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wrong damn girl in the wrong damn room.

Últimas opiniões enviadas

  • Mary

    Quantos de nós já não matamos nossas mães? Ao não entender uma atitude ou não ser entendido, quantos de nós já não desejamos sumir - do lar, ou da existência? É de saber, que ao sumirmos, acabamos levando conosco, mesmo que seja pouco, a maternidade de nossas criadoras. Maternidade essa que é sempre romantizada não só pela mídia, mas por todos nós. Ser mãe dói. E mesmo que todos os lugares estejam sempre dizendo sobre como as mães amam seus filhos incondicionalmente, alguns de nós simplesmente não sentimos esse amor. Talvez, esse seja o caso de Hupert. Talvez, esse amor tão real e tão gritado aos sete ventos, não esteja ali, claro para ele, muito menos para sua mãe. Seja a mãe antiquada, seja a mãe distante ou a mãe legal e moderna, todas elas sempre terão problemas com seus filhos, principalmente quando eles se encontram em fases sensíveis. E quer fase mais sensível que a adolescência? Nos tornamos monstros. Odiamos tudo que um dia chegamos a gostar e o amor nos parece premio a ser consquistado quando, na verdade, está bem ali, ao lado. Amor não precisa de provas, de testes, de aprovações. Porém, no auge de nossa juventude hormonal, não entendemos isso claramente. Olhando pra trás, me vejo como Hupert. Eu via em meus pais o mesmo monstro que ele vê em sua mãe. Rejeitamos com antecedência a imagem de alguém que nos dita regras porque temos medo de sermos esmagados, oprimidos e também rejeitados por eles. Vemos sempre alguém que quer nos destruir, nos humilhar, e nunca o que realmente é: um ser humano, sensível como nós, que provavelmente nos ama e só quer o nosso melhor.

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  • Mary

    Ao falar de Azul É A Cor Mais Quente, sempre lembro de uma frase de uma amiga: "Hollywood é masculina". E, apesar de Azul É A Cor Mais Quente não ser uma super produção americana e sim um filme "independente" francês, os reflexos da tradição do mundo ser sempre visto pelo homem é inegável. O filme é forte, possui cenas sexuais e seu intúito foi transmitir realidade, mas ele passa longe de mostrar um relacionamento comum entre duas mulheres. Desde as cenas de sexo até a trajetória do romance entre Adele e Emma, é muito evidente a visão heteronormativa de tudo. A realidade passa longe desse filme. O meu primeiro pensamento ao ver as primeiras cenas foi de "cara, a gente não é desse jeito". E de fato, não transamos desse jeito, não agimos desse jeito, não somos Adele e Emma nem nunca vamos ser, porque elas são personagens irreais, feitas para o mundo tentar nos aceitar melhor. Personagens lésbicas feitas para héteros, onde uma é a "mulher" e outra é o "homem" da relação, porque nunca irão aceitar que o amor não vem só de gêneros opostos. Esteriótipos cuspidos e ainda sim audaciamos nos assustar quando as atrizes denunciaram o quão abusivo foram essas cenas de sexo, o quão desumano foi o diretor, Abdellatif Kechiche, ao conduzir a cena com desespero, com violência. Lea Seydoux nem ao menos participou da turnê de divulgação do filme e quase não foi em nenhuma premiação porque não se sentia confortável perto desse diretor. E mesmo estando exposta essa violência machista, mesmo sabendo da irrealidade dessa produção, ainda sim, gente fora e dentro da causa LGBT diz que o filme é construtivo para nós e honra essa bandeira; que nunca será da luta, mas sim de somente um filme francês.

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  • Mary

    Um filme bonito, sincero e delicado. Mostra a realidade de uma forma que não é mascarada ou suavizada - nem romantizada seria a palavra - mas humanizada. Mostra com delicadeza a tragetória de descobertas e gostos jovens que, com ajuda da maravilhosa fotografia, ficam ainda mais leves e reais. Mostra e traz nostalgia, tipo aquele cheiro de uma época da vida, sabe? Nesse caso, a juventude. Mostra e nos contagia com um frio na barriga, típico de primeiros romances. E mostra o medo, o preconceito, mas também o amor, que mesmo sendo de namorados, amigos ou família, vai ser sempre só um. É um banquete de representatividade juvenil, onde "rótulos" são ofensas tão baixas, a ponto de não serem nem ao menos citados profundamente ou discutidos no filme. Os personagens infelizmente não são aprofundados ou bem trabalhados, mas talvez isso seja o que nos faça entender que essa história pode acontecer em qualquer turma, qualquer colégio, qualquer lugar do mundo. O tempo do filme é devagar, as coisas acontecem lentamente e isso transmite ainda mais a sensação de pouca idade, quando achávamos que o tempo passava devagar e nunca iríamos conseguir o que queríamos. De fato, muito de nós não conseguimos o que almejávamos do nosso primeiro romance, mas talvez seja porque eles nunca foram, na verdade, o nosso primeiro amor.

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