Poucas vezes consigo me identificar com as protagonistas dos filmes, acho que elas tendem a ser muito fabricadas. A Frances, por sua vez, é cativante. Eu me vi no desajuste, na imperfeição e no entusiasmo dela, mas sobretudo me vi na busca por autonomia. Esse filme é, antes de qualquer coisa, um filme sobre reconhecimento e autonomia.
Ela inicialmente parece precisar que a Sophie reforce coisas sobre o futuro dela, porque tudo parece incerto e a repetição dos planos delas, feita pela Sophie é como uma lembrança pra ela mesma do que ela pode ou é capaz de fazer. As coisas no filme são colocadas de maneira muito solta: as relações, os lugares onde ela vive ou porque ela sai deles, porque o mais importante é que no fim de tudo, é ela quem escreve o nome dela na caixinha e é por ela que vão procurar quando forem procurar pela dona da casa. Me identifiquei muito com a percepção dela das relações e assim como outras pessoas devem ter feito, anotei o trechinho: "É meio difícil. É aquilo de que, quando você está com alguém e você ama essa pessoa, e ela sabe disso, e ela ama você, e você sabe disso. Mas é uma festa e vocês dois estão conversando com outras pessoas e estão rindo e contentes e você olha para o outro lado da sala e seus olhares se encontram, mas não por possessividade ou nada exatamente sexual, mas porque aquela é a sua pessoa nessa vida. E é divertido e triste, mas só porque essa vida irá acabar e é também um mundo secreto que existe ali, em público, despercebido, que ninguém mais sabe a respeito. É mais ou menos como dizem, que há outras dimensões ao nosso redor mas nós não temos a capacidade de percebê-las."
E foi algo entre o desajuste e o entusiasmo da Frances que me pegou ou ela se reconhecer como alguém inamorável e foda-se, talvez o problema não seja dos inamoráveis e sim do namoro.
Vi o filme ontem e ainda me sinto angustiada. Na verdade, o filme me foi quase um espelho que me colocou ali, assistindo minha incerteza e minha ousadia. Encarando a vida e encarando a morte, afinal as coisas que nos angustiam são as que não podemos evitar.
zzZZZzz apesar do caráter crítico, em alguns momentos o filme cai no clichê "a pobre que virou rica", "o pobre que parece rico" ........ acho que a luta de classes é bem mais virulenta em aspectos que o filme não conseguiu retratar, além disso, atuação bem ruim e meio artificial, enfim, eu não gostei rs
Não costumo escrever comentários, a única coisa que digo sobre esse filme é que na primeira vez que o vi fiquei com o choro preso o dia inteiro. Tocante, fotografia e trilha sonora incríveis.
Comprar Ingressos
Este site usa cookies para oferecer a melhor experiência possível. Ao navegar em nosso site, você concorda com o uso de cookies.
Se você precisar de mais informações e / ou não quiser que os cookies sejam colocados ao usar o site, visite a página da Política de Privacidade.
Frances Ha
4.1 1,5K Assista AgoraPoucas vezes consigo me identificar com as protagonistas dos filmes, acho que elas tendem a ser muito fabricadas. A Frances, por sua vez, é cativante. Eu me vi no desajuste, na imperfeição e no entusiasmo dela, mas sobretudo me vi na busca por autonomia. Esse filme é, antes de qualquer coisa, um filme sobre reconhecimento e autonomia.
Ela inicialmente parece precisar que a Sophie reforce coisas sobre o futuro dela, porque tudo parece incerto e a repetição dos planos delas, feita pela Sophie é como uma lembrança pra ela mesma do que ela pode ou é capaz de fazer. As coisas no filme são colocadas de maneira muito solta: as relações, os lugares onde ela vive ou porque ela sai deles, porque o mais importante é que no fim de tudo, é ela quem escreve o nome dela na caixinha e é por ela que vão procurar quando forem procurar pela dona da casa. Me identifiquei muito com a percepção dela das relações e assim como outras pessoas devem ter feito, anotei o trechinho: "É meio difícil. É aquilo de que, quando você está com alguém e você ama essa pessoa, e ela sabe disso, e ela ama você, e você sabe disso. Mas é uma festa e vocês dois estão conversando com outras pessoas e estão rindo e contentes e você olha para o outro lado da sala e seus olhares se encontram, mas não por possessividade ou nada exatamente sexual, mas porque aquela é a sua pessoa nessa vida. E é divertido e triste, mas só porque essa vida irá acabar e é também um mundo secreto que existe ali, em público, despercebido, que ninguém mais sabe a respeito. É mais ou menos como dizem, que há outras dimensões ao nosso redor mas nós não temos a capacidade de percebê-las."
E foi algo entre o desajuste e o entusiasmo da Frances que me pegou ou ela se reconhecer como alguém inamorável e foda-se, talvez o problema não seja dos inamoráveis e sim do namoro.
O Sétimo Selo
4.4 1,0KVi o filme ontem e ainda me sinto angustiada. Na verdade, o filme me foi quase um espelho que me colocou ali, assistindo minha incerteza e minha ousadia. Encarando a vida e encarando a morte, afinal as coisas que nos angustiam são as que não podemos evitar.
"Devemos fazer de nosso medo um ídolo e chamá-lo de Deus.''
Cronicamente Inviável
4.0 140zzZZZzz apesar do caráter crítico, em alguns momentos o filme cai no clichê "a pobre que virou rica", "o pobre que parece rico" ........
acho que a luta de classes é bem mais virulenta em aspectos que o filme não conseguiu retratar, além disso, atuação bem ruim e meio artificial, enfim, eu não gostei rs
Na Natureza Selvagem
4.3 4,5K Assista AgoraNão costumo escrever comentários, a única coisa que digo sobre esse filme é que na primeira vez que o vi fiquei com o choro preso o dia inteiro. Tocante, fotografia e trilha sonora incríveis.