Watchmen é um dos meus quadrinhos preferidos, e por isso quando soube que a HBO estava fazendo uma série fiquei com medo de estragarem de alguma forma, pegarem a obra do Alan Moore e transformar em exatamente aquilo que ele ironiza no quadrinho.
Mas já comecei vendo adorando por causa do trailer, e percebi que não havia porque ter medo, pelo menos nos primeiros episódios.
Antes de tudo, Lindelof escreveu a história de uma maneira brilhante. Em um episódio de podcast ele contou que usou a técnica de recorte da história, e isso causou perfeitamente com o ritmo da série, apresentando muitas situações que nós ficávamos que nem doidos buscando as respostas.
Falando agora principalmente da série: Até o episódio 6 vem em um crescendo perfeito. É perfeito e simples assim, eu realmente não conseguia achar problema em nenhum desses episódios e cheguei a vê-los mais de uma vez.
Eles servem para inserir quem está assistindo a série nesse universo alternativo em que ela se passa e a história contada é incrivelmente verossímil. Toda a relação com racismo é bem construída e inserida na história, sem ficar em momento nenhum artificial.
A Sétima Kavalaria veio para mostrar que o legado de Moore iria passar para série, a organização é um link tão criativo e bem pensado para o final dos quadrinhos, em que Rorscharch deixa o seu diário na sede do The New Frontiersman, um jornal de direita conservadora que amostrou o diário ao mundo e criou esse novo tipo de manifestante. A forma como a existência desses vigilantes causou esse impacto político gigantesco é um reflexo perfeito do Alan Moore sobre a obra.
Além disso, a forma como a tecnologia evoluiu de forma diferente da nossa e até a presidência do Redford são coisas que criam esse universo de forma que nós acreditemos. Redford como presidente chega a ser cômico, e embora isso talvez parecesse algo que afastasse da realidade, nos tempos atuais isso só aproxima esses universos.
O 6º episódio é um episódio perfeito, o modo como eles gravaram, como editaram e como inseriram a trilha sonora (excelente) causou um efeito de imersão total e chego a dizer que foi o melhor flashback que eu já assisti, amparado pelo recurso narrativo dos remédios Nostalgia, eles conseguiram inserir a confusão de vários momentos que fluem como lembranças na mente da Abar.
A partir do 7º os episódios começaram a tomar um rumo diferente. Não é ruim, mas PARA MIM perdeu um pouco o ponto do início da série.
O final da série nos deixa com muitas perguntas, e eu sinto que se elas não tiverem respostas satisfatórias isso pode arruinar completamente o que foi construído. Dr. Manhattan aparece em uma circunstância bastante estranha, que não é muito bem explicada na série, como marido da Angela Abar. Por que ele se disfarçou de humano? Isso não é respondido. O poder do Dr. Manhattan ser tão exuberante é um pouco estranho se você leu os quadrinhos, ele pareceu muito mais poderoso nessa série, ao passo que também pareceu muito mais fraco. O modo que ele morreu é irritante de assistir, ele não tem reação, em muitos momentos parece estar se deixando ser morto. Qual a resposta para isso? Deve haver uma verossimilhança, se ele consegue criar um Éden em um minuto e meio como não conseguiria sair daquela situação? A única resposta plausível para mim é o suicídio.
Enfim, o final nos deixa cheio de perguntas. Talvez seja proposital, mas é um pouco estranho. Fora isso, a série é muito boa, recomendo para todos que perguntarem sobre.
Watchmen
4.4 562 Assista AgoraWatchmen é um dos meus quadrinhos preferidos, e por isso quando soube que a HBO estava fazendo uma série fiquei com medo de estragarem de alguma forma, pegarem a obra do Alan Moore e transformar em exatamente aquilo que ele ironiza no quadrinho.
Mas já comecei vendo adorando por causa do trailer, e percebi que não havia porque ter medo, pelo menos nos primeiros episódios.
Antes de tudo, Lindelof escreveu a história de uma maneira brilhante. Em um episódio de podcast ele contou que usou a técnica de recorte da história, e isso causou perfeitamente com o ritmo da série, apresentando muitas situações que nós ficávamos que nem doidos buscando as respostas.
Falando agora principalmente da série: Até o episódio 6 vem em um crescendo perfeito. É perfeito e simples assim, eu realmente não conseguia achar problema em nenhum desses episódios e cheguei a vê-los mais de uma vez.
Eles servem para inserir quem está assistindo a série nesse universo alternativo em que ela se passa e a história contada é incrivelmente verossímil. Toda a relação com racismo é bem construída e inserida na história, sem ficar em momento nenhum artificial.
A Sétima Kavalaria veio para mostrar que o legado de Moore iria passar para série, a organização é um link tão criativo e bem pensado para o final dos quadrinhos, em que Rorscharch deixa o seu diário na sede do The New Frontiersman, um jornal de direita conservadora que amostrou o diário ao mundo e criou esse novo tipo de manifestante. A forma como a existência desses vigilantes causou esse impacto político gigantesco é um reflexo perfeito do Alan Moore sobre a obra.
Além disso, a forma como a tecnologia evoluiu de forma diferente da nossa e até a presidência do Redford são coisas que criam esse universo de forma que nós acreditemos. Redford como presidente chega a ser cômico, e embora isso talvez parecesse algo que afastasse da realidade, nos tempos atuais isso só aproxima esses universos.
O 6º episódio é um episódio perfeito, o modo como eles gravaram, como editaram e como inseriram a trilha sonora (excelente) causou um efeito de imersão total e chego a dizer que foi o melhor flashback que eu já assisti, amparado pelo recurso narrativo dos remédios Nostalgia, eles conseguiram inserir a confusão de vários momentos que fluem como lembranças na mente da Abar.
A partir do 7º os episódios começaram a tomar um rumo diferente. Não é ruim, mas PARA MIM perdeu um pouco o ponto do início da série.
O final da série nos deixa com muitas perguntas, e eu sinto que se elas não tiverem respostas satisfatórias isso pode arruinar completamente o que foi construído. Dr. Manhattan aparece em uma circunstância bastante estranha, que não é muito bem explicada na série, como marido da Angela Abar. Por que ele se disfarçou de humano? Isso não é respondido. O poder do Dr. Manhattan ser tão exuberante é um pouco estranho se você leu os quadrinhos, ele pareceu muito mais poderoso nessa série, ao passo que também pareceu muito mais fraco. O modo que ele morreu é irritante de assistir, ele não tem reação, em muitos momentos parece estar se deixando ser morto. Qual a resposta para isso? Deve haver uma verossimilhança, se ele consegue criar um Éden em um minuto e meio como não conseguiria sair daquela situação? A única resposta plausível para mim é o suicídio.
Enfim, o final nos deixa cheio de perguntas. Talvez seja proposital, mas é um pouco estranho. Fora isso, a série é muito boa, recomendo para todos que perguntarem sobre.
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