã da franquia: A Hora do Pesadelo, devo admitir que, esse foi, disparado, o pior filme da sequência. A história é totalmente desconexa, os personagens são insossos, e o próprio vilão (Freddy Krueger), está mais para um comediante, que um sádico vilão de filmes de horror. Algumas cenas bastante constrangedoras marcam o longa, mas a pior delas é protagonizada por Breckin Meyer, onde ele literalmente é controlado por Freddy como se fosse parte de um jogo de videogame, absurdamente patético. Claro que existem pontos positivos a se destacar, como por exemplo, o fato de descobrimos sobre um possível filho ou filha de Freddy (para não dar Spoiler em um filme de 1991). Além de algumas mortes interessantes, incluindo a do próprio vilão. A homenagem ao personagem no fim do longa então, foi o ponto alto do filme. Outro detalhe curioso e interessante, é a aparição de Johnny Depp, dentro da TV, falando com o personagem de Breckin Meyer, antes da cena constrangedora citada acima, porém esse trecho específico, é bem legal. Em resumo, o filme é bem limitado, e eu não recomendo. Nota: 4.0
A Hora do Pesadelo
3.8 1,2K Assista AgoraUm brilhante filme de terror. São as únicas palavras que cabem para descrever esse estrondoso sucesso do Mestre Wes Craven. Criação de um gênio, Wes Craven, esse foi, na minha opinião, o melhor filme da sequência até aqui. Robert Englund começava ali a se destacar na pele de seu único personagem de sucesso, o cara literalmente nasceu para interpretar Freddy Krueger, e o fez com extrema destreza. Outro ator que começava a trilhar sua jornada de sucesso nesse longa de 1984, foi ninguém mais ninguém menos que Johnny Depp, um dos astros mais idolatrados de Hollywood, e surpreendentemente, o ainda jovem, teve uma boa atuação. Wes Craven conseguiu o que muitos vão tentar a vida inteira e não conseguirão. Criar duas das maiores franquias da história do terror n ocinema (A Hora do pesadelo e Pânico). O filme no quesito terror é literalmente perfeito. Garante muitos momentos de tensão, além de mortes extremamente chocantes, inclusive a do personagem de Depp, e a partir dali, ficou claro que, o cinema tinha um novo vilão: Freddy Krueger, que conseguia ser sádico e sarcástico ao mesmo tempo, sem contar o fato de que, fora inovador o fato de termos um vilão totalmente diferente, que invade os seus sonhos para de matar... Wes Craven realmente é um mito... Em resumo, um excelente filme, que eu recomendo a todos os fãs do gênero terror. Nota: 10
Alice no País das Maravilhas
3.4 4,0K Assista AgoraUma fábrica de fazer dinheiro. Assim podemos definir Alice no País das maravilhas, que é, até o momento, o filme mais rentável da dupla Depp-Burton. Filme esse que, de certa forma, foi massacrado por muitos críticos, na minha opinião, injustamente. Pois bem, vamos analisar os fatos: O filme é ambientado na clássica história de Lewis Carrol, que até hoje, tinha como melhor adaptação, a animação clássica da Disney em 1951, e que era o grande pupilo de Walt. No quesito adaptação da história, podemos dizer que, Tim Burton foi sim, muito feliz, e conseguiu, ao mesmo tempo ser fiel ao livro, e ao desenho, como também, manter o seu bom e velho estilo sombrio, aliás, o que é a marca da própria história em si. Se formos, analisar as atuações individualmente, temos um grande nome no filme, que, de certa forma, ofusca o restante do elenco, e seu nome é Johnny Depp, que dá vida ao personagem Chapeleiro Louco, e transforma um coadjuvante em protagonista essencial na trama, também pudera, sua atuação caricata, é um dos pontos altos do longa. Mia Wasikovska é quem tem uma atuação em alguns momentos bem vazia, e parece sempre carente daquele algo a mais, algo inclusive que ela não consegue atingir durante toda a trama. Helena Bohan Carter, prova que é uma excelente atriz, e que, tem sim, tino para ser a vilã da história, nesse filme ela tem excelente papel como a Rainha Vermelha. Já a Rainha Branca, interpretada por Anne Hathaway, tem uma atuação um pouco abaixo de seu enorme potencial, e não consegue trazer grande destaque a sua personagem, apesar de um excepcional figurino e maquiagem. Outros personagens que merecem destaque no longa, são o Gato e a Lagarta, dublados respectivamente por Stephen Fry e Alan Rickman, que conseguiram fazer seus personagens serem bem marcantes na trama, principalmente o primeiro, que se tornou um dos símbolos desse novo longa. O figurino também é outro ponto a se destacar, tal como a maquiagem, e principalmente a fotografia, bem sombria, a lá Tim Burton. O personagens feitos através da computação também ficaram perfeitos. E a história não deixa furos, porém deixa uma brecha para uma sequência, continuação essa que está marcada para esse ano, e acredito eu, será excepcional. Em resumo, é um bom filme, que eu recomendo. Nota: 9.0
Enigma do Espaço
2.7 162 Assista AgoraEnigma do espaço, um filme de ficção, que tende a ir para o romance, ou será o contrário? Provavelmente nunca teremos a resposta para tal pergunta, e certamente saberemos que não se trata de um dos grandes trabalhos da história de nenhum dos dois gêneros, mas tem alguns pontos positivos, e é de certa forma, uma trama diferente de tudo o que já vimos até hoje. O filme começa com uma viagem espacial, onde devido a alguns problemas, a Missão e o controle perdem o contato por aproximadamente 2 minutos, isso a principio parece não ser importante, pois os tripulantes voltam a terra, e a princípio nada de anormal acontece. Até acontecer uma misteriosa primeira morte de um dos membros da equipe, e logo após sua esposa acaba cometendo suicídio, e o mistério sobre o caso fica no ar. A partir desse momento, o foco do filme passa para os protagonistas (Johnny Depp e Charlize Theron), e o filme que começara de forma alucinante e misteriosa, tem uma quebra de ritmo, e se torna mais uma espécie de drama/romance, sobre o cotidiano de um casal que parece ser perfeito. As coisas começam a esquentar um pouco quando Jillian (Charlize Theron) descobre que está grávida, mas depois de alguns fatos estranhos que aconteceram entre ela e seu marido (Johnny Depp), e alguns alertas de um funcionário da Nasa, ela acaba acreditando que está sendo hospedeira de um alien. Mesmo assim a história não se desenvolve de maneira tão satisfatória, e em alguns momentos sentimos um lenga-lenga de dar sono. O final do filme é o que vem para salvar toda a trama, já que é bem surpreendente, e deixa o expectador atônito. As atuações de Depp e Theron não estão entre as melhores de suas respectivas carreiras, mas também não são tenebrosas. O maior erro ao meu ver, foi por parte da direção, e do roteiro, pois ambos deixaram muitos furos, e situações por explicar. Os efeitos visuais não são dos mais empolgantes, mas não chegam a ser ruins. Em resumo, Enigma do Espaço é um filme apenas razoável, que em determinados momentos é bem cansativo, inferior ao que sabemos que Johnny Depp e Charlize Theron podem nos oferecer, mas eu recomendo para aqueles que tenham paciência e queiram ver um final surpreendente. Nota: 5.0
Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas
3.6 2,7K Assista AgoraO filme mais fraco da franquia até aqui. Assim podemos definir Piratas do Caribe- Navegando em Águas misteriosas. O filme peca bastante, principalmente no roteiro, já que ele tem algumas cenas que, de tão extensas chegam a ser cansativas (como o duelo entre Jack Sparrow e Angelica), e em dado momento, a história é bastante confusa. Mas obviamente, existem pontos positivos a destacar no filme, e entre eles, obviamente, está Johnny Depp, que pela quarta vez, dá vida ao Pirata Jack Sparrow, e mantém o bom nível de atuação, que mistura o espírito aventureiro do anti-heróis, com o seu bom e velho humor. Os efeitos visuais também são outro ponto a destacar, e nesse quesito, Piratas do Caribe parece sempre manter um bom nível. Já quanto ao restante do elenco, Geofrey Rush, tem boa atuação, na quarta vez que interpreta o traiçoeiro Capitão Barbosa. Porém o mesmo não pode ser dito de grande parte do elenco principal, já que, alguns personagens, pareciam fora de sintonia, como o vilão do filme, o Capitão Barba Negra, interpretado por Ian McShane, que não conseguiu definitivamente cativar o público, e se tornar um vilão de grande relevância, tal como Dave Jones nos dois filmes anteriores, ou o próprio Barbosa no primeiro filme, porém, tem em alguns momentos lampejos de um bom vilão, nada é claro que mude a opinião dos fãs da franquia. Já Penélope Cruz tem um personagem confuso, e bastante mal aproveitado, que em alguns momentos, fica fora de sintonia com o restante do elenco. Outro ponto que parece ter sido diferencial, para a queda de qualidade nesse longa, é a falta que fazem Elizabeth Swan e Will Turner, personagens interpretados por Orlando Bloom e Keira Knigtley, já que o esperado era que, se houvesse uma sequência, ela continuasse do ponto em que o terceiro filme parou. Mas como eu disse anteriormente, existem pontos positivos no longa, e a aventura e humor presentes na trama, o transformam em um filme, se não magistral, uma boa opção de entretenimento para toda a família, com ressalvas obviamente. Em resumo, é um filme de regular a bom, que eu recomendo para aqueles que acompanharam a franquia, ou para quem estiver interessado em um filme, somente por entretenimento. Se você for vê-lo com os olhos de um crítico, talvez seja melhor não assisti-lo. Nota: 7.0
Star Wars, Episódio I: A Ameaça Fantasma
3.6 1,2K Assista AgoraÉ disparado, o filme mais fraco da melhor e mais rentável franquia da história do cinema. Porém, não sou um fã Xiita de Star Wars, a ponto de não identificar vários pontos positivos nesse filme, e por isso vou enumerá-los, e de certa forma, me tornar o advogado desse Episódio tão crucificado. Em primeiro lugar, nesse filme, vemos os traços da antiga república, que seria sucedida pelo Império Galático. Vemos as primeiras crises, e ao mesmo tempo, testemunhamos o início do declínio da ordem Jedi. Podemos testemunhar a formação de Obi Wan antes de ser o mestre Jedi que conhecemos no Episódio IV, ainda como discípulo de Qui-Gon Jin, muito bem interpretado por Liam Neeson. Temos também a oportunidade de presenciar o ainda garoto, Anakin Skywalker, que viria a ser tornar o temido Darth Vader. E também os Droids, R2 D2 e C3 PO, esse último, criação do próprio Anakin. A reconstrução do cenário Galático antes do Império, também é um ponto positivo, e alguns personagens centrais, são introduzidos nesse longa, como por exemplo, Padmé Amidala e Palpatine, futuramente, o grande algoz da trama(Spoiler de um filme que quase todos já viram....). Os efeitos visuais também são muito bons. Agora falando de pontos negativos, acho que nada incomodou tanto (nem mesmo Jar Jar Binks), quanto o mal aproveitado vilão, Darth Maul, que visualmente é um excelente vilão, e tinha um enorme potencial, mas apareceu, morreu, e quase ninguém o notou. E falando em Jar Jar, não entendo o ódio a esse personagem. Obviamente não é nem de longe, um dos melhores personagens da franquia, mas tem uma importância enorme no decorrer das 2ª trilogia. Ewan McGreggor, se não tem uma atuação brilhante, vai no mínimo bem, como o estimado aprendiz de Gon Jinn, e Natalie Portman não nos brinda com uma de suas melhores atuações. Em resumo, é um filme regular, que obviamente, poderia ter sido muito melhor, e é claro, não se compara a trilogia original, porém, está longe de ser um filme descartável. Nota: 6.5
Star Wars, Episódio VII: O Despertar da Força
4.3 3,1K Assista AgoraStar Wars - o despertar da força. Nunca um título parece ter caído tão bem em um filme quanto nesse. Pois o que ele fez foi realmente "despertar" um universo que a muito estava esquecido, jogado em um canto, a mercê de poeira, baratas e ratos, para a tristeza dos milhões de fãs espalhados mundo a fora. Falando nos fãs, o despertar que esse filme propõe, começou pelos próprios, já que, desde o anúncio da produção do Episódio VII, todos os que curtem a franquia, ficaram sobre intensa expectativa. Algo que estava a algum tempo adormecido. Ao sair o primeiro trailer, vimos um "despertar" ainda maior, pois o filme começou a angariar novos admiradores, que impactados com a primeira tsunami de euforia, começaram a acompanhar a franquia, para estar também inseridos entre aqueles que estavam a espera de um grande acontecimento. Pois bem, agora passada toda a euforia, e êxtase gerada pelo pré-lançamento, e pela tumultuada semana de estréia, onde os nervos estavam a flor da pele, vamos analisar esse fenômeno. O filme começa da forma clássica: "a muito, muito tempo, em uma galáxia muito, muito distante", e após isso, vemos subindo o texto que explica o contexto inicial do filme. E o foco do filme é: a busca por Luke Skywalker, que desapareceu a alguns anos, que interessa tanto a Aliança Rebelde, quanto a nova ameaça: a Primeira Ordem. Logo na primeira tomada do filme, somos apresentados a dois importantes personagens: Poe Dameron e o novo e carismático Droid, BB-8. Personagens que se encaixam muito bem nessa nova realidade de Star Wars, e são de suma importância para a sequência da franquia. E a partir dali, somos apresentados a organização conhecida como Primeira Ordem, que veio para continuar o que o Império Galáctico começou, só que, nesse longa, não temos muita ideia de qual foi sua origem, e como tudo se sucedeu após a queda do Império em O Retorno de Jedi. Nesse contexto somos apresentados ao novo vilão: Kylo Ren, que sejamos justos, foi criticado por parte dos fãs, mas quem não se lembra que o próprio Darth Vader, teve seu momento de glória apenas no segundo filme, O Império contra-ataca, onde embalado pela trilha sonora ele se tornou um dos maiores vilões da história do cinema, e ainda protagonizou a clássica cena, onde ele diz: "Luke eu sou seu pai". Então podemos esperar um Kylo Ren muito pior no Episódio VIII, só que dessa vez, sem o momento redenção, que houve com Vader em O Retorno de Jedi, quem viu o filme sabe o motivo. A inserção de outros novos personagens foi feita com sucesso, é é nesse contexto que entram o Stormtrooper desertor, FN 2187, apelidado por Dameron como Finn, e a catadora de sucata Rey, dois personagens de suma importância, tanto para a o filme, quanto para a sequência da franquia, e que conseguem conquistar seu espaço com muita destreza. A partir dali, os fãs da franquia começam a ser presenteados com verdadeiros momentos nostalgia, pois entram no filme simplesmente Han Solo e Chewbaca. E há muito tempo não víamos Harrison Ford tão a vontade em um papel, ele literalmente parecia estar se divertindo fazendo o Capitão Solo, e pela primeira vez em muito tempo, não vimos mais uma de suas atuações no piloto automático. Com o transcorrer do filme, temos mais boas surpresas, como a aparição de personagens como C3 PO, que está com o braço vermelho, mas porque? R2-D2, e é claro, Leia Organa, que agora não é mais a princesa Leia, e sim, a General Leia. Vemos uma nova estação, nos moldes da Estrela da morte, só que muito pior, capaz de destruir sistemas inteiros, e que tem como alvo a república. Os filme em si, é pautado por referencias ao Episódio IV - uma nova esperança, talvez por isso a birra de alguns. Inclusive no que diz respeito aos personagens, como também no que diz respeito aos fatos ocorridos tanto nesse filme, quanto no Episódio IV. O fim do filme é realmente de arrepiar, e nos deixa com aquele gosto de quero mais, que só será saciado com a estréia do Episódio VIII, que tem tudo para ser épico. Os efeitos visuais estão simplesmente fantásticos, e dignos do Oscar que irá concorrer, tal como o figurino, que está perfeito. A direção de J.J. Abrahams é impecável, e ele conduz o longa com extrema competência e maturidade. As atuações são brilhantes, e nesse caso, destaque para Harrison Ford, que está brilhante na volta do personagem Han Solo, John Boyega e Daisy Ridley são gratas surpresas, e conseguem chamar a atenção para si em sua primeira aparição na franquia. Oscar Isaac é outro destaque, e está muito bem na pele de Poe Dameron, outro personagem que cativou o público. Análise positiva também para Carrie Fisher, que está forte e intensa como a General Leia Organa. Adam Driver, que interpreta Kylo Ren, está em franca evolução, mas já podemos ver que o vilão tem potencial, talvez não para ser um novo Vader, mas um algoz importante sem dúvidas. O mesmo vale para o Líder Supremo Snoke, que pela prévia que tivemos, seguirá na linha de Darth Sidious. Lupita Nyong'o tem uma participação pequena, porém marcante, como a sábia alienígena Maz Kanata. Peter Mayhew Mayhew está muito bem novamente como o Wookie Chewbaca, e tem uma participação importantíssima. Mark Hamill tem uma aparição sutil, que na verdade é a prévia do Episódio VIII. Em resumo, Star Wars - o despertar da força é uma experiência única, e que merece ser visto por todos os fãs do cinema. Nota: 10
Rango
3.6 1,6K Assista AgoraAnimação dirigida por Gore Verbinski, diretor responsável pelo que houve de melhor na franquia Piratas do Caribe, pois dirigiu os três primeiros filmes, e que conta com o retorno de sua parceria que deu extremamente certo com Johnny Depp. Pois bem, Rango, literalmente é uma animação autêntica, e única, onde Johnny interpreta um personagem que é bem a sua cara: um camaleão (devido a sua incrível capacidade de adaptação aos mais diversos personagens). Aliás, a animação é mais um filme Western que qualquer outra coisa, e as referências são obvias. A história começa de maneira hilária, com o réptil encenando uma peça de teatro, com vários personagens inanimados, dentro de seu aquário. E a partir dali, após um "quase acidente" na estrada, ele acaba sendo arremessado para fora do carro, e inicia sua jornada rumo a uma hilariante aventura. Aventura essa, que logo no início, tem uma brilhante referência ao filme Medo e Delírio, baseado na obra de Hunter S. Thompson, com Johnny Depp e Benício Del Toro, pois o camaleão, cai precisamente no para-brisas do personagem Raoul Duke (Depp), que fica com sua cara de alucinado, como de costume. Aliás, referências são o que não faltam nesse filme, principalmente no que diz respeito aos filmes Western, e como não pode deixar de ser, vemos uma homenagem a Clint Eastwood, e seu personagem o Homem sem Nome, famoso na trilogia de Sergio Leone. O pequeno e atrapalhado camaleão,começa definitivamente sua saga, quando ele deixa a auto-estrada, e parte em direção ao deserto, onde ele acaba conhecendo Feijão, fêmea de sua espécie, que tem sérios problemas mentais, e acaba o levando a cidade dos bichos no meio do deserto. A partir dali, o estranho lagarto, subitamente se torna celebridade, tudo por conta de alguns atos "heroicos" meramente acidentais, que o transformam no Xerife Rango (nome de uma bebida, que ele utilizou como seu nome). Só que, a situação se complica quando ele realmente assume a postura de herói, e bate de frente por conta da falta de água com o prefeito da cidadezinha, que tem seus próprios interesses. Perto do fim do filme, temos duas aparições muito interessantes, a já comentada referência ao personagem Homem sem nome de Clint Eastwood, e o personagem Jake Cascavel, que atenua ainda mais o clima de faroeste na animação, e se torna um personagem super interessante na trama, um pistoleiro a moda antiga. O final do filme é fantástico, de deixar o espectador grudado na cadeira. Isso tudo em uma animação, que passa longe de ser um filme infantil. Em resumo, Rango é uma animação fantástica, que mistura comédia, suspense, e é claro, o bom e velho faroeste, que é profundamente reverenciado nesse brilhahte filme, que sem dúvida alguma eu recomendo. Nota: 10