Pensar por si só em uma sociedade que tem um mecanismo sistêmico como a nossa é suicídio social. O Mecanismo é uma excelente produção o cunho Netflix de produção. Mas, pelo amor acreditar que o problema de corrupção no Brasil se resolve começando em 2003 falando diretamente de Curitiba, não posso dizer que é ingenuo porque é muito burro. Tá aí mais de 500 anos de Brasil para mostrar o que de fato é a corrupção e a nossa formação torta enquanto sociedade. Podem dizer "Ah! Mas o recorte é a Operação Lava Jato". O problema é que numa sociedade do FlaxFlu político como a nossa a série corrobora mais para acentuar a bipolarização política, em ano eleitoral então é uma maravilha, ainda mais quando estamos sob a ameaça de uma liderança fascista dentro do jogo político esse ano. O discurso do Padilha nas entrevistas sobre a série fala sobre uma corrupção sistêmica que está além de partido, mas a serie é bem tendenciosa e joga contra o discurso dele. Não a toa muita gente comenta abaixo ofensas aos "esquerdistas". Triste ideia pensar que corrupção no Brasil é partidária. Nesse sentido acho que a série cumpre um desserviço e se o objetivo era reforçar essa tese que muitos da sociedade acreditam de que a corrupção está em um partido só, a série foi exemplar. Pena que isso nos custe uma discussão mais digna que o problema exige. Acho a série uma produção rica, mas com um roteiro fraco com a eterna romantização que o Padilha tem das temáticas que aborda. Uma série de chavões, perdi as contas de quantas vezes o Selton Mello fala "Deus escreve certo por linhas tortas" isso nos primeiros episódios, sem contar a voz que me lembra o Bane de Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge que irrita facilmente. Uma sequência de caricatura para todos os lados. Chego a ri, confesso, com o trocadilho de nomes de pessoas e órgãos públicos na série. Por vários momentos achei que ia começar um esquete de humor bem Zorra Total. Achei uma falta de auto-crítica tremenda para uma série como essa em ano eleitoral, desnecessária.
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O Mecanismo (1ª Temporada)
3.5 526Pensar por si só em uma sociedade que tem um mecanismo sistêmico como a nossa é suicídio social. O Mecanismo é uma excelente produção o cunho Netflix de produção. Mas, pelo amor acreditar que o problema de corrupção no Brasil se resolve começando em 2003 falando diretamente de Curitiba, não posso dizer que é ingenuo porque é muito burro. Tá aí mais de 500 anos de Brasil para mostrar o que de fato é a corrupção e a nossa formação torta enquanto sociedade. Podem dizer "Ah! Mas o recorte é a Operação Lava Jato". O problema é que numa sociedade do FlaxFlu político como a nossa a série corrobora mais para acentuar a bipolarização política, em ano eleitoral então é uma maravilha, ainda mais quando estamos sob a ameaça de uma liderança fascista dentro do jogo político esse ano. O discurso do Padilha nas entrevistas sobre a série fala sobre uma corrupção sistêmica que está além de partido, mas a serie é bem tendenciosa e joga contra o discurso dele. Não a toa muita gente comenta abaixo ofensas aos "esquerdistas". Triste ideia pensar que corrupção no Brasil é partidária. Nesse sentido acho que a série cumpre um desserviço e se o objetivo era reforçar essa tese que muitos da sociedade acreditam de que a corrupção está em um partido só, a série foi exemplar. Pena que isso nos custe uma discussão mais digna que o problema exige. Acho a série uma produção rica, mas com um roteiro fraco com a eterna romantização que o Padilha tem das temáticas que aborda. Uma série de chavões, perdi as contas de quantas vezes o Selton Mello fala "Deus escreve certo por linhas tortas" isso nos primeiros episódios, sem contar a voz que me lembra o Bane de Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge que irrita facilmente. Uma sequência de caricatura para todos os lados. Chego a ri, confesso, com o trocadilho de nomes de pessoas e órgãos públicos na série. Por vários momentos achei que ia começar um esquete de humor bem Zorra Total. Achei uma falta de auto-crítica tremenda para uma série como essa em ano eleitoral, desnecessária.