Acho que o grande mérito dessa série é conseguir inspirar uma diversidade de sensações. Se a pessoa procura um entretenimento com alívio cômico essa não é uma serie pra isso. Vi gente que ficou agoniado com o desfecho, vi gente que não conseguia raciocinar o que estava acontecendo, mas IMERGIR naquilo que estava vivendo, sentindo o medo que Mikkel sentiu, a melancolia de Jonas, o desespero de Ulrich, a força de Katharina, a humilhação de Regina. Eu particularmente me sentia um pouco Charlotte tentando me prospectando e investigando pra frente da serie (que raios está acontecendo??). Por isso, achei estranho o lance do "apego" ao personagem dos comentários pq acho que o apego, simpatizaçao impossibilita que tu explore de maneira plena a ideia de que somos duais, que temos lances positivos e negativos e, também, que me apeguei sentindo ranso ou empatia por cada um deles.
Achei interessante algumas estratégias de filmagem, especialmente cenografia que torna a série mais simpática ao público (em especial) norte americano. Mesmo assim a serie não perdeu identidade européia e mano... Não sei que monotonia é essa que esse povo sente. Me sinto bombardeada a casa segundo ou por informação ou por tensão.
Por ser uma serie alemã, achei arriscado finalizar a temporada com tantas portas abertas, imagine se ficamos esperando mil anos que nem Les Revenants pra ganhar alguma satisfação. Socuerrrooo. Mas eles são assim, não é mesmo?
No mais... Alemães se reproduzem por brotamento, pqp
Não sei até que ponto consigo contribuir com a discussão porque já tem excelentes comentários que expressam muito o que senti assistindo Lain. Vim duma onda de assistir anime, que passou pela fantástica série Zankyou no terror, o thriller extremamente bem construído de Perfect Blue, entre tantos outros (destacando estes em especial).
A profundidade que estes animes citados mexeram com a minha auto-imagem e a leitura que o mundo tem disso me colocou numa roda viva incrível que foi amerratada por Lain. A previsão do conflito real e virtual que série traz, me permitiu questionar as razões de um plano ser mais real do que outra, se todas são uma projeção daquilo que somos em diferentes instâncias/plataformas. A maneira que se trabalha esta auto-imagem de Lain, através expressão facial e os diferentes figurinos (se é que posso chamar assim), é simplesmente encantador e falou muito sobre este conflito.
Ao mesmo tempo, senti o peso da narrativa. Não foi fácil acompanhar a série no sentido de compreensão e de "digestão" (aproveitando o gancho do cara da pizza). Sentia-me sonolenta em vários momentos, mas eu terminava o episódio querendo mais e mesmo me sentindo enjoada para continuar. Certamente vou me reencontrar com esta obra um dia. No mais fico tangenciando este reencontro ouvindo a trilha, que vale a pena independente de gostar da série ou não.
Nem mesmo a estética (desculpem-me a palavra) miguxesca conseguiu tirar um pedacinho de estrela sequer desta série incrível! Estou em comichão pra começar a ler o mangá e com medo de perder a minha alma pra ele.
Mas pra quem, assim como eu, tem preconceito com esta estética... Cara, o grande lance da série é que em cima de um tema sobrenatural, os jogos de investigação e batalhas mentais são tão bem formuladas, que mesmo trabalhando num nível de inteligência absurda, são completamente plausíveis. E isso, cara... te faz pensar muito sobre o mundo que vivemos hoje, trabalhando no plano da perversidade humana.
Dark (1ª Temporada)
4.4 1,6KAcho que o grande mérito dessa série é conseguir inspirar uma diversidade de sensações. Se a pessoa procura um entretenimento com alívio cômico essa não é uma serie pra isso. Vi gente que ficou agoniado com o desfecho, vi gente que não conseguia raciocinar o que estava acontecendo, mas IMERGIR naquilo que estava vivendo, sentindo o medo que Mikkel sentiu, a melancolia de Jonas, o desespero de Ulrich, a força de Katharina, a humilhação de Regina. Eu particularmente me sentia um pouco Charlotte tentando me prospectando e investigando pra frente da serie (que raios está acontecendo??). Por isso, achei estranho o lance do "apego" ao personagem dos comentários pq acho que o apego, simpatizaçao impossibilita que tu explore de maneira plena a ideia de que somos duais, que temos lances positivos e negativos e, também, que me apeguei sentindo ranso ou empatia por cada um deles.
Achei interessante algumas estratégias de filmagem, especialmente cenografia que torna a série mais simpática ao público (em especial) norte americano. Mesmo assim a serie não perdeu identidade européia e mano... Não sei que monotonia é essa que esse povo sente. Me sinto bombardeada a casa segundo ou por informação ou por tensão.
Por ser uma serie alemã, achei arriscado finalizar a temporada com tantas portas abertas, imagine se ficamos esperando mil anos que nem Les Revenants pra ganhar alguma satisfação. Socuerrrooo. Mas eles são assim, não é mesmo?
No mais... Alemães se reproduzem por brotamento, pqp
Serial Experiments Lain
4.4 153Não sei até que ponto consigo contribuir com a discussão porque já tem excelentes comentários que expressam muito o que senti assistindo Lain. Vim duma onda de assistir anime, que passou pela fantástica série Zankyou no terror, o thriller extremamente bem construído de Perfect Blue, entre tantos outros (destacando estes em especial).
A profundidade que estes animes citados mexeram com a minha auto-imagem e a leitura que o mundo tem disso me colocou numa roda viva incrível que foi amerratada por Lain. A previsão do conflito real e virtual que série traz, me permitiu questionar as razões de um plano ser mais real do que outra, se todas são uma projeção daquilo que somos em diferentes instâncias/plataformas. A maneira que se trabalha esta auto-imagem de Lain, através expressão facial e os diferentes figurinos (se é que posso chamar assim), é simplesmente encantador e falou muito sobre este conflito.
Ao mesmo tempo, senti o peso da narrativa. Não foi fácil acompanhar a série no sentido de compreensão e de "digestão" (aproveitando o gancho do cara da pizza). Sentia-me sonolenta em vários momentos, mas eu terminava o episódio querendo mais e mesmo me sentindo enjoada para continuar. Certamente vou me reencontrar com esta obra um dia. No mais fico tangenciando este reencontro ouvindo a trilha, que vale a pena independente de gostar da série ou não.
Death Note (1ª Temporada)
4.6 780 Assista AgoraNem mesmo a estética (desculpem-me a palavra) miguxesca conseguiu tirar um pedacinho de estrela sequer desta série incrível! Estou em comichão pra começar a ler o mangá e com medo de perder a minha alma pra ele.
Mas pra quem, assim como eu, tem preconceito com esta estética... Cara, o grande lance da série é que em cima de um tema sobrenatural, os jogos de investigação e batalhas mentais são tão bem formuladas, que mesmo trabalhando num nível de inteligência absurda, são completamente plausíveis. E isso, cara... te faz pensar muito sobre o mundo que vivemos hoje, trabalhando no plano da perversidade humana.
Se joga que vale a pena