Lucas

É importante destacar que Para Sempre Alice só funciona pelo empenho de Julianne Moore. O foco principal do filme é retratar a vida da personagem Alice, que é diagnosticada com um tipo raro de Alzheimer precoce. Filmes retratando doenças se tornaram comuns, porém a maioria mostra o drama de pacientes com câncer. Para Sempre Alice já se torna diferente por mostrar uma profissional bem sucedida e extremamente intelectual, que vai, à medida que a doença se agrava, decaindo e perdendo tudo aquilo que mais valorizava. É interessante notar que a situação de Alice afeta a todos na família, que, em sua maioria, não consegue lidar com a doença da mãe. A personagem de Kristen Stewart é a exceção do núcleo familiar. A atriz mostra que evoluiu desde Crepúsculo, porém ainda precisa melhorar em alguns quesitos. Alec Baldwin e Kate Bosworth atuam satisfatoriamente, enquanto Hunter Parrish é ignorado pelo roteiro, e seu personagem é pouco aprofundado. Todas essas atuações, no entanto, passam quase despercebidas, visto que quem rouba a cena é Julianne Moore. A atriz está simplesmente impecável, e não há como não se identificar e se emocionar com a sua personagem. A trilha sonora do filme é simples, e guia suavemente o ritmo melancólico do filme. A direção comete erros, em particular no final, que poderia ser trabalhado com mais cuidado. Por fim, Para Sempre Alice é um filme marcado pela atuação de Julianne Moore, uma atriz que mereceu o Oscar que venceu. Se ela não precisava provar nada para ninguém, agora já se situa como uma das melhores atrizes do mundo.

Click é o meu filme favorito dentre os estrelados por Adam Sandler. O ator possui uma crítica mista, porém é um dos mais populares de Hollywood. Nesse filme, Adam interpreta um personagem que pouco se distoa da maioria dos personagens já trabalhados por ele. No entanto, Click não é só uma comédia meia boca com piadas agressivas, estas até ocorrem, mas com pouca frequência. O filme trata de um tema bastante criativo e inovador, e é interessante acompanhar a evolução do personagem, que aprende com seus erros. Kate Beckinsale está maravilhosa como sempre, e atua com uma simpatia identificável. Destaque também para a trilha sonora, contando com a aparição de Dolores O'Riordan, do The Cranberries. Em suma, Click pode não ser um filme aclamado pela crítica especializada, porém ocupa um espaço no coração dos espectadores. O final do filme merece ser destacado, pois emociona e passa uma mensagem bonita. Seja com clichês ou piadas sujas, Click é, na minha opinião, um excelente filme.

Um filme leve, marcado por atuações competentes. O tema não é novidade alguma, mas ainda sim o filme possui algo a mais que o identifica. A química entre os protagonistas é perceptível e acrescenta positivamente à obra. Emilia Clarke, muito simpática por sinal, dá ao filme um brilho interessante; apesar de suas sobrancelhas inquietas, sua atuação é uma das coisas que o filme apresenta de melhor. Sam Claflin representa um personagem mais centrado e frio. É interessante notar o contraste dos protagonistas. O ator consegue transmitir muito bem o sofrimento do personagem e é notável a postura que ele mantém em todas as cenas, o que denota uma entrega ao papel. A direção comete alguns deslizes, e apesar de não se aprofundar muito sobre, trata com sutileza um tema polêmico. Com um elenco secundário competente, e clichés à parte, Como Eu Era Antes de Você cumpre seu papel como obra e emociona sem precisar apelar para tal. Bom filme.