Ninfomaníaca superou minhas expectativas de forma surpreendente. A subjetividade é encantadora. Tudo é mais profundo e pensamentos rasos não deixarão o filme causar impacto algum. Até o momento, ele é o diretor cujos filmes mais mexem comigo. Vou digerir este filme até a chegada da parte II.
Lars, o que você faz com a minha cabeça nem eu me arrisco a dizer. Para mim, é um desses malditos que amo.
Sob uma visão completamente pessoal, eis a minha opinião.
Conheço a fama do diretor e de seus filmes, mas esse foi o meu primeiro filme do Lars. Antes de assisti-lo, vi e ouvi alguns comentários por aí (inclusive aqui, no Filmow) que sempre fizeram crescer o meu interesse sobre o filme. E o curioso é que nunca soube o que esperar dele. Não gosto de criar expectativas, mas às vezes é inevitável. Com Melancolia isso simplesmente não aconteceu, o filme sempre foi uma interrogação para mim. Ao finalmente dar o play, fui tomado por um êxtase: o ritmo lento, a fotografia (tema so overrated, mas necessário no momento), os silêncios, as expressões e até a longa duração perfeitamente cabível aqui. Tudo me cativou desde o início, o que me surpreendeu, pois se alguém me falasse como esses itens são abordados no filmes, provavelmente julgaria como chato e entediante (aliás, a duração dele foi o que mais me fez adiar assisti-lo). A minha reação me surpreendia ao mesmo tempo em que o filme também o fazia. Acho que a percepção de cada um não está somente ligada a questão de ser fã de Lars, do filme "ser para poucos" (juro que não entendo essa expressão), tem muito a ver com a experiência de vida de todos nós.
Particularmente, a parte de um me deixou angustiado, talvez por este sentimento ser familiar para mim. Mas a parte dois sob a visão da Justine, onde não há alarde sobre nada e o fim parece trazer-lhe alívio, me deu exatamente essa sensação: alívio junto com uma onda de calmaria. Estranhei um pouco, sendo que Claire estava desesperada com o fim de tudo, que já era certo. Quando me deparei com a cena final, fiquei sem palavras. Sem palavras no sentido de quase dizer obrigado ao Fim (neste ponto, o fim já se tornou um substantivo próprio). Já nos créditos o que me marcou foi o silêncio. Não somente aquele presente na tela, mas o que estava a minha volta, além do meu próprio silêncio - que ainda dura quase uma hora depois do término do filme.
Não sei se captei tudo o que o Melancolia dispõe e se o que captei foi o que realmente Lars quis passar. Sinto que ainda reassistirei a este filme e novas sensações e percepções surgirão. Por enquanto o que me resta é processar e tentar expressar o que se passa na minha cabeça após 130 minutos de estagnação (boa, para mim).
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Ninfomaníaca: Volume 1
3.7 2,7K Assista AgoraNinfomaníaca superou minhas expectativas de forma surpreendente. A subjetividade é encantadora. Tudo é mais profundo e pensamentos rasos não deixarão o filme causar impacto algum. Até o momento, ele é o diretor cujos filmes mais mexem comigo.
Vou digerir este filme até a chegada da parte II.
Lars, o que você faz com a minha cabeça nem eu me arrisco a dizer.
Para mim, é um desses malditos que amo.
Melancolia
3.8 3,1K Assista AgoraSob uma visão completamente pessoal, eis a minha opinião.
Conheço a fama do diretor e de seus filmes, mas esse foi o meu primeiro filme do Lars. Antes de assisti-lo, vi e ouvi alguns comentários por aí (inclusive aqui, no Filmow) que sempre fizeram crescer o meu interesse sobre o filme. E o curioso é que nunca soube o que esperar dele. Não gosto de criar expectativas, mas às vezes é inevitável. Com Melancolia isso simplesmente não aconteceu, o filme sempre foi uma interrogação para mim.
Ao finalmente dar o play, fui tomado por um êxtase: o ritmo lento, a fotografia (tema so overrated, mas necessário no momento), os silêncios, as expressões e até a longa duração perfeitamente cabível aqui. Tudo me cativou desde o início, o que me surpreendeu, pois se alguém me falasse como esses itens são abordados no filmes, provavelmente julgaria como chato e entediante (aliás, a duração dele foi o que mais me fez adiar assisti-lo). A minha reação me surpreendia ao mesmo tempo em que o filme também o fazia. Acho que a percepção de cada um não está somente ligada a questão de ser fã de Lars, do filme "ser para poucos" (juro que não entendo essa expressão), tem muito a ver com a experiência de vida de todos nós.
Particularmente, a parte de um me deixou angustiado, talvez por este sentimento ser familiar para mim. Mas a parte dois sob a visão da Justine, onde não há alarde sobre nada e o fim parece trazer-lhe alívio, me deu exatamente essa sensação: alívio junto com uma onda de calmaria. Estranhei um pouco, sendo que Claire estava desesperada com o fim de tudo, que já era certo.
Quando me deparei com a cena final, fiquei sem palavras. Sem palavras no sentido de quase dizer obrigado ao Fim (neste ponto, o fim já se tornou um substantivo próprio). Já nos créditos o que me marcou foi o silêncio. Não somente aquele presente na tela, mas o que estava a minha volta, além do meu próprio silêncio - que ainda dura quase uma hora depois do término do filme.
Não sei se captei tudo o que o Melancolia dispõe e se o que captei foi o que realmente Lars quis passar. Sinto que ainda reassistirei a este filme e novas sensações e percepções surgirão. Por enquanto o que me resta é processar e tentar expressar o que se passa na minha cabeça após 130 minutos de estagnação (boa, para mim).